CAPÍTULO V - MORTES

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Entrei no meu apartamento e me joguei no sofá com uma vontade imensa de voltar até o apartamento da Carol e... Balancei minha cabeça e tentei pensar em qualquer outra coisa que não fosse a Carol.

Peguei meu celular e desbloquiei. Uma mensagem chamou a minha atenção demasiadamente.

Era uma mensagem com as coordenadas e informações sobre o meu próximo trabalho.

Era mais um daqueles filhos de empresários que gostavam de se envolver com drogas e acabavam não quitando as dívidas necessárias.

°•°•°

Eu estava dentro de um condomínio de luxo, escondida perto de um canteiro de flores. Mantia-me esperando o momento certo para concluir com êxito meu trabalho.

Eu trabalhava para uma pessoa, que até hoje, eu nunca soube quem era. As perguntas que eu sempre fiz, não passaram disso. Nunca houve respostas, e sempre achei que meu chefe, talvez, estivesse perto de mim. Ele sempre sabia os meus passos e erros. Isso me deixava inquieta.

Três anos atrás, eu tinha me envolvido em uma briga em um lugar onde eu costumava ir para ver minha mãe.

Obviamente, isso não era algo que eu me orgulhava. De nenhuma forma. Mas eu acabei matando um dos integrantes de uma gangue que sempre matava por território e ainda roubava as pessoas dos lugares.

Isso foi uma terrível gota d'água para que eles pegassem ódio de mim e queressem vingar a morte de seu parceiro tentando matar a minha mãe.

Claro que eu fugi como pude para que isso não acontecesse, e eu estava quase esgotada da vida quando eu comecei a trabalhar para o meu chefe em troca de segurança à minha mãe.

Ela foi morar em outro país, e as vezes, quando eu queria conversar com ela, eu tinha que esperar até ela me ligar. Sempre fora uma tortura esse espaço entre nós, mas foi necessário para um bem maior.

Era por esse motivo que eu não me aproximava emocionante de ninguém. Sempre tentei deixar um espaço entre todas as pessoas que tentavam de alguma forma, um contato comigo.

Eu não queria me apaixonar e depois ter que abdicar tudo por causa de um passado que eu odiava e me arrependia.

Respirei fundo e foquei em meus próximos passos e ações.

Era noite, e eu tinha esperado o dia todo para esse evento que eu teria que fazer com cautela. Eu só teria que esperar até a minha próxima vítima chegar da faculdade que estudava.

Se passou alguns minutos e lá estava ele chegando em sua belíssima moto.

Posicionei a minha arma e mirei bem em seu peito. Tudo em questões de segundo.

Atirei.

A bala percorreu uma distância mínima de vinte metros e acertou bem no meio do peito do homem, que se desequilibrou na mesma hora da moto, revelando mais um passageiro.

A moto se chocou contra um banco de concreto e arremessou as duas pessoas bem longe uma da outra.

Eu me desesperei com a cena. Eu não poderia ter matado a segunda pessoa. Eu deveria ter deixado a moto estacionar. Eu deveria... Eu precisava sair dali.

Coloquei rapidamente minha arma dentro da bolsa e corri em direção contrária ao terrível acidente que eu tinha acabado de causar.

Todas as lembranças da cena começaram a percorrer a minha mente de uma só vez. Minha visão começou a ficar turva, então eu caí.

Me encolhi no chão quando a falta de ar começou a tomar conta do meu ser. Eu precisava seguir em frente antes que os seguranças viessem atrás de mim, porém meu corpo estava paralisado, eu não conseguia mais pensar.

Escutei alguns ruídos saindo da direção que eu estava. Provavelmente, os seguranças já estavam a procura do assassino, eu.

Minha cabeça começou a latejar e minha barriga sentiu calafrios terríveis. Eu estava desesperada, mas não conseguia fazer mais nada.

Fiquei alí deitada e sem reação. Eu comecei a esperar o pior, a minha própria morte por desespero, ou a minha possível prisão.

Fechei meus olhos.

°•°•°

Olá, pessoas lindas.

Eu gostaria de agradecer as visualizações e os votos que sempre são importantes.

Esse capítulo foi um pouco complicado para a nossa querida Day. Mas quem lida com esse tipo de situação, está sujeito a isso.

Enfim, o próximo capítulo vocês irão gostar, assim espero.

Thank u. ❤️

Ghosts (DAYROL)Onde histórias criam vida. Descubra agora