Uma semana mais tarde...
Depois da desastrosa festa de Caroline na semana passada, eu nunca mais tinha avistado ela pelos corredores do prédio. Um grande alívio para mim.
Eu estava no pequeno supermercado que ficava na esquina da minha casa. Minha dispensa estava vazia e eu não poderia ter que morrer de fome por causa da minha preguiça fixa.
Coloquei algumas besteiras no carrinho e segui para a fila do caixa, que estava enorme.
Fiquei muitos minutos esperando a minha vez e quando chegou, a mulher do caixa parecia que iria dormir em cima das sacolas.
- Com licença, mas a senhora poderia agilizar isso?
Ela olhou para mim e continuou no mesmo ritmo lento e adormecido. Enquanto eu ficava cada vez mais impaciente com a frustração de ficar em uma fila por quase uma hora e a mulher ainda querer me irritar.
Ela estava passando as coisas e eu comecei a jogá-las dentro da sacola. Paguei as compras e fui para minha casa.
O dia já não havia começado bem.
Entrei dentro do prédio e subi até o meu andar. Eu estava procurando as minhas chaves no bolso quando eu escutei um falatório vindo do corredor.
Olhei em direção da conversa e vi a pequena ruiva com o barman apoiado em seu ombro.
Deixei as sacolas no chão e fui ajudá-los de alguma forma.
- Oi, vocês precisam da minha ajuda aí?
- Não! - falou Caroline olhando séria para mim.
- Fica quieta, Carol - Vitão olhou para mim e disse depois - Claro que precisamos de sua ajuda... Qual é o seu nome que eu não sei? - perguntou.
- Pode me chamar de Day.
- Okay, Day. A gente tá tentando chegar no apartamento dela, mas eu quase não consigo andar direito.
- Acho que eu posso segurar você por aqui - falei enquanto eu apoiava sua mão em meu ombro.
Seguimos em direção até o apartamento da Carol enquanto ela resmungava sobre a minha ajuda indesejada.
Ela pegou a chave e começou a abrir a porta:
- Agora não precisamos mais da sua ajuda, Dayane.
- Deixa de sua arrogância, Carol - falou Vitão - Day, se quiser entrar para gente conversar agora...
- Eu até queria conversar com você mesmo - falei para irritar mais ainda a Caroline - eu só preciso colocar essas sacolas dentro de casa e daqui a pouco eu volto.
Abri minha porta e joguei as sacolas dentro, depois fechei-a e segui em direção ao apartamento da Carol.
A porta estava aberta, então eu entrei. Mas eles não estavam na sala, provavelmente estavam no quarto.
Fui até o corredor e olhei uma porta entreaberta e brechei lá dentro.
Avistei a Carol dentro do quarto. Ela estava tirando a blusa branca dela. Sua pele sem nenhuma marca parecia um paraíso grego. Sentir a necessidade de ter aquela mulher para mim, no mesmo instante.
Mas eu não poderia. Iria contra as minhas normas de convivência e sanidade me aproximar emocionante e sexualmente com uma pessoa.
Me afastei do quarto e fui procurar onde o Vitão estava.
Ele se encontrava em um outro quarto ao lado. Deitado e desleixado na cama de uma forma até engraçada e tosca.
- Você parece que está se contorcendo sobre essa cama - dei uma risada.
Me sentei na ponta da cama e olhei para seu rosto que estava olhando fixamente para mim.
- Você já conhecia a Carol? - perguntou.
- Ah, sim. Ela fez uma entrega para mim algumas semanas atrás.
- Entrega? Agora ela é entregadora? - falou rindo
- Eu sinceramente não faço ideia. Ela nem quis me falar sobre nada. Ela só sabe me odiar, mas tudo bem - falei com um meio sorriso.
- Carol é assim mesmo, relaxa.
- Mas por que você está aqui com ela? Se recuperando, sei lá.
- Ela é minha irmã mais velha. Não parece, mas enfim - ele colocou a mão no rosto.
- Ah, então está explicado.
A porta se abriu e a Carol entrou no quarto com uma expressão irritada.
- Carol-line - falei gaguejando - por que no dia que seu irmão levou um tiro, você estava fazendo uma festa? - soltei a pergunta sem querer, mas preocupada com uma possível resposta.
- Isso não é da sua conta - indagou.
- É da minha conta sim, já que eu estava nos dois eventos.
- Ela estava comemorando a minha possível morte, Day - falou Vitão.
- Sério isso? - falei soltando um riso.
- Claro que não. Eu nem sabia que ele estava trabalhando no dia - falou Carol indignada.
Ela sentou do meu lado e eu pude sentir seu doce perfume. Sem querer, me arrepiei.
Eu tinha que sair dali.
- Enfim, foi bom conversar com você - falei para Vitão - agora eu tenho que ir embora. Quando quiser ir no meu apartamento, não se acanhe.
- Mas você pode ficar mais tempo aqui - falou Vitão.
- Você não escutou? Ela tem que ir embora - Carol indagou.
- Ah, fica quieta, Carol - falou Vitão irritado - depois eu vou no seu apartamento e a gente conversa melhor.
- Okay então. Até mais.
Saí do quarto olhando fixamente para a Carol enquanto ela me encarava também, mas de uma maneira suave e não tensa como eu esperava.
°•°•°
Olá, pessoas lindas?
Vejo vocês nos próximos capítulos dessa fanfic com o romance Dayrol. Taokay?
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Ghosts (DAYROL)
FanfikceCONCLUÍDA É comum fazer coleções de moedas, carros, tampinhas de garrafas... Entretanto, Dayane Nunes tem um hábito de colecionar assassinatos. Tentando suportar a dor de tirar a vida das pessoas, Nunes enfrenta os fantasmas das suas vítimas por mei...