Domingo caótico

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Depois de horas sentadas nas pedras juntas vendo o sol se pôr desaparecendo nas imensidões do oceano, finalmente decidimos voltar para Riverdale antes que ficasse muito tarde, ou seja voltar para a nossa realidade  onde tudo era diferente, por mim eu ficaria com ela ali naquele lugarzinho o resto das nossas vidas, mas isso não era possível no momento então descemos as pedras e subimos na moto para voltarmos para casa! Chegamos em frente da minha casa, então eu desci da moto e tirei meu capacete e dei um beijo nela para que eu pudesse entrar, mas antes que eu virasse para finalmente ir ela segurou a minha mão me puxando de volta para perto dela.
- Obrigada por hoje! – falou Toni olhando dentro dos meus olhos.
- Você não precisa agradecer, eu amo estar com você... – respondi retribuindo o olhar dela.
- Queria que a gente tivesse se conhecido antes de tudo...
- Antes de tudo o que?! – perguntei ainda a olhando fixamente.
- Antes de todo o caos, mas isso não importa, o importante é que estamos juntas agora...– respondeu ela colocando as mãos no meu rosto.
- Nada mais importa, desde que estamos juntas! – falei a beijando.
Eu entrei em casa e minha avó já estava dormindo, aliás já era tarde, eu perdia a noção do tempo quando estava com a Toni por isso nem me dei conta de que já estava a noite! Subi as escadas e entrei no meu quarto para eu me trocar e finalmente dormir depois de um dia cheio como o de hoje, era o meu primeiro final de semana em outra cidade a não ser Nova York, era o meu primeiro final de semana sem a minha família e único em que eu estava em uma gangue! Era impressionante como a minha vida havia mudado drasticamente de um de tempo para cá depois de tudo que aconteceu, eu não era mais uma garota rica que morava em uma mansão gigante que vivia brigando com a família por coisas fúteis, agora eu sou uma Blossom órfã, que faz parte de uma gangue e que está desesperada em busca de verdades e vingança! 
Depois de uma longa noite de sono, finalmente o dia amanheceu, mas dessa vez foi diferente, eu não acordei com os raios de luz entrando na minha janela, ou com o cheiro das panquecas e café que minha vó preparava logo de manhã, eu ouvi alguns gemidos de dores e fiquei muito confusa, aliás só estava eu e minha avó em casa, e foi aí que me dei conta de que era justamente ela que estava gritando de dor! Então me levantei rapidamente sem nem pensar duas vezes e fui direto para o quarto dela, onde estava vindo os grunhidos de dor!
- Vovó, o que aconteceu você está bem?! – perguntei abrindo a porta do quarto dela rapidamente.
- Cheryl querida... Chame o meu médico! – falou ela gaguejando com a voz tremula.
Eu corri para sala onde ficava a agenda dela e disquei o mais rápido que pude para o número do médico dela, que chegou em minutos após a ligação de emergência!
- Senhorita Blossom, acho melhor você ficar aqui fora enquanto eu realizo alguns exames na sua avó, assim que puder eu libero para você entrar... – falou o médico entrando no quarto dela.
- Como assim eu não posso entrar?! Ela é a minha avó eu tenho o direito de saber o que está acontecendo com ela! – retruquei brava.
- Por favor, entenda, quanto mais rápido eu atende-la, mais rápido isso acaba!
- Tudo bem, mas anda logo e tome muito cuidado com ela, ou você vai se ver comigo! – respondi o olhando séria, eu estava muito preocupada com ela e ficar aqui de fora do quarto é a pior coisa que eu poderia ter feito, pois eu imaginava mil coisas que poderia acontecer com ela! Depois de alguns minutos agonizantes esperando, finalmente o médico abriu a porta do quarto e minha avó estava mais calma deitada na cama.
- Você já pode entrar senhorita Blossom, eu fiz alguns exames nela e dei um calmante, a sua avó precisa relaxar para que essas dores repentinas não voltem mais... – explicou ele calmamente. Eu o agradeci e o levei até a porta para que ele pudesse sair.
Eu realmente fiquei muito preocupada com a saúde da minha avó, aliás era não era mais nova e todo cuidado era pouco no momento! Então eu resolvi preparar um café da manhã para ela, já que ela sempre fez isso para mim não custa nada eu retribuir da mesma forma, mesmo que eu nunca havia nem se quer chegado perto de um fogão na minha vida acho que um café da manhã não seria tão difícil assim de se fazer! Eu me troquei e desci para a cozinha, coloquei um avental e comecei a preparar tudo, e quer saber eu não fui tão mal assim! Preparei ovos mexidos, cortei algumas frutas em rodelas com um pouco de mel e coloquei um pouco de suco de laranja em um copo, por ter sido a minha primeira vez em uma cozinha até que eu não me saí tão ruim assim! Então depois de preparar tudo cautelosamente, eu coloquei tudo em uma mesinha de cama e subi as escadas para finalmente entrega-la o seu café da manhã.
- Um bom dia em alto estilo para você! – falei entrando no quarto e a olhando.
- Cheryl você não precisava se preocupar comigo! – respondeu ela agradecida e um pouco preocupada em eu ter preparado tudo aqui, acho que ela sabia do fato de que eu nunca havia cozinhado antes!
- Mas é claro que eu preciso! Você foi a única pessoa que me apoiou, não há nada mais justo do que eu retribuir isso! – falei colocando a mesinha na cama dela.
- Se é assim que você acha, então tudo bem agora vou comer meu café preparado por você! – falou ela sorrindo. Só em vê-la bem novamente me deu uma paz enorme dentro de mim, onde nada poderia tirar essa calma que me dava, pelo menos era o que eu achava, até que meu celular toca, antes mesmo de atender eu sentia que era algo ruim que havia acontecido, aliás eu nunca poderia ter essa paz enquanto nada for resolvido, e eu estava certa mais uma vez!
Eu atendi o meu celular e era a Betty, ela estava com uma voz de preocupação, como eu já eu imaginava, algo não estava certo eu pressentia antes mesmo dela falar o que havia acontecido.
- Alô Betty, aconteceu alguma coisa?! – perguntei.
- Cheryl não poderemos esperar até o próximo final de semana para irmos até sua antiga casa, teremos que ir ainda hoje! – respondeu ela sem mais delongas, eu fiquei sem entender nada, por que tanta pressa para ir até lá?!
- O que?! Mas por que?!
- Venha até o bar e você saberá... – respondeu ela.
- Eu não posso, vamos ter que adiar, a minha avó precisa de cuidados eu não posso simplesmente sair e deixa-la sozinha!
- Cheryl não temos escolhas, você precisa escolher qual a sua prioridade, a sua avó ou a sua vida! – respondeu Jughead que provavelmente pegou o celular da mão da Betty para me responder.
- Eu sei qual é a minha prioridade, e no momento não posso escolher entre essas duas opções! – retruquei aumentando o tom de voz. Mas antes que eu falasse outra coisa senti a mão da minha avó no meu ombro.
- Cheryl não se prenda aqui por minha causa, eu já estou bem, vá e faça o que deve ser feito! – falou ela me dando um abraço. Depois de ouvir aquilo eu não pesei duas vezes, desliguei o celular e fui direito até o bar dos serpentes, aliás pelo jeito que eles estavam falando comigo no celular parecia ser um caso de urgência! E realmente era, eu entrei no bar e fiquei pasma com o que eu estava vendo, havia algumas cobras sem cabeças jogadas pelo chão do bar, eram tantas que eu mal conseguia andar sem encostar nelas e o cheiro estava insuportável, aquilo com certeza era uma ameaça e não foi diretamente para mim e sim para o grupo todo, ou seja todos são alvos dessa pessoa!
- Mas que droga aconteceu aqui?! – perguntei entrando com o nariz tapado, pois era impossível respirar aquele ar e acabar com o meu belo pulmão com essa porcaria toda!
- Mas uma ameaça idiota que já está me tirando do sério! – respondeu Sweet Pea bravo com toda aquela situação.
- Esse é o motivo de queremos ir hoje para Nova York, não podemos deixar mais nem um dia, precisamos saber pelo menos alguma coisa sobre esse desgraçado! – falou Jughead.
- Então vejo que não temos escolhas, pois bem vamos para Nova York fazer o que a polícia não faz! – falei decidida no que estava falando, aliás eu não tinha outra escolha e por mais difícil que vai ser estar lá mais uma vez era necessário!

Amor sem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora