INTRODUÇÃO. (Revisado)

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(HISTÓRIA PASSANDO POR REVISÃO)

"Fantasmas são reais, monstros são reais também, eles vivem dentro de nós, e as vezes, eles vencem"
- Stephen King

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Nesta história, há conteúdo adulto, e por ser de gênero criminal, voltada para o FBI, terá violência. Mas não busca, de forma alguma fazer apologia ao crime, deixando claro que as ações errôneas dos personagens é mera ficção.

Obrigado desde já!

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Essa é a história da minha tragédia.

Sequências de falhas. Tentativas. E mais falhas.
Fiz o que fiz pois achei que deveria. Defendi quem achei que deveria. E fui um monstro por loucura.

Aqui conheci o amor. E isso me destruiu.

Esqueça os contos de fadas.

E assim, deixo a vocês, o legado de todos os meus erros...

E o que me matou.

Manhattan, New York (ALGUNS MESES ANTES)

 - Traga mais champanhe! - Ouvi a voz do homem, e torci os lábios, enojada.

- Claro, honey. - Forcei o timbre, de maneira sensual, segurei a garrafa de champanhe em mãos, e sorri comigo mesma.

Voltei para dentro do banheiro, usando apenas salto alto, e o olhar asqueroso daquele homem bateu sobre meu corpo nu. Ele estava dentro da banheira, a barriga saliente para fora d'água, e em suas feições, a idade era clara, assim como a cobiça a me olhar.

Não tinha menos que setenta anos.

- Me entregue, vadia... - Disse, se referindo a mim, e ao champanhe, passando a língua sobre os lábios, e deslizando a mão sobre seu membro enrugado que jazia morto, este só funcionaria com uma boa dose de estimulantes sexuais.

Levei a garrafa até ele, junto a uma taça, e o servi, me sentando na beirada da banheira.

Ele tomou o líquido da taça, devagar, saboreando seus últimos goles, enquanto deslizava uma das mãos por minha coxa, por vezes acariciando entre elas. Não me excitava.

Mas sorri, pois então, para minha alegria... O show começou.

- Meu peito... - Proferiu, puxando o ar, e eu fiquei de pé, em prontidão. - Não consigo respirar. - Disse ofegante. Com a mão sobre o peito.

A taça de cristal caiu no chão, se desfazendo em milhares de pedaços.

Ele estava engasgando.

- M-me ajude! M-me ajude! D-desgraçada... Me ajude! - Pediu em desespero, enquanto tentava sair da banheira, sem sucesso.

Ri alto, mais uma vez.

- Não é isso que você faz, nunca foi cruel? Matou sua própria esposa pela herança? Não foi? Você a envenenou, certo? Acaba de voltar tudo para você. Imagina se o seu único filho descobre algo assim? Pobrezinho... - Soltei, lasciva. E ele me olhou, assustado, com ódio.

Era minha forma de tortura.

Ele merecia.

Morrer como ela morreu.

- Ca-cadela! - Bradou vacilante, completamente pálido, o ar lhe faltava os pulmões e suas forças estavam se esvaindo.

- Okay, eu vou te ajudar. - Falei e caminhei até ele.

E em um rompante, afundei sua cabeça dentro d'água. Segurando com força, enquanto ele se debatia.

Seus olhos estavam abertos, e eu via a aflição da morte se apoderando, dentro deles.

Senti uma força me invadir. Ele era como tantos, ele era como ele.

Esse homem não merecia piedade, assim como ele não mereceu.

E assim, tudo ficou silencioso.

O corpo parou de lutar pela vida.

Esse homem contratou quem menos devia para limpar todas as pistas do assassinato da esposa.

Esse homem tinha inimigos.

Que contrataram as mesmas pessoas que já fizeram este serviço pra ele. Para executa-lo.

E eu, era só uma ferramenta, dentro de todo um sistema.

Suspirei, me erguendo. Peguei uma toalha e embrulhei meu corpo.

Evitando olhar o cadáver dentro daquela banheira. Eu nunca me senti bem depois de matar, a primeira morte foi a mais difícil, cruel com meu psicológico, agora, já não faz muita diferença.

Peguei meu celular e disquei um número conhecido.

- Tudo pronto. Feito como o combinado, preciso que limpem o lugar e todos os vestígios. - Comuniquei.

- Nunca falha, não é? - Riu. - O dinheiro, também acaba de ser limpado dos cofres dele. - Anunciou, me fazendo revirar os olhos. - Pobre será o herdeiro deste homem quando descobrir que o papai morreu o deixando sem nada. - Completou.

Eu não me importava com isso, os detalhes, afinal não veria sequer um décimo desse dinheiro.

- Certo então. Tenho que sair daqui. Rápido. - Falei, simples.

- Certo. Venha direto pra cá. Temos uma nova missão pra você Agente Osbourn. - Anunciou, e simplesmente desligou.

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DicotomiaOnde histórias criam vida. Descubra agora