Capítulo 19

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Adentramos no quarto, aos beijos. Ele se afastou de mim, e trancou a porta devagar, para não acordar uma certa pirralha. Possivelmente.

Puxei minha camisa para cima, a tirando pela cabeça. Expondo meu sutiã preto rendado com inúmeras transparências. E a joguei no chão.

Charlie me fitou, com um sorriso contido, antes de vir até mim.

Devagar, Alexis. O seduza.

Sua boca cobriu a minha, e eu o abracei pelo pescoço, para em seguida descer a mão sobre seu tórax, antes de começar a abrir os botões de sua camisa.

Tentei o ajudar a retirar, pelos braços, enquanto beijava seu pescoço, e suas mãos acariciavam meu corpo, o conhecendo, desvendando. E isso estava me excitando mais que o esperado.

Ele se afastou levemente e terminou de tirar a camisa. Ele era lindo. E aos poucos, e aos beijos, todas as nossas peças fugiram de nossos corpos.

O senti me depositar sobre a cama, e assim que colocou o preservativo, veio sobre mim, fazendo uma trilha de beijos, desde o meu ventre, entre meus seios, meu pescoço, queixo...

Ele olhou em meus olhos, e sussurrou — Você é perfeita. — E beijou minha testa, meu nariz, o canto da minha boca, e finalmente, a beijou.

Eu parecia, ao ver dele, a droga de um alguém especial. E isso é alheio demais. Pra que eu entendesse.

Instintivamente, agarrei seus cabelos para não o arranhar, estrangulei um palavrão entre o beijo, enquanto sentia sua mão, firme, subir pela lateral do meu corpo, passei as pernas em volta de seu quadril. E ele entendeu o recado.

— Merda! — Soltei, sem me conter quando ele entrou em mim, me preenchendo, gostoso. E o ouvi sorrir, me deixando surpresa, enquanto começavamos a nos movimentar, juntos, em um ritmo intenso, quente.

Sem a necessidade de pessoas quebradas procurando insanidade, como forma de alívio.

Era conexão, de olhares, beijos, toques, calor, nossos corpos movendo em sincronia, em frenesi, rebolei, querendo mais, enquanto ele estocava dentro de mim, contínuo.  Quando o ápice chegou a mim, relaxou todo o meu corpo, e eu o trouxe comigo.

Edwards, parecia então, ao me abraçar antes de domir, aonde eu fingia já ter o feito, o sentindo me manter perto dele, olhando-me enquanto deslizava os dedos na raiz do meu cabelo, em um carinho... Bastante envolvido.

_______

Despertei na manhã seguinte, e demorei um pouco para perceber onde estava e o que tinha feito.

Olhei a minha volta, o quarto estava um pouco escuro, devido as cortinas fechadas, e eu estava nua, debaixo das cobertas, na cama confortável.

Charlie já não estava mais ali. Suspirei, pensando no que fazer...

O quarto era espaçoso, observei, acolhedor e organizado, meus olhos foram diretamente para os inúmeros livros em uma estante gigante que ocupava uma parede inteira. Sem contar os muitos que vi na sala. Ele era um colecionador? Ou ele realmente não tinha vida e já leu tudo aquilo?

E falando nele, logo o vi abrir a porta do quarto.

— Bom dia, Elena. — Disse, com um sorriso. Acho que agradei.

— Bom dia. — Retribuí, me sentando, cobrindo meus seios com o cobertor.

Ele se aproximou, e se sentou na beirada da cama, perto de mim.

— Ivy acordou bem cedo. — Disse, em tom de desculpas, por não estar comigo, pegando em minha mão, que estava sobre minha perna.

Esse tipo de coisa, me deixava sem reação. Me restava fazer a sonsa.

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