C#5

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É muito tarde!

  Talvez tarde o suficiente para eu já está na cama, mas não, continuo sentada no balcão do bar, já são 22hs, e já ouvi dezenas de conversas bêbadas, muitas delas tocou meu coração!

  Não sei como Gracie mantém a serenidade e a compostura diante de tanta diarreia verbal.

— Não olhe agora, mas o bombeiro bonitão está vindo pra cá.

Bufo olhando para o teto.

  Isso é carma, Deus? Porque se for, eu quero uma sessão de descarrego com tudo que tenho direito.

— Oi, Su- Ouço a voz sonora e perfeita de Eloá.

— Oi- Digo, mau humorada.

— Achei que já estaria em nosso quarto a esta hora- Ela senta ao meu lado.

Nolan senta do lado dela e diz:

— Oi, Su.

— Oi, Nolan.

— Aceita uma cerveja?- Pergunta meio receoso, ele sabe que eu sei do rolo deles— Eu pago!

Confirmo com a cabeça.

  Nolan é um cara sensacional, não sei o porquê do medo de contar para o seu amigo que ama a irmã dele, acho que Eloy entenderia.

Mas é aquela coisa: fácil de falar, difícil fazer!

— E não, Eloá, não estou em nosso quarto porque não me deu vontade hoje.

  O senhor poste senta do meu outro lado e me encara.

— Oi.

— Oi, Eloy- Viro meu rosto parcialmente para encará-lo.

  Então Gracie se aproxima e nos salva de um futuro constrangimento.

— Olá, o que vão querer?

— A cerveja da casa- Eloy responde.

— Claro, vou trazer.

E como chegou, minha amiga sai, me deixando no meio de uma enrascada.

— Então, Su, já terminou sua atividade da aula do professor Noronha? Estou louca para ler o que escreveu, também poderia ler as minhas respostas, eu me sentiria lisonjeada.

  Adoro essa conexão fácil com Eloá, ela é doce, inteligente, se gosta com facilidade dessa garota!

— Bem, eu terminei e amanhã, antes da aula, posso te mostrar como respondi.

— Ótimo! Eu vou adorar, porque no semestre passado, quase me ferrei na mão do Noronha, estou dedicada agora.

  Ela só entra em enrascada porque as amiguinhas do mau dela a faz entender que ser dedicada é ruim, mas Eloá já é grandinha, já deveria saber discernir as coisas.

— Entendo- É tudo que digo.

Gracie volta com 4 cervejas em uma bandeja de metal.

— Obrigada- Agradeço.

Ela sorri e espera que eu a apresente as pessoas ao meu redor. É o que faço:

— Pessoal, está é Gracie, minha amiga desde os tempos difíceis.

Gracie ri.

— E olha que ela já teve muitos- A pilantra diz— Prazer, pessoal- Ela acena.

— Oi, sou Eloá, sou irmã do Eloy, ele vem muito aqui, você deve conhecê-lo.

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