A vida nunca foi um conto de fadas para Alice Salvatore.Desde muito pequena viveu em um orfanato,sem família,jogada á sorte.Cresceu batalhando,alcançando seus sonhos e pedindo por um amor sincero para si.
Parece que sua vida está no fundo do...
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“E agora, olhando para trás, eu me lembro das coisas boas.” — Vingadores: Ultimato
Quando eu era apenas uma garotinha,sonhava acordada imaginando como seria fazer parte de uma família —algo que fosse totalmente meu.
Recordo de pedir a Deus que me desse algo que nunca fosse tirado de perto de meu coração,então ele me deu minha família.
E agora...eu sei como é a sensação. Sinceramente,penso que esse amor me resgará ao meio de tanta intensidade.
—Mama,ela é tão pequenina. —Lucca observa Cami,que estava agarrada ao dedo mindinho dele.
Fazia menos de uma semana que Camille havia chegado ao mundo.Minha pequena e perfeita família estava rodeada em torno de Cami e eu. Cami se remexe em meus braços,se esticando. Ela era pequena e uma gracinha de menina.
Os fios da cor do nascer da manhã rodeavam perfeitamente sua cabecinha. Sua pele alva,macia como seda. Os olhos fortemente azulados lembravam duas pedras de safira preciosas. Minha menina era muito além daquilo que outrora sonhei.
—Sí,meu bem.A Cami é muito pequena,então,como irmão mais velho é sua a missão de proteger ela.—Matteo beija o topo da cabeça de Lucca.
Dei um pequeno sorriso quando Lucca anui com firmeza e determinação.
—Quando Cami crescer,eu irei ensinar os golpes que o Tio Dom me ensinou. —Lucca se empolga.
Fransi o cenho automaticamente desviando o olhar de Cami para Lucca.
—Golpes?— olhei espantada para meu filho.
Matteo se agarra a borda da cama e grunhe suficientemente o bastante para que escute.
—Ops!—Lucca abre um sorriso sapeca ao mesmo tempo que Matteo me manda um outro sorriso amarelo.— Era um segredo?
Matteo arregala os olhos e coça a cabeça.
—O que os dois rapazinhos tem a me contar de lutas e golpes?— questiono.
—O papai deixou. — Lucca aponta o dedo indicador para o pai.
A boca de Matt se entreabre de forma cômica quando seu filho o delata sem pressão por minha parte.
—Você insistiu.Era nosso segredo!— Matt exclama. —Traidor!
—Não tenho segredos com a mamãe. —Lucca rebate inocentemente.
Matt cruza os braços na altura do peito fazendo seus músculos dobrarem de tamanho.
—Okays.Certo.O papai tem medo da mamãe,Lucca.—Matteo confessa.— Sua mamãe bate muito forte quando quer!
Segurei a risada por alguns momentos,mas observar a carinha de Matteo e de Lucca foram o bastante para me fazer gargalhar.
Não era qualquer tipo de risada. Era daquelas que fazem sua barriga doer e chorar,não por um motivo ruim,não ...Mas,daquelas risadas que você ri,para e se sente incrível por estar ao lado de pessoas tão especiais te rodeando e Deus!Você se sente tão...implacável.
—Okay...—divido olhares entre os dois —Espero que não seja baseada à violência,nem que se machuque no final. Quanto ao seu medo,Matt...Fique em paz,meu amor.
Ele me joga uma piscadela charmosa,digna de Matteo Di Montanini.
—Mamãe,posso ir brincar lá fora?— Lucca pergunta após tirar uma mecha loira que pendia por seus olhos.
—Claro.Tome cuidado. —beijo sua cabeça e ele desce da cama.
Assisto ele correr porta à fora,rindo de alguma coisa engraçada que Maria,a moça que nos ajudava na limpeza,o disse.
Quando volto meu olhar para Matt,ele babava em Camille.Quase que literalmente.
—Ela tem seus cabelos...o contorno de seu nariz arrebitado....—Matt diz baixinho,hipnotizado na pequena em meu colo. —Mas,esse brilho no fundo desses olhos são meus.
Mordo o lábio,maneando a cabeça.
—Como pode algo tão incrível caber em nossos braços?— indaga extasiado de amor.
—Não há explicação para isso,amor...Mesmo que houvesse não seria o bastante. — encosto minha cabeça em seu peitoral.
Ele beija meus cabelos.Meu celular vibra sobre o criado mudo quebrando o clima que nos enuviou.
Matt estende a mão e desbloqueia o aparelho,erguendo ao alcance de meus olhos.
Leio a mensagem e meu mundo treme por segundos.Não estava preparada para sair da bolha protetora que havia me instalado nestes dias.
"Podemos conversar ainda nesta semana?,— Martha."
—Conversou com ela?—Matteo indaga.
Deixo o celular sobre o criado mudo e dei de ombros.
—Eu não tive tempo,nem cabeça para isso.A bomba de que tenho um pai,da Giulia de volta e tudo isso está pilhando minha cabeça. — sou sincera. —Quero digerir primeiro. A ficha ainda não caiu...Não totalmente,meu amor.
Matt ergue uma das sobrancelhas e ajeita o colarinho de sua camiseta cor vinho.
—Precisam acertar-se.É necessário refazer essa parte de sua história quando temos outras para poder continuar. —Matt segura minha mão e a beija.
Fecho os olhos,sentindo meus ombros caírem. Entendo que ele esteja certo,na verdade,Matteo poderia estar sendo o mais racional entre nós,ao passo que me deixo ficar presas as emoções.
Todavia,parece que essas fases obscuras me cercam e me tiram o ar.
—Eu quero conversar e eu irei,mas no devido tempo. Quero estar segura quanto a retornar ao meu passado. Quero sentir confiança para seguir em frente,independentemente do que aconteça. — declaro. —Porém,por agora...Apenas quero curtir nossos filhos,você e essa paz do agora.
Matt segura meu queixo com delicadeza,impossibilitando de desviar meus olhos dele.
—Você sabe que eu te amo,não é?— pergunta se certificando.
Meu coração se amolece ao escutar Matt dizer que me ama.Todas às vezes que ele declarar seu amor por mim será exatamente desta maneira.
—Você sabe que sim,Matt.Você me deu tudo de mais valioso em minha vida.É você.Sempre foi. — meus olhos marejam por segundos.
Pisco repetidas vezes para contar minhas lágrimas presas.Meus olhos foram verdadeiros traidores e me fizeram chorar como uma tola.
Diferente de outros episódios,chorei por amor.Um amor que me faz querer ser minha melhor versão.
—Cazzo!— ele assovia baixinho e um sorriso nasce em seus lábios carnudos — Sou o homem mais feliz em Milão e você,Alice Salvatore Di Montanini,é o motivo disso.Você é o amor da minha vida. Estarei ao seu lado para todos os momentos. Quero ser seu parceiro....Seu amante...Seu alicerce. Quero ser tudo para você.
—Você já é.— afirmo com um sorriso e sentindo meu coração ficar quentinho por dentro.
