Capítulo 14

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ALICE SALVATORE

“E nunca se apegue demais ao passado

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“E nunca se apegue demais ao passado. As pessoas mudam, crescem… a vida é tão engraçada às vezes, você nunca sabe o que o futuro te reserva.”
—Demi Lovato

    
       Bati a porta sem usar muita força. Meu dia havia sido uma merda e Amanda foi a cereja de meu bolo mas não poderia sair descontando minha ira em objetos ou em outras pessoas.
   Internamente,queria matar a mulher. Porém não daria-me o luxo de perder uns de meus empregos e muito menos dar motivos para comentarem que estou tirando proveito de ter Lucca como um Di Montanini.
   
    Fiona era a mulher que infernizava minha rotina. A única coisa que me mantinha trabalhando para ela era o salário.
    É,para aguentar o demônio de saltos   Louboutin pelo menos tem de haver alguma recompensa.

    Encontro com Matt sentado no sofá,com um Macbook preto em seu colo.Provavelmente,terminando algo de seu trabalho.

   Ele nota minha presença e fecha o aparelho. Estica o braço e o coloca sobre a mesinha de centro.

—Você chegou.— sua voz soa...preocupada?

     Tirei o lenço de meus cabelos.A voz rouca e profunda de Matt em meus ouvidos me fazem desconcentrar de qualquer situação.

—Sim...— me sentei ao sofá alguns bons centímetros dele — Um tanto tarde.Meu celular descarregou,não tive como avisar...

    Olhei em sua direção. Movi a boca inúmeras vezes para conseguir articular,mas nenhuma palavra saia.
    Matt estava sem camisa.Os músculos de seu abdômen reto e bem trabalhado me fazem salivar.
     Seu torso era exatamente perfeito. Sua pele bronzeada me fazia ter lembranças de como tudo começou.

—Coloquei Lucca na cama...— os lábios de Matt se curvam em um sorriso inocente e ao mesmo tempo orgulho do que fez.

    Se levantou do sofá,empolgado.Tentei desgrudar os olhos de sua pele descoberta.
    Tive que me esforçar para olhar em outra direção. Merda!Matt deveria ser um atentado ao pudor com esse seu tronco descoberto.

—Oh,sí. Muito grata. — agradeço com um sorriso pequeno.

    Matt havia começado muitíssimo bem sua tarefa de pai. Creio que ele vem tentando provar a si mesmo que pode ser mais que alguém que doou seu sêmen,quer ser um homem bom para criar um filho,meu Lucca.

—Oh,por Dio,Lice. — move suas mãos para frente —Não fiz mais que minha obrigação como pai do carinha.Lucca é um garotinho incrível.Você foi foda na criação dele.

   Meu peito fervilha alegria. Aos poucos,Matt vem dando crédito por ter sido fundamental na educação e moral de meu filho...quer dizer,nosso.Nosso filho.

—Eu sei...— meu coração se enche de paz por saber que sou sortuda —Lucca é minha vida.Sempre foi.

     Matt se senta novamente ao sofá,desta vez quebrando a distância entre nós.
   Sem querer,acabo de me lembrar que Amanda e do que fez.Será que ele havia tido algo com ela?Não sei porque,mas minha intuição me diz que ela vai me trazer problemas.

   Sérios problemas!

—Problemas no trabalho?— Matt  franse a testa e se encosta no sofá.

    Encosto minha mão em meu queixo. Desde quando Matt se interessava pelo que fazia?!
    Queria não dar-lhe nenhum detalhe,mas a sinceridade estampada em seu rosto quebrou-me por inteiro.

—Nada monstruoso. —meus lábios se afrouxam em um sorriso.—Sei lidar com garotinhas mimadas.— pisco e o óculos servindo de vitrines para seus belos olhos me chamam muita atenção  —Você não costumava usar óculos.— reparo.

—Uso apenas para trabalhar. —afirma e tira a armação do rosto. —Minha visão anda meio capenga. Deve ser o fruto dos anos...—deu de ombro —Me sinto um tanto velho com ele.

   Sorri.Nada ficaria velho em Matt,tudo nesse homem era altamente desejável.

—Ficou bem bonito em você...— saiu num susurro automático.

   Maldita boca!

   Pela primeira vez,Matt sorriu tímido. Baixei meu olhar e cruzo minhas mãos sobre meu colo.

—Preciso tomar banho.— levanto do sofá confortável. —Estou seriamente cansada.

    Matt anuí e ando em direção ao quarto que estou hospedada.Giro a maçaneta e abro a porta.
    Tirei minha roupa e a coloquei no cesto branco,fazendo uma nota mental de lavar para lavanderia amanhã.
     Faço um coque alto em meus cabelos e abro o registro do banheiro.
   O jato de água morna relaxa meus músculos cansados.Lavo-me demoradamente e me enrolo em uma toalha felpuda lilás.

    Procurei uma calcinha e vesti e uma camisola preta.Me encarei no espelho e sorri diante de meu reflexo.
   Após o parto de Lucca,meu corpo ganhou novas curvas e meus seios estavam consideravelmente maiores.

    Saio perambulando o quarto arrumando alguns objetos que estão fora de ordem.

    Apesar de Lucca estar no décimo sono,passo em seu quarto para lhe dar um beijo de boa noite. Às vezes,tenho a impressão de que sou eu que não consigo dormir sem fazer esse ritual com meu filho.

—Eu te amo tanto,meu bem.— um sorriso genuíno cresce em meus lábios —Não saberia o que fazer caso não existisse.Você é o sentido da minha vida.Nunca me arrependi de tê-lo. Nunca...

    Me inclino e deposito um beijo em sua têmpora esquerda.Levanto com cuidado ao escutar seus gemidos baixos e alguns resmungos.

   Abro a porta de seu quarto e saio na pontinha dos pés.Meu dia estava oficialmente acabado e estava morta de cansada.
    Minha sorte era que a manhã seguinte seria minha folga dupla,tanto da boutique quanto da Cafeteria.

    Ia atravessar o corredor quando dou um encontrão que me faz parar de andar.
   Por sorte,suas mãos seguraram em meus ombros me impedindo de cair para trás.
 
    O cheiro que emana dele é cru,latente,primitivo...inconfundível.
   Meu coração bate fortemente que posso sentí-lo pulsar nas pontas de meus dedos.

—Matt..?— olhei para seus olhos hipnotizantes.

      Agora estamos aqui tão próximos e isso faz algo queimar em meu coração.Queria ter forças para correr daqui,mas meus pés plantaram território no chão e não consigo ter o menor dos controles sobre eles.

    Por que nunca fui aprovada antes por Matt?Tudo poderia ser diferente se não tivesse ficado grávida e se Matt não precisasse escolher entre ter uma família ou ter sua carreira de sucesso.

      Encaro seus lábios macios.Queria tocá-los.Uma vez. Apenas isso...

—Alice...Por favor...Me peça para ir embora daqui...— sua voz rouca me fazem molhar.

   Suas mãos apertam minha cintura e tenho a impressão de que há labaredas correndo em minhas veias.

—Eu não posso...— sussurrei não conseguindo desviar de seus olhos azuis instigantes. —Não posso...

                 💜💜💜💜💜💜

   Ooii meninas!Tudo bem?Mais um capítulo feito carinho.
   Espero que amem e deixem seus votos 😊

Príncipe Ordinário  💎Série  Di Montanini💎Onde histórias criam vida. Descubra agora