✧❦Cap 38❦✧

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— Para quê serve o copo de água?

Malena - Ele irá nos ajudar a saber se alguma coisa passou, tentou passar, ou não passou para esse mundo.

Ela acendeu uma vela branca, e a segurou com a sua mão esquerda, com os dedos o mais perto da chama possível. Tomando cuidado para não se queimar. Enquanto a vela derretia, ela deixava que os pingos de cera caíssem na palma da sua mão direita. Depois que a vela ficou minúscula e quase completamente derretida, colocou-a na mão cheia de cera e a assistiu derreter até a chama apagar. Em seguida, levantou-se e encarou o espelho, logo em seguida eu fiz o mesmo. Ela pressionou a mão de cera aberta contra o espelho o mais forte possível, tendo cuidado para não quebrá-lo. Em seguida, sem tirar a mão do espelho, soletrou o seu nome ao contrário, lentamente, e depois sorriu para seu reflexo, sem mostrar seus dentes. Seu reflexo permaneceu sério por um momento, e então, sorriu de volta e desapareceu. Ela retirou a mão do espelho e toda a cera que antes tinha alí, desapareceu. Ela pegou as suas coisas, segurou na minha mão e nós passamos pelo espelho.

— Malena, por que você nos trouxe para o meio da floresta... - Olhei para o meu relógio de pulso. - E por que são 03:00 A.M?

Malena - Primeiro: eu não sabia que nós iremos parar no meio da floresta, e segundo: o tempo aqui é diferente. - Olhou para o relógio nas suas mãos. - O meu marca 00:03 A.M. Eu não entendo o porquê do seu relógio marcar outro horário, mas pelo menos nós saberemos que horas são nesse mundo.

— Aonde nós estamos?

Malena - Em um mundo apocalíptico, mas não é um apocalipse comum, foi causado por seres sobrenaturais.

— Ótimo, que maravilha! - Ironizei. - Eu deveria ter ficado em casa.

Malena - Mas agora nós já estamos aqui, vamos encontrar a saída desse lugar.

— Mas e o portal?

Malena - A bússola no meu pescoço marca a direção contrária em que o portal está, então, se nós queremos voltar, nós devemos ir para a direção contrária em quê a bússola marca. - Falou e eu balancei a cabeça positivamente.

Nós começamos a caminhar por aquela floresta, obviamente com as lanternas ligadas. Nós escutamos um barulho não muito alto vindo dalí e a Malena fez um sinal para que eu parasse de andar e fizesse silêncio, então assim eu fiz. Eu olhei para o outro lado e avistei uma cabana; talvez eu tenha passado tempo demais observando a cabana porquê não percebi quando alguém se aproximou de mim e bateu na minha cabeça, a minha visão escureceu e a última coisa que eu senti foi o meu corpo indo de encontro ao chão... Eu abri os meus olhos lentamente e percebi que já estava amanhecendo, eu levantei do chão e olhei em volta à procura da Malena, não encontrando a mesma; eu levantei daquele chão, peguei a minha bolsa e caminhei em direção a cabana para saber se algum dos moradores dalí sabia o que havia acontecido. Eu bati na porta e... O “Rafael” a abriu com uma arma apontada na minha direção.

— Rafael? - Falei surpresa.

Cellbit - Eu conheço você? - Falou com a arma ainda apontada para mim.

— Sou eu, Mara.

Cellbit - Você fala como se eu te conhecesse, mas eu não tenho a menor ideia de quem é você, eu acho que você se enganou. - Abaixou a arma e tentou fechar a porta sendo impedido pelo meu pé, então ele a abriu e me encarou. - Cai fora.

— Eu e uma amiga minha chegamos aqui ontem, nós estávamos procurando a saída dessa floresta, então nós escutamos um bagulho e logo em seguida alguém bateu na minha cabeça e quando eu acordei ela não estava mais lá. - Falei e ele deu espaço para eu entrar na cabana e assim eu fiz.

Cellbit - A sua amiga era humana?

— Mais ou menos, ela é uma bruxa.

Cellbit - Há boatos de que vampiros estão sequestrando bruxas(os) e lobisomens para convencê-los a se juntar ao seu exército, e em caso de resistência, os vampiros os matam ou os mantém em cativeiro.

— Eu tenho quase certeza de que a Malena vai resistir.

A Sereia - JotakaseOnde histórias criam vida. Descubra agora