A Sereia - Jotakase

✧❦Cap 40❦✧

Jv - Eu sinto muito, mas eu não posso te ajudar, linda.

— Você não pode, ou não quer?

Jv - Os dois, eu não posso e não quero.

— Você pode, por favor, eu preciso urgentemente dessa informação.

Jv - Você não é daqui, não é? - Desconversou.

— Não, eu não sou daqui.

Jv - Você veio do portal que está localizado no meio da floresta, acertei?

— Como você sabe disso?

Jv - Eu sei de muitas coisas, além de que aquele portal deve ter chamado a atenção de todos os seres sobrenaturais aqui desta floresta. Quando aquele portal se abriu, todos os alarmes da minha cabana soaram o mais alto possível.

— Você vai, ou não me ajudar?

Jv - Siga o oeste. - Virou de costas para mim. - Ir até aquela parte da floresta seria a mesma coisa que cometer suicídio.

— Como eu posso saber se posso confiar em você?

Jv - Você não pode, mas eu sou a sua única opção. - Virou o seu rosto para o lado, de forma que pudesse me ver e me deu uma piscadela antes da porta se fechar sozinha.

“Oeste então?”

(...)

Eu parei de andar quando vi à poucos metros de distância um castelo feito de tijolos pretos cercado por vários sangues-sugas, como o Rafael havia me falado algumas horas atrás. Eu ouvi gritos vindos do lado de dentro do castelo, e então todos os sangues-sugas correram para dentro, provavelmente para conferir o que estava acontecendo. Eu corri até o castelo e observei que em volta deles haviam sigilos que bloqueavam qualquer tipo de magia ou feitiço. Eu dei a volta no castelo e adentrei o mesmo utilizado uma espécie de “porta dos fundos”, então uma voz feminina soou na minha cabeça.

“Venha até mim! – Disse a voz.”

Eu comecei a andar pelo corredor escuro e com poucas janelas, então eu abri uma porta que parecia ser de um calabouço, a voz feminina ainda soava na minha cabeça. A cada passo que eu dava a voz ficava cada vez mais alta, então eu parei de frente para o que parecia ser uma cela. No canto da cela estava uma garota de cabelos e olhos roxos abraçada aos próprios joelhos, ela me encarou como se visse a minha alma e então a voz soou novamente.

“Me tire daqui! – Disse a voz.”

Eu peguei as chaves no meu bolso e antes de abrir o cadeado olhei para a garota de olhos roxos.

Xxx - Faça. - Disse ela. - Eu não mereço estar aqui, eu não quero me juntar a eles. - Falou e eu segurei o cadeado o observando por alguns segundos. - Não hesite em abri-lo, apenas faça. - Incentivou e eu abri o cadeado. - Obrigada, eu serei eternamente grata a você. - Falou e em cerca de segundos desapareceu dalí.

Eu saí daquele calabouço escuro e comecei a andar pelo corredor, sem olhar para trás.

“Eu não vou com você, Lívia! – Escutei uma voz masculina gritar no andar de baixo, mas não dei muita atenção.”

“Como você quiser, amor. – Escutei a voz da garota, que agora eu descobri se chamar 'Lívia'.”

Jv - Se eu fosse você não iria por aí. - Ouvi uma voz grave atrás de mim e me virei rapidamente.

— Como você chegou aqui?

Jv - Isso não importa, siga o corredor da esquerda, não importa o que você ouvir, não pare de andar.

— Por que você está me ajudando?

Jv - Deixe as perguntas para depois, Mara! Apenas vá! - Falou e comecei a caminhar em passos rápidos pelo corredor da esquerda.

“Como ele sabe o meu nome? Eu não me lembro de ter lhe dito.”

Eu ouvi gritos agonizantes vindo de trás das portas, isso me fez andar mais rápido do que antes. Eu ouvi passos próximos a mim, e por instinto entrei em uma das salas que havia alí, então eu a vi, sentada em um colchão no chão enquanto fazia símbolos desconhecidos por mim nas paredes utilizando o seu próprio sangue.

Malena - Finalmente!

— O que diabos você está fazendo?

Malena - Nada de mais. - Passou a palma da sua mão por cima do corte no seu braço, e rapidamente o corte se cicatrizou. - Eu sinto a presença deles, são muitos, eles estão perto. Muito perto. - Falou e gritos agudos foram ouvidos, então eu percebi um sorriso no canto dos seus lábios. - Vamos sair daqui. - Levantou do colchão encardido e manchando com sangue seco.