I meet hell.

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  Eu precisava ajudar Draco. Eu andava de um lado pro outro dentro da sala precisa, desesperada.

  Meus músculos tremiam, eu chorava, as lágrimas me queimavam como ácido. Meus joelhos estavam bambos e eu sentia que a qualquer momento eu cairia no chão, eu lutava pra manter meu corpo trêmulo livre.

  Fechei os olhos, e meus joelhos cederam. Eu caí no chão.

  Desejei do fundo do meu coração que eu tivesse algum meio de transporte pra poder ajudar o Draco. Eu chorava horrores, então, eu ouvi uma mistura de cisco com casco contra o chão.

  Abri os olhos, e ali tinha um hipogrifo preto e cinza.

  Não era Bicuço. Arfei, e me levantei.

  Obriguei meu corpo trêmulo fazer a reverencia, o hipogrifo retribuiu.

  Caminhei cautelosamente até o hipogrifo e acariciei seu nariz.

  Ele abaixou seu dorso, em um convite pra que eu subisse no mesmo, sorri e o fiz.

  Prendi os joelhos na lateral de seu corpo, com tanta força que meus músculos das coxas ficaram rígidos e doloridos, assim como os dos braços, que estavam em volta do pescoço penudo do animal.

  Ele, sem pensar duas vezes, pulou pela janela que tinha surgido quando eu desejei, e suas asas se abriram, ele voava livremente, como se não fizesse isso a tempos.

  Merlin, como eu odeio voar!

  Eu me apertava cada vez mais ao corpo do bicho, e ele fazia círculos no alto, mergulhos de quinze, dezesseis metros, eu não podia ver os prédios abaixo, de tão alto que o hipogrifo voava.

  Eu só via nuvens a minha volta e abaixo do corpo dele, aquilo me apavorava, sem contar o vento frio que cortava meus lábios e assobiava em meus ouvidos.

  Não sei como Harry gostava tanto de voar.
 
  Eu chorava o tempo todo, meus músculos tremiam como nunca.

  Finalmente, depois de longos cinco minutos, o hipogrifo me deixou na caverna escura, pulei de seu dorso, meu corpo ainda estava trêmulo.

  Sem pensar duas vezes, eu cortei minha mão com uma pedra afiada que havia ali. Pressionei a mão contra a pedra, que cedeu, rolando para o lado.

  Adentrei a caverna e subi no barco. Respirei fundo, ele estava indo demasiado lento.

  Coloquei a varinha na água.

– Periculum! – Exigi, a ponta da minha varinha criou faíscas vermelhas e a pressão contra a água fez com que o barco acelerasse.

  Logo ele me deixou na pequena ilha, onde estava realmente destruída. Em uma das extremidades da terra, havia a marca de mãos e de um corpo que recém-escorregara ali. Draco devia estar ali.

  Tirei minha capa, minha gravata, e os sapatos, ficando apenas com meia-calça, saia e a blusa branca.

– Cabeça-de-bolha! – Apontei para meu próprio rosto, e uma bolha de ar surgiu em meu pescoço, contornando minha boca e meu nariz.

  Pulei na água, e as criaturas, os grindylows já me atacaram. Com um aceno de varinha eu os fiz recuar.

– Lumus Maxima – Um feixe de luz branca saiu da ponta da minha varinha e nadou elegantemente até o fim do lago. Eu o encontrei, uma figura loira com vestes pretas e brancas, manchadas de sangue, estava flutuando e sendo atacada pelos grindylows.

  Estuporei-os, e nadei com urgência até Malfoy. Peguei em seu braço, ele estava horrivelmente ferido.

  Com dificuldade, nadei até a superfície, arrastando-o pela água. O joguei na pequena ilha.

Ignorance Is Your New Best Friend.Onde histórias criam vida. Descubra agora