Ponto de vista: Draco Malfoy.Estava tudo mais ou menos sobre controle, até Hermione perder a calma e se revoltar. Foi algo extremamente assustador, quer dizer, ela nunca foi de agir assim, nem mesmo quando eu a provocava quando éramos mais novos.
Não posso dizer que me lembro de muitas coisas, porque cada neurônio meu trabalhava em um jeito de tentar acalmar uma castanha fora de controle que se encontrava aos berros em minha frente, e impedi-la de fazer alguma besteira; Porém, eu sentia medo de me aproximar e acabar sendo atingido, afinal, as pessoas fazem coisas estupidas, sem sentido, e até mesmo sem pensar, digo isso por experiencia própria. E o que eu vi naquele momento, confirmou todos esses itens citados anteriormente:
Hermione girou a varinha nos punhos após secar umas lágrimas revoltadas que desciam por seu rosto, e seus lábios se moveram rapidamente, berrando as seguintes palavras: AVADA KEDAVRA.
Fechei os olhos brevemente, os apertando com força, e coloquei os braços sobre o rosto, involuntariamente, como uma tentativa embora inútil, de me proteger caso o feitiço me acertasse.
Passaram-se cerca de três segundos, quando o lampejo verde sumiu da sala, e eu escutei um baque suave de um corpo caindo no chão; Abri lentamente os olhos, e vi Lilá caída no chão, os olhos abertos e vidrados, fitando o nada, antes vivos e brilhantes, agora opacos e, literalmente, mortos. Os cabelos ruivos cacheados espalhavam-se sob sua cabeça, e alguns destes pousados suavemente sobre os ombros, e o rosto sem expressão facial alguma.
Hermione, por sua vez, olhava fixamente para o nada, o corpo paralisado encarando algum ponto fixo, seu olhar era vidrado e concentrado. Alguns berros explodiram, atravessando a sala de forma incomodadora, e um ruivo desesperado caiu sobre o corpo desfalecido de Lilá, chorando e gritando.
Eu senti gosto de ver aquilo, de vê-lo sofrer. Era mais que merecido, quer dizer, ele fez Hermione sofrer, e mesmo que... que eu odeie Hermione, mesmo ela sendo uma sangue ruim... Não se faz uma mulher sofrer, não... Não é? Eu acho que sim. E Rony tinha sido estupidamente ridículo com a sua ex namorada. Uma menina de tão bom coração, tão bon... hã, bondosa, não tinha o porque fazer isso, é... irracional, é estúpido, horrível.
Olhei para a castanha, e a mesma permanecia com os olhos fixos e vidrados. Os berros eram horríveis, incomodavam muito meus ouvidos. Potter estava ajoelhado, tentando se livrar das cordas, mas não tinha nenhuma expressão facial.
Caminhei até Hermione.
— Hermione — Disse, e coloquei as mãos em seus ombros. Ela não respondeu. — Hermione — Chamei de novo, e a cutuquei na costela, mas não obtive nenhum movimento dela. — HERMIONE! — Sacudi-a pelos ombros, e ela piscou, saindo do seu "transe". Eu não soube o que dizer, então apenas disse seu nome novamente e me afastei lentamente, com um suspiro pesado.
Rony chorava, e eu sorria com gosto olhando seu sofrimento, era merecido. Mais que merecido.
De repente, vultos pretos atravessaram a sala velozmente, se materializando.
Ponto de vista: Hermione Granger.
Vultos atravessaram a sala e se materializaram, um deles pousando suavemente sobre o chão de mármore, a capa esvoaçando atrás de seu corpo e caindo junto aos seus pés, colando nas costas; o sorriso doentio de um rosto ofídico logo se desfez ao ver a garota morta a minha frente. Um outro vulto não demorou dois segundos para tomar forma, os cabelos alvoroçados e armados pendendo, descendo até a metade das costas, uma risada fina e escandalosa não demorou a anunciar sua presença ali, e aos seus pés caia um velho de cabelos compridos, agora sobre o chão frio, com os braços e pernas arreados, o queixo de encontro com o chão, a boca escorrendo sangue e manchando o elegante piso, os olhos encaravam o nada e piscavam fracos, o senhor Lovegood quase desfalecido agora tossia sufocadamente. Sem sombra de dúvidas, estava a beira da morte.
Voldemort me encarou, os olhos idênticos ao de uma cobra me analisaram friamente, e depois pousaram sobre a garota morta aos meus pés.
E pronunciou as palavras mais óbvias que poderia ter dito:
— O que aconteceu aqui? — E seu olhar mais uma vez pousou em mim.
Rony se encontrava quase desfalecido sobre o corpo da ruiva. Harry agora tinha a expressão um pouco aterrorizada, mas mesmo assim não se movia ou pronunciava alguma coisa. Voldemort parecia ter se esquecido dele.
— Estou começando a te achar útil, sangue ruim — Ele pronunciou as palavras com amargura, o seu hálito horrível se chocando contra a minha bochecha por conta da sua proximidade de meu rosto. — Já que provou que tem capacidade para tirar a vida de alguém, agora você tem uma outra missão. Seu dever é matar o Lovegood. — Seu rosto se abriu em um sorriso podre e doentio nos lábios, fazendo-me sentir náuseas. Então ele se afastou e de repente, eu senti um aperto no peito e um total desespero. Eu percebi, que estava com medo.
Fiz tudo isso, cheguei aonde cheguei por uma vingança. E se, mesmo depois disso, eu não tivesse ecolha? E se eu tivesse que permanecer aliada a ele? Merlin, eu sempre desprezei esses nojentos repugnantes comensais, e agora eu estou agindo exatamente como eles, por um motivo que perto de tudo isso, é ridículo. Eu podia ter mudado as coisas, e eu sei agora mais do que nunca que meu plano pode dar errado e tudo ir por água abaixo. E agora eu vou ter que matar alguém que não tem absolutamente nada haver com isso, a troco de satisfazer aquele crápula. Estou me sentindo imunda, eu estou com muito medo.
Suspirei pesadamente, tentando não deixar transparecer meu nervosismo e pisquei diversas vezes para que as lágrimas presas ali recuassem.
— Ótimo. Tenho uma reunião agora, no qual vocês dois — Ele apontou para mim e Draco — Não estão incluídos. Estão dispensados. — As mãos brancas gesticularam em direção a escada, e eu estava tão perplexa que precisei que Draco me cutucasse pra que eu entendesse e meu cérebro absorvesse tudo aquilo.
Ele pegou a minha mão, e começou a me guiar em nas escadas, subindo vagarosamente. Eu caminhei em direção ao quarto de hóspedes da mansão Malfoy, mas quando estava prestes a tocar na maçaneta, o loiro puxou minha mão.
— Draco... Eu to com medo — Disse e inconscientemente, o abracei, colocando meu rosto em seu peito. Seus braços envolveram minha cintura eu um abraço protetor e por um momento eu me senti segura e não totalmente sozinha.
— Eu confio. — Involuntariamente as palavras saíram por meus lábios, e eu mesma me surpreendi com as verdades das minhas palavras. Eu confiava... eu realmente confiava nele. Malfoy não era esse ser humano horrendo que demonstrava ser, ele só não tinha escolha.
— Que bom. — Seus lábios se abriram levemente em um meio sorriso, e ele segurou meu rosto com mais firmeza, porém ainda delicadamente. Seus polegares afagaram minha bochecha carinhosamente, e ele inclinou a cabeça vagarosamente em direção ao meu rosto, agora seu hálito exalando por meu rosto, seus lábios agora extremamente próximos dos meus. Eu não senti vontade de recuar, apenas esperei. Ele virou um pouco o rosto, de forma que seu nariz não batesse no meu, e então, uniu nossos lábios, e me beijou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ignorance Is Your New Best Friend.
FanfictionHermione sempre foi apaixonada por Rony. O mesmo, partiu seu coração e assim que ela lhe deu uma segunda chance, ele o fez de novo. Mas com a ajuda do melhor amigo de Hermione, Harry Potter. Cega pelo ódio, a garota muda completamente e é atingida p...