Cut of Shells.

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  Ponto de vista: Hermione Granger.

  Tínhamos acabado de aparatar no Chalé das Conchas, e subimos sorrateiramente as escadas de madeira até o quarto onde eu tinha ouvido a voz de Harry e Rony.

Hermione faz falta... – Pude ouvir a voz de Rony por trás da porta.

  Em um piscar de olhos eu saquei minha varinha e encostei-me ao batente da porta, Draco ao meu lado com a mão em minha cintura, e passei a girar a varinha entre meus dedos.

– Faço, é? – Perguntei divertida, ainda girando divertidamente a varinha em meus dedos.

  Harry deu um pulo da cama e passou a tatear suas vestes à procura da sua varinha.

  Olhei para Draco brevemente, assentindo.

Accio varinha do Harry. ­– Ele sussurrou inaudivelmente, e em fração de segundos a varinha dele estava entre os dedos do meu namorado.

– Procurando por isso, Potter? – Perguntei apontando para a varinha dele e dando uma risada gostosa.

  O moreno cerrou os olhos, e Rony agiu como reflexo e procurou pela dele.

– Accio varinha do Ronald. ­­– Então, a varinha dele veio parar na minha mão. – Opa! – Eu ri mostrando a varinha dele pra ele.

– Maldita! – Harry urrou, porém foi se encaminhando para trás até chegar em direção a parede.

– Com medo? – Perguntei cinicamente e ri mais uma vez, estava tão divertido.

– Vá se ferrar! – Rony berrou, e empurrou Draco.

  Fiquei com raiva, coloquei a varinha de Rony reta entre minhas duas mãos, e a parti no meio.

– Ops, quebrou! Tenta colar com fita adesiva como fez no segundo ano! – Joguei os pedaços pela janela de madeira – Hm, eu acho que não! – Gargalhei gostosamente, e vi Draco fazer o mesmo com a varinha de Harry.

  Ronald tentou nos atacar manualmente mais uma vez, porém eu fui mais rápida, girei o punho com a varinha em mãos e mirei em seu peito:

Expelliarmus! – Berrei, o raio avermelhado dançou rapidamente em direção ao corpo dele, jogando-o para trás, fazendo seu corpo se chocar contra uma estante de livros, que balançou a derrubou vários livros em cima dele.

– HERMIONE! – Harry gritou, olhando horrorizado para mim.

– O que? – Perguntei com o quê de indiferença.

– O que você está fazendo? – Seus olhos azuis rapidamente procuraram os meus. Estavam severos e desesperados, e havia uma ponta de decepção em seu olhar.

– O que EU estou fazendo? Ora, estou fazendo o que deve ser feito! Olho por olho, dente por dente, melhor amigo. – Confesso que minha voz saiu mais cínica do que eu pensava.

  Ele balançou a cabeça, indignado, soltando um suspiro de descrença.

– O que deve ser feito, Hermione? – Sua voz engrossou, e ele pegou meu pulso. Tentei puxar, mas ele segurou com firmeza. - Isso é o que deve ser feito? – Seu dedo indicador pousou na marca negra, e eu puxei meu braço com mais força, dessa vez conseguindo me soltar. – Sério? Devia ter acabado com nossa amizade e seu namoro com o Rony, seria o suficiente, sofreríamos o bastante sem você. Agora, chegar a esse ponto, Hermione. Francamente, você demonstrou muito bem a sua coragem Grifinória, mas agiu como uma Sonserina sangue-frio, covarde e egoísta. Só pensou em si mesma, e traiu quem você chamava de melhor amigo, ou melhores amigos.

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