Epilogue. - Peace, finally.

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  Fui cuspida para fora de mim mesma e logo eu estava naquele lugar que já se tornar familiar para mim, a mansão Malfoy. Infelizmente havia se tornado familiar.

  Voldemort estava na poltrona de veludo verde, envolta da grande mesa retangular, e os olhos em fenda brilharam quando ele viu Harry e Rony caírem no chão.

  A cena era a seguinte: vários comensais estavam a postos atrás de Bellatrix e um cara alto e negro. Acho que seu nome era Iago, se não me engano. Harry estava de joelhos, com as mãos amarradas nas costas e tossia muito, tal como Rony. Bellatrix estava atrás de Harry, e quando este tentou erguer a cabeça, ela lhe deu um chute, e ele abaixou de novo, encostando a testa no chão. O comensal alto estava atrás de Rony, que se debatia na tentativa de se soltar, mas logo o comensal se irritou e pisou nas costas do ruivo, que parou a tentativa de se soltar.

  Eu estava ao lado de Bellatrix e Draco estava junto com os outros comensais ao fundo.

  Voldemort logo começou a andar em volta de Harry, que estava ajoelhado e com a testa no chão de mármore.

- Potter... – Ele disse vitorioso. Harry urrava de dor, acho que a cicatriz dele doía. O homem de feições ofídicas riu e fez sinal para que Bellatrix se afastasse, e a mulher, obediente se afastou. – Parece que dessa vez, o amor não venceu, não é mesmo, Harry Potter? – Seu tom de voz era divertido. Harry estava desesperado, tentava a todo custo se livrar de Voldemort, se afastava, se esquivava, e o que eu achei que seria prazeroso de ver estava se tornando um pesadelo. ­– O amor, caro Potter entregou você e o trouxe até mim. O amor que você sentia porque achava que era sua amiga. Ora Potter, eu realmente achei que fosse mais inteligente. Confiar demais nas pessoas é sempre um erro.

  Harry ergueu a cabeça com dificuldade, torcendo o pescoço e então seu olhar encontrou o meu, e o olhar dele só tinha desprezo, nojo, e ódio. Nenhum tipo de sentimento positivo. Aquilo fez meu estômago revirar em culpa e remorso.

  Ele cuspiu sangue, e voltou o olhar para Voldemort, que se ajoelhou em sua frente, erguendo o rosto do moreno na altura do dele. Os dentes de Harry estavam trincados na tentativa de não gritar, enquanto o rosto se contorcia em uma careta de dor. O dedo branco e longo do homem de feições ofídicas então encostou a cicatriz em forma de raio, e Harry não só gritava como esperneava e se contorcia, enquanto Voldemort ria loucamente, de uma forma que chegava a ser cruel. Lágrimas escorriam pelo rosto de Harry, que com toda certeza ele estava soltando involuntariamente.

  Reprimi com todas as forças a vontade de gritar "Pare!", enquanto encostava meu rosto no peito de Draco e piscava algumas vezes para evitar lágrimas escorrer por meus olhos também.

  As risadas histéricas ecoavam na sala, e agora todos os comensais acompanhavam Voldemort, mas a risada que mais se destacava com toda certeza era a de Bellatrix.

  Ninguém prestou atenção quando eu coloquei minha cabeça no peito de Draco, que suavemente descansou o braço sobre minhas costas, me acolhendo mais próximo dele e passando levemente os dedos nas pontas de meus cachos.

  Suspirei pesadamente, então Voldemort se levantou e ergueu a varinha para Harry.

  Não!

  Eu não suportaria ver aquilo, não.

- Harry Potter... O menino que sobreviveu, veio para morrer! – Ele disse em um tom parcialmente divertido, a varinha girou em seus punhos, então focou o rosto pálido de Harry, que apenas fechou os olhos em uma respiração pesada, esperando pela morte, enquanto um Rony desesperado gritava e se debatia nos braços de um comensal da morte brutamontes. – Avada Kedavra!

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