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  Aparatamos em um café.

  Entreguei a Harry e Rony roupas limpas e eles foram no banheiro masculino trocar de roupa.

  Fiz o mesmo, e peguei uma roupa limpa, jeans e uma camiseta, e fui ao banheiro feminino do café e me troquei rapidamente.

  Saí e caminhei em direção às mesas, Rony e Harry já estavam  em uma das mesas e sentei a mesa com a bolsinha na mão. O local era extremamente aconchegante, tinha cheiro de grãos de café moído. Uma atendente magricela veio até nós com uma prancheta na mão.

— O que vão querer? — Ela perguntou.

— Um Cappuccino, por favor — Foi eu quem pedi. Ela olhou para Rony e Harry.

— O mesmo que ela — Harry respondeu. Rony parecia confuso. E na realidade, estava, ele nunca tinha lidado com cappuccino's antes. Era engraçado.

  A atendente anotou tudo em sua prancheta e seguiu para a cozinha, preparar nossos cafés.

  Harry mexia as mãos sobre a mesa, inquieto.

— O que vamos fazer, Hermione? Minhas coisas estão tocas n'A toca e... — Interrompi seu falatório com um aceno de cabeça. — Não?

  Ergui a minha bolsinha e sussurrei as seguintes palavras:

— Feitiço indetectável de expansão. — Disse com obviedade. — A dias venho preparando só o que é necessário.

— Só o necessário — Harry repetiu.

— Para onde vamos? — Rony perguntou, inquieto. Se movia tanto que parecia que estava com pulgas na cueca, não parava quieto.

— Para algum lugar longe de Voldemort. — Harry afirmou.

  "Voldemort", o tal tabu. A essa altura, eu esperava que o plano estivesse dando certo.

— Para de falar o nome! — Rony repreendeu-o. Minha vontade foi de enfiar a mão na cara do Rony só pra ele parar de atrapalhar minha vida.

— Eu não tenho medo do nome, Ronald. — Eles começaram uma pequena discussão, e eu notei uns homens de terno adentrarem o local. Um deles olhou pra mim, e assentiu. Erguei levemente a manga do paletó, e mostrou de relance sua marca. Era Dolohov. Ele olhava pra mim como quem diz "você sabe porque estou aqui, é hora de agir".

  Assenti em resposta, e eles atacaram Harry. Eu fiquei parada, apenas abaixei a cabeça, não podia deixar o plano falhar e nem fazer com que eles desconfiassem de mim. O pedaço da parede quebrou, e voou parede pra todo lado.

  Abaixei-me e fiquei em baixo da mesa, Harry gritava pra que eu fizesse alguma coisa, então eu comecei a atacar feitiços no nada, fazendo de conta de que "eu estava errando". Os dois comensais pareceram entender o recado e fingiam que estava desviando dos feitiços. Graças a Merlin.

  Eu ia fazer com que tudo ocorresse perfeitamente, estava pronta pra levantar e mostrar minha marca negra, desarmar Harry e Ronald, e conseguir sequestrá-los, como o planejado. Mas eles estragaram TUDO e estuporaram os dois comensais.

  Um deles, que eu não me lembro o nome agora, bateu a cabeça contra a vitrine da loja, que se quebrou, Dolohov bateu com a cabeça na parede. Eu não sei como a atendente não havia saído em meio àquela zona;

  Me esgueirei por debaixo da mesa e saí, ficando de pé e limpando as vestes da poeira que havia voado.

  Rony caminhou até os comensais desacordados com repulsa, e os chutou com violência, arrisco dizer que um de seus chutes quebrou a costela de Dolohov.

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