– Me larga! - Ralhei arrastei as costas pela parede enquanto tentava me livrar das mãos dele.– O que você está tramando, se aliando ao lorde? - Ele perguntou de novo, pegou-me pelos ombros e me empurrou contra a parede fria de novo, fazendo minhas costas reclamarem.
– Está me machucando – Ralhei entredentes, tentando mais uma vez me livrar das mãos dele inutilmente – Tenho que cumprir minha detenção!
– Detenção? Pensei que você fosse mais inteligente, pirralha! - Ele gritou e repetiu mais uma vez o movimento, pegou em meus ombros e me bateu contra a parede mais uma vez.
– Me solta – Eu gritei, e ele me soltou com violência, fazendo-me cair no chão.
– O que você está tramando? - Ele perguntou mais uma vez, e eu bufei.
– Vingança, é isso que eu quero. O que é da sua conta, senhor "eu sou aliado ao Dumbledore porque quero traí-lo me aliando ao lorde das trevas"? - Ironizei.
– Cale a boca, sangue ruim. Que tipo de vingança? - Ele perguntou enquanto eu me levantava.
– Não é da sua conta, vá comprar um shampoo e me deixe em paz! - Gritei.
– Legilimens! – Ele berrou.
Antes que eu pudesse se quer me defender, ou até mesmo em pensar nisso, senti todas as minhas memórias sendo reviradas, como se estivessem pegando meu cérebro e colocado ele de ponta cabeça, chacoalhando, como uma criança que procura alguma coisa dentro da bolsa e vira tudo em cima do sofá e fica chacoalhando. Foi o que eu senti.
Vi meu momento de revolta por saber por Neville que Rony tinha me traído com a ajuda de Harry... Tudo voltando à tona e a sede por vingança aumentava em minha garganta enquanto eu revia as coisas. Revi Voldemort fazendo a marca negra em meu antebraço, os livros que eu já havia lido, todas as memórias.
– Acho que já chega – Gritei, enquanto caia de joelhos com aquela sensação horrível de ver suas próprias lembranças nítidas como em um sonho profundo.
– Finite! – Ele disse e eu finalmente pude fitar seu rosto – nunca fiquei tão feliz por isso – acrescentei mentalmente. E nem acho que ia ficar.
– Feliz agora? Posso voltar pro meu dormitório senhor Snape, ou você ainda tem alguma pergunta a fazer? - Bufei.
– É só, por hora, Granger.
Subi as escadas e fui em direção ao quadro da mulher gorda.
Ponto de vista: Severo Snape.
Eu não acredito. Ela tinha tudo na mão pra entregar Potter, até mesmo por ser amiga dele. Eu não podia fazer isso, por mais que odiasse o garoto, eu tinha que protegê-lo. Ele era a única lembrança que Lily fora real um dia. E eu não podia deixar acabar com isso, e Granger, sendo inteligente do jeito que é conseguiria isso facilmente.
– É só, por hora, Granger – Disse a ela que ainda se encontrava em minha frente, e a mesma rapidamente saiu. Confesso que foi totalmente necessário usar Ligilimens nela, por mais que fosse ilegal. Mas eu tinha que saber, porque pra uma garota tão inteligente e pé no chão como ela, se aliar a Voldemort tem que ter muita coragem e no seu caso, sede por vingança
Dumbledore precisava saber disso.
Segui para sua sala. Chegando lá, falei a senha que apenas eu, Minerva e ele sabia.
– Sorvete de limão. – Sibilei. Subi as escadas, afobado.
– Professor, preciso falar com você – Eu disse, exasperado. O simpático velho de barba branca estava tricotando, e ergueu seus olhos azuis pra mim, despreocupado.
– Pode falar, caro Severo.
– Professor, Granger vai entregar Potter ao lorde! - Eu disse exasperado, e fitei a mão parda dele.
– Me explique melhor essa história, Severo – Ele pediu calmo e despreocupado, e eu coloquei a par tudo que eu tinha visto nas memórias de Hermione.
– Isso é bom, só facilita o trabalho – Ele disse e voltou sua atenção para o trico.
Perdi o ar, e o fitei, intrigado.
– Potter tem que... Morrer? - Perguntei, preocupado. Não. Eu tinha prometido a mim mesmo que cuidaria do garoto. Porque a morte de Lily havia sido minha culpa, e eu não deixaria isso acontecer mais uma vez.
– Achei que soubesse disso, Severo. Assim como eu preciso morrer pra que Draco complete sua missão, um favor que obviamente você vai me fazer – ele olhou pra mim, que assenti – Potter precisa morrer pra que o lorde morra. Um não pode viver enquanto o outro estiver vivo. Severo, Harry é a horcrux que Voldemort não pretendeu criar, e essa é a razão dele ter perdido todos os seus poderes, ficou fraco quando criou a Horcrux em Harry. E isso é algo que não pode ser mudado.
– E você, sabia disso o tempo todo – Eu disse, sentindo meus joelhos fraquejarem e cai no chão. Eu traí Voldemort pra no final, isso só me custar levar Harry direto para seu próprio enterro.
Dumbledore apenas assentiu, mantendo seu calmo olhar.
– Você o criou como um porco para o abate! - Eu berrei, e agora lágrimas escorriam pelos meus olhos, queimando-me a pele como ácido.
– Não vai me dizer que se apegou ao garoto, Severo – Ele disse, agora a voz meia embargada.
– Ele é a única prova real de que Lily existiu. Lily está nele – eu ofeguei entre as lágrimas.
– Lily? Depois de todo esse tempo? - Ele disse, perplexo. Meu amor por ela, jamais morreria.
– Sempre – Eu disse.
– Severo, eu sinto muito, mas é o certo a ser feito – O velho se agachou a minha frente e colocou as mãos em meus ombros.
– Não é. você o traiu! Ele sempre foi leal a você, e você fez isso o tempo todo, o apunhalou pela costas. Como pode? - Perguntei amargurado, criando forças para levantar.
– Era o certo a fazer. Confesso que eu me apeguei a ele, Potter é realmente incrível. Mas o sacrificio deve ser feito. - Ele disse. Eu não disse mais nada, apenas chacolhei a cabeça, perplexo e saí da sala, sem dizer nada. Eu não podia trair Lily mais uma vez.
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Ignorance Is Your New Best Friend.
FanfictionHermione sempre foi apaixonada por Rony. O mesmo, partiu seu coração e assim que ela lhe deu uma segunda chance, ele o fez de novo. Mas com a ajuda do melhor amigo de Hermione, Harry Potter. Cega pelo ódio, a garota muda completamente e é atingida p...