Escuro

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– Calma Tammy. Eu tenho a minha lanterna aqui.

Renato tentou ligá-la, mas nada aconteceu. Ele bateu com na palma da mão, mas nada de a lanterna acender.

- Mas que droga! Não funciona!

Então Renato abre o compartimento de pilhas.

– Mas que ótimo! Não tem pilha!

– A minha tem, mas ta bem fraca. - Disse Rodrigo passando a sua lanterna para Renato.

– É Digo. Eu acho que nós vamos ter que pegar umas velas.

Tammy olhou desesperada para o namorado e ao agarrar a sua mão, começou a chorar.

- Não Rê. Por favor! Vamos ficar com a lanterna do Digo, a luz está fraca, mas pelo menos podemos enxergar alguma coisa.

- Mas não vai durar muito tempo...

- Não importa! - Disse Rodrigo sentando ao lado deles. - O tempo que durar está ótimo.

Os três ficaram ali por mais um minuto, em silêncio, olhando ao redor, ouvindo os barulhos noturnos da natureza lá fora, até que a pilha da lanterna acabou-se de vez.

Tammy grunhiu de medo.

- Me desculpe Tammy. Não sei quanto á você e o meu irmão, mas eu não gosto de ficar no escuro.

Então se ouviu o ligar de fósforo e a luz da chama da vela preencheu o aposento, fazendo tudo se clarear e as sombras dos três colegas se ressaltarem bruxuleantes na parede, como se estivessem se mexendo sozinhas, sem que eles movessem um músculo se quer.

Tammy abraçou Renato com mais força.

- Calma Tammy, são só as nossas sombras.

- Não importa! Eu tenho medo mesmo assim Rê.

Um vento gelado começou a entrar por debaixo da porta juntamente com um estranho barulho de gemido, de escárnio, como se alguém quisesse assustá-los de propósito, ou avisar a sua chegada.

- Ai não! - Gemeu Tammy.

- O que foi? - Perguntou Renato assustado.


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