Era a ultima aula do dia, e todos ainda prestavam atenção na palestra do professor de sociologia, que insistia em deixar a aula cada vez mais chata. Adriana então levanta a mão e o professor faz sinal para ela falar.
- Por favor, será que o senhor me deixaria ir até a biblioteca devolver este livro?
- Por que não devolveu antes menina?
- Estava prestando muita atenção em sua aula, e quando fui pegar meu caderno para anotar algo, vi que em vez do caderno, trouxe o livro.
- Está bem. Mas vá rápido. Não vai querer perder a melhor parte. - Disse ele todo pomposo.
Ela nada diz, só balança a cabeça em agradecimento e sai da sala.
O sinal toca e Beto, Carla e Marina encontram com Adriana nos armários, onde guardam seus materiais e pegam lanternas, câmeras, e outras coisas que possam precisar.
- Consegui pegar as chaves. - Diz Adriana colocando-as de volta no bolso.
- Podemos ficar no laboratório até que a barra esteja limpa. Ninguém vai muito lá mesmo.
Eles então se esgueiraram pelos últimos alunos e se escondem lá.
Até todos os alunos e professores saírem da escola, demorou uns quarenta minutos, mas valeu o esforço.
As luzes foram apagadas, mas como foram prevenidos, suas lanternas e celulares conseguiram iluminar o caminho perfeitamente.
- Acho que a barra está limpa. - Diz Beto olhando para fora da porta.
- Então é melhor a gente ir. Exclama Adriana.
- Só me passa uma lanterna para que eu possa ver onde piso. Pediu Marina para Carla.
Marina então tateia o chão, e segura o braço de Carla.
- Marina? Onde você está?
- De mãos dadas com você horas.
- Não está não.
- Estou sim.
- Não. Não está não. E Carla aponta a sua lanterna para Marina.
Marina faz cara de choro e olha para o lado.
A mão de quem ela segurava, é a de um fantasma, o fantasma da garota que chora sangue enquanto agarra firme a mão de Marina.
- Não! - Grita Marina tentando se soltar dela, até que o fantasma olha para baixo e se deixa escorregar assustadoramente para o primeiro andar, atravessando o chão.
- Você está bem? - Pergunta Carla.
- Uhum. Responde ela ainda passando a mão no seu pulso.
- Não precisa ter medo. – Diz Adriana – Ela não está aqui para te fazer mal. Mas confesso que ela está com algum tipo de raiva para conseguir se segurar em um humano.
- Obrigada. Assim você me deixa mais aliviada. - Diz Marina andando devagar e olhando para o chão todo o tempo.
- É melhor a gente ir meninas. - Diz Beto fazendo sinal para elas saírem da sala.
Eles estavam indo em direção á biblioteca, quando ouviram um barulho no portão de ferro que guardava a entrada no térreo.
- Quem será? - Pergunta Carla.
- Não sendo o fantasma daquela guria está ótimo. - Responde Marina.
- Acredito que não. Confirmou Adriana.
- Espero que não seja um guarda. - Completa Beto.
- Não sei não, mas acho que não devemos ficar aqui para saber o que é. Diz Carla puxando todos em direção á escada...
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Histórias Assombradas
Mystery / ThrillerEm histórias Assombradas, você irá encontrar quatro contos, onde terror, suspense e um pouco de fantasia se misturam para trazer alguns medos que tivemos na nossa infância, e alguns que não querem nos largar na vida adulta. São eles: *Nunca brinque...