A lenda

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- Pode parar Gi, não tem graça! Se você quiser que eu conte a lenda pare de fazer estes gemidos.

- Está bem! Parei! – Responde ela com desanimo.

- Vai Liny, como é a tal lenda? – Pergunta Thélo fazendo Liny contar logo a lenda e parar de enrolar.

Liny então respira fundo e começa a contar.

- Bem, o nome dele é o monstro do medo. As crianças ou até mesmo os jovens, não devem desobedecer aos seus pais, pregar mentiras ou pregar peças nos outros, e é claro, não pode ter medo dele, pois acreditem ou não, ele é cego, e ouve o medo, isso mesmo, ele ouve os nossos medos berrando dentro da gente.

Thélo e Gi nem piscam, tão concentrados estão no que Liny está falando.

- Ele da uns sinais antes de vir te pegar.

Os dois amigos se olham e depois voltam a atenção para Liny.

- O primeiro é quando você começa a ver os seus vultos, ou um braço branco nas portas e janelas.

O segundo é quando ele deixa a sua marca no seu corpo, e geralmente é na barriga.

E depois disso, é quando ele surge. Ele o pega por baixo do colchão e te abraça, e quando ele da o seu abraço em alguém, a pessoa fica louca ou num estado vegetativo por mais ou menos um mês. Ou...

- Ou? Pergunta Thélo

- Ou morre. - Finaliza Liny.

- Ok! Me apavorasse. - Disse Gi chegando mais perto dos dois.

- Nem vem minha filha, foi você quem pediu para eu contar a lenda.

- Está bem, eu só falei.

- Tá. E é só isso? - Pergunta Thélo incrédulo.

- Na verdade tem um jeito, somente um jeito de quebrar a sua presença.

- E qual é? - Pergunta Thélo com empolgação.

- Eu não me lembro...

Thélo faz cara de decepção.

- Espera ai, tem mais um verso na poesia. Você só poderá se salvar, se um grito você segurar... E dormir você voltar. É isso!

- Como se alguém fosse conseguir dormir com um monstro puxando os seus pés. - Ironizou Gi apavorada.

- Se for para não morrer minha filha, qualquer coisa vale. - Responde Liny se cobrindo para dormir.

- Bom meninas, está tudo muito bom, está tudo muito bem, mas eu estou com sono, e não sei quanto a vocês mas eu quero dormir. Boa noite! – Exclama Thélo deitando e se tampando até a cabeça.

- É verdade Gi, concordo com o Thélo, vamos dormir que amanhã a gente tem um dia cheio pela frente.

- Tá bom então. Boa noite.

- Boa noite.

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