Vendo coisas

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Mas tarde, naquele mesmo dia, em quanto Gustavo tomava banho, Gabriela liga seu celular e começa a gravar um vídeo.

- Oi pessoal! Estou gravando este vídeo para a Ana, a Nai e o Marlon. Que fique bem claro. Vocês deram o cano na gente, ficamos aqui plantados em casa fazendo fotossíntese esperando vocês e nada. Nada! Nem uma ligação, um e-mail, um pombo correio o que fosse. Nada! - Gabriela esfrega as mãos no rosto para afastar o sono e não vê uma garota passar se arrastando atrás de si. - Vê se da próxima vez vocês atendem o celular.

- Ah! Assusta-se Gabriela quando o seu celular começa a tocar.

- Alô?

Nada era ouvido a não ser chiados, e alguém falando ao fundo. E de repente, ela ouve alguém chamando por ela e seu irmão.

- Alô? Alô, Nai? É você? A ligação está horrível.

Então, um barulho de algo caindo é ouvido.

- Gabriela foi você? O que foi isso? - Grita Gustavo do banheiro.

- Não sei. Não foi você?

- Não. Eu ainda estou aqui no banheiro. Vai ver o que é.

- Está bem.

Gabriela vai até a sala, ela continua filmando e vê que um enfeite da estante caiu. Ao ajuntá-lo, ela vê um par de pés atrás das cortinas.

- Mas o que...

Os pés então tremem e ela da um grito.

Gustavo sai correndo do banheiro.

- O que foi? Gabriela?

Gabriela sem fala aponta trêmula para as cortinas e tudo que consegue gemer é:

- Ali... Ali atrás das cortinas...

- O que foi? Não tem nada ali. Olha se eu for lá e tiver alguém atrás delas para me assustar você vai ver.

Gabriela continua filmando mesmo sem perceber e Gustavo levanta as cortinas mostrando para a irmã que não há nada ali.

- Viu só?

- Mas tinha, eu juro que tinha.

- Você deve estar vendo coisas. Afinal, não é aprimeira vez. Debocha ele voltando para o banheiro.

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