Com a oportunidade de voltar para Portugal, George marcou minhas passagens de avião e eu arrumei as malas, conversamos em relação a voltar e ele pediu que dessa vez não fosse para me expor aos outros que poderia causar mais problemas. Concordamos que seria mais tranquilo, e que iria voltar para a mesma coisa, ele disse que havia oferecido a vaga na empresa de compras, mas que a mesma havia conseguido um emprego melhor na Espanha.
Na hora do embarque estava marcado para as dez horas da noite, então consegui um tempo para despedir das minhas amigas, mas disse que poderiam passar uma temporada na minha casa, ficaram felizes e começaram a combinar sobre ir viajar no final do ano para as festividades. Depois de algumas pessoas, mas o Vinicius despedi por carta, pois era capaz de ter uma surpresa.
Com toda coragem do mundo, e não sei por qual motivo resolvi ter essa atitude e claro, com toda estupidez da galáxia, fui até a casa do Erik.
- Oi! – Assim que o vi sair pela porta, indo até o carro.
- O que está fazendo aqui? – Perguntou ele um pouco assustado.
- Erik, eu vim ver você pela última vez.
- Por que? – Perguntou
- Eu senti que precisava disso. - E ele assentiu, encostou em seu carro e esperou.
- Tudo bem! – Disse ele
- Erik, não sei como começar... – Comentei e o olhei de cima a abaixo, seu corpo malhado e seu cheiro de perfume importado. – Está indo a algum lugar?
- Sim, tenho um compromisso as nove.
- Mas ainda são sete.
- Eu sei, vou passar na casa dos meus pais antes de ir.
- A, tudo bem. – Sem mais nada o que dizer, mas que queria dizer muito.
- Está tudo bem? – Perguntou ele
- Está. – Respondi, senti meu corpo esquentar de repente.
- Gabriela, você está suando... – Disse ele. Senti que tudo estava girando e puf.
❀- Gabriela!! – Chamou ele do meu lado, abri os olhos aos poucos e tudo estava embaçado. Levantei sem dizer nada, ao redor percebi que estava em sua casa, na sala.
- Desculpa, tenho que ir. – E ele segurou minha mão.
- Olha o seu estado, você está pálida. – Disse ele, e sentei novamente.
- Desculpa. – E sem pensar mais acabei por beija-lo, mas ele me empurrou e se levantou.
- Você está loca?! – Disse ele agora nervoso e fiquei com receio, mas era diferente, ele não estava agressivo, ele estava... triste?
- Eu sei! – E abaixei a cabeça. – Melhor eu ir embora, em algumas horas meu avião embarca, não posso perder. – Dessa vez ele segurou minha mão, mas sem puxar, aproximou e olhou nos olhos.
- Isso é um adeus? – Perguntou ele
- Sim! – Confirmei. Então levantou-me em seu colo, e beijou-me com paixão. Pela primeira vez, ele demonstrou o que sentiu quando me conheceu, nos apaixonamos, nos amamos e ali foi o resultado de anos de problemas e ninguém sabia resolver.
Erik foi atencioso, respeitou minhas decisões e principalmente carinhoso, em momentos como esse ele sorria. Mas percebi que seus olhos estavam molhados então debruçou sobre mim, e disse: Eu amei você, incondicionalmente. E nós dois gozamos juntos, o prazer de ter ouvido ou sentido aquele pequeno momento, demonstrou que certas pessoas tem uma segunda oportunidade para mudar.
Depois que terminamos, nos vestimos e despedi dele. Ele entrou no carro, e foi para o encontro direto, era quase perto das nove horas, e eu fui pegar minhas coisas para embarcar. No aeroporto estava apenas minha tia, disse tchau a ela e agradeci por tudo.
"Boa viagem". Era mensagem do Erik
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De repente, Portugal
RomanceCom uma proposta de emprego, Gabriela foi transferida para trabalhar fora do Brasil. Seu chefe não hesitou em envia-la para trabalhar em Portugal, na qual reencontrou seus amigos do passado, cujo havia conhecido pela internet em uma época difícil na...