Chapter 4

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Natasha acordou com o despertador de Wanda, avisando que eram 7:15am e precisava trabalhar. A russa levantou e desligou o despertador, deixando a mais nova dormir um pouco mais. Saiu do quarto em passos leves e fechou a porta atrás de si.

- Bom dia, Natasha - Steve cumprimenta, recebendo um fuzilar de olhos em resposta - Está brava comigo mesmo?

- Steve, enquanto você não se desculpar, não fala comigo - Nat cospe as palavras com raiva e vai para o seu quarto se arrumar.

Steve revira os olhos e desce para a cozinha, ele estava irritado, não pela irmã ter beijado sua colega de trabalho. Mas por Peggy ter deixado isso acontecer. Ela era a mais velha e deveria saber que Wanda era praticamente uma adolescente ainda, não tinha maturidade o suficiente. Bufando, o loiro pega suas chaves e vai para o trabalho.

- Wanda - Natasha chama, depois de ter se arrumado e se certificado que Steve tinha saído - Você vai pra empresa hoje? Ou quer ficar em casa? - pergunta acariciando os cabelos da irmã.

- Eu vou, preciso falar com o Tony e a Pepper sobre meu projeto - a ruivinha avisa, já se levantando da cama e pegando suas coisas para se arrumar - Te encontro no carro em 20 minutos - declara.

- Ta bom, te espero então - a mais velha sorri e ruma para o carro de Wanda, já que o seu estava com Scott.

Em menos de 20 minutos Wanda aparece, entrando no carro e dando partida. Seguindo para a empresa, quando o celular toca e Nat faz sinal pra irmã parar.

- Okay, sem problemas, a gente passa ai - Natasha falava no celular com alguém que Wanda nem sabia quem era - 10 minutos, tchau babe.

- O que foi? - a mais nova pergunta curiosa, observando Nat bloquear o celular.

- A Maria está de cama e a Peggy precisa de carona - a russa conta - E nós somos a carona.

- Oh, okay - a ruivinha acente ligando o carro novamente e dirigindo para a casa de Peggy - A Maria está bem?

- Sim, foi só uma gripe forte - Natasha dá de ombros se encostando no banco - Passo lá mais tarde pra ver se ela está melhor.

A mais nova apenas concorda com a cabeça e presta atenção no caminho.

- Nat? - Wanda chama manhosa.

- O que foi? - a mais velha tira os olhos da rua e encara a irmã.

- Vai me contar porque teve que beber quase o bar inteiro no outro dia? - questiona se lembrando que a irmã lhe disse que iria contar o que aconteceu.

- Eu vou te contar, porque confio em você, mas eu não contei todos os detalhes para o Steve, porque não me sinto confortável discutindo certas coisas do meu passado com ele, porque você sabe como ele é superprotetor - Natasha começa seu pequeno monólogo, fazendo Wanda acentir a cada palavra - Então por favor não fala nada - pede quase implorando e vê a mais nova concordar com todas as palavras - Okay, então é o seguinte, lembra da história que eu te contei quando tínhamos 11 e 13 anos, sobre Ivan.

- Lembro vagamente - a ruivinha relembra.

- Enfim, ele era meu pai, eu acho, pelo menos ele dizia ser - Natasha balançou a cabeça como se descartando aquela informação - Ele me tratava bem, na maior parte das vezes, mas ele é médico, e tinha alguns experimentos que queria publicar - a ruissa estava começando a ficar desconfortável com a história, percebendo isso, Wanda aperta sua mão em conforto - Para ele publicar suas descobertas, ele previsava ter um experimento feito em humanos garantindo que aquilo funcionava, e como ele não tinha credenciais para testar em pacientes terminais, ele fazia os testes em mim - Nat lutava para segurar as lágrimas que insistiam em cair, mas estava ficando impossível - Eu não lembro de muito, porque estava sedada a maior parte do tempo. Mas o que eu lembro são flashs horríveis e assustadores. Eu era uma criança, não sabia porque aquilo estava acontecendo comigo, até hoje eu ainda não sei direito. Ivan era carinhoso quando eu estava me recuperando dos procedimentos, mas eu lembro de implorar pra ele não fazer mais nada porque eu não aguentava mais ser cortada e costurada. Eu lembro quando finalmente me tiraram das mãos de Ivan, eu tinha medo de tudo e de todos. O que é aceitável devido a situação que eu estava. Demorei muito pra me sentir confortável e feliz novamente. Seus pais que providenciaram minha recuperação mental e física, e serei grata eternamente á eles por isso - termina de contar com lágrimas pelo rosto, nem se importava mais, havia tirado um peso de dentro de si.

If My Heart AllowOnde histórias criam vida. Descubra agora