Capitulo 7

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Acordei assustada com as lembranças passando como um flash pela minha cabeça. Balada... William ... Amigos... William ... Bebida... William . Apoiei-me pelos meus cotovelos na cama e levantei. Minha cabeça protestou, me fazendo levantar a mão na intenção de amenizar a dor. Olhei ao redor e não vi nada de diferente. Eu estava no meu quarto. Estava escuro, mas pelos raios de sol que entravam pelas brechas das cortinas já era dia. Levantei a coberta, e fiquei surpresa. Eu estava com minha camisola da fada Tinkerbell e de calcinha. Não entendi nada. Preciso lembrar... Como cheguei em casa, tirei minha roupa e me joguei na cama. Como fiz isso? - Que merda de dor de cabeça!Deitei novamente, respirei fundo e contei de um até dez. Meu estômago estava revirando e me dando sinais de que ele tinha coisas para colocar pra fora. O pânico tomou conta de mim. Odeio vomitar, na verdade, eu tenho medo. Eu sei que é infantilidade da minha parte, mas desde pequena, eu sou assim. Continuei respirando e não aguentei, levantei correndo e fui para o banheiro. A tampa do vaso já estava aberta, me poupando o trabalho. Posso contar nos dedos às vezes que vomitei depois de uma bebedeira como a de ontem. Eu não sabia se chorava ou se ria, adoro minhas aventuras com minha amiga. Mas cada atitude tem uma consequência, e vomitar, às vezes, era uma delas. Assim que meu estômago deu uma trégua, fechei a tampa e dei descarga. Dobrei meus joelhos até meu peito, me abracei e comecei a chorar. Uma batida na porta chamou minha atenção. Levantei a cabeça, e meus olhos arregalaram. Era o Sr. Perdição. E pelo o jeito, tinha acabado de tomar banho. Ele estava com uma bermuda de moletom cinza, camisa branca e o cabelo molhado todo bagunçado. Cruzou os braços, encostou no batente da porta e ficou me olhando. Esse jogo de quem pisca primeiro estava me incomodando, decidi perguntar o que ele estava fazendo no meu apartamento maravilhoso daquele jeito... – Claro que eu não falaria assim, não sou idiota! –... Mas meu estômago protestou mais uma vez. Não aguentei e comecei a chorar de soluçar. William  passou por mim sem dizer uma palavra. Ligou o chuveiro, e sentiu a temperatura da água. Quando se deu por satisfeito, veio até mim, me levantou do chão, e, puxou minha blusa. - Não, não quero que me veja pelada. – Protestei. Ele não disse nada, apenas me olhou. Avisando com o olhar, que não haveria discursão. Não tive forças para discutir e o deixei tirar minha roupa. O que me acalmou, foi saber que eu estava depilada. Se eu não estivesse, já teria caído dura no chão. William  tirou sua blusa, mas permaneceu de bermuda. Pegou minha mão e entrou junto comigo no chuveiro. Vergonha deveria ser o meu nome nesse momento. Nunca tinha passado por isso, principalmente com alguém que eu nem conhecia direito. Sentir suas mãos pelo meu corpo estava me deixando louca, eram fortes e quentes. Meu corpo começou a me trair. Meus mamilos ficaram duros, e sem percebereu estava fazendo força contra suas mãos. Fechei meus olhos e curtindo o momento, soltei um gemido baixo. Quando abri, ele estava me olhando com desejo, e fazendo pressão nos lábios com tanta força, que estavam brancos. - Vou cuidar de você! Disse essa frase e continuou a me lavar. Lavou meu cabelo e meu corpo com todo carinho e paciência. A sensação de ser cuidada era tão boa, que fiquei com medo do rumo que as coisas estavam tomando. Eu não conseguia me mover, só admirar seu abdômen maravilhoso que agora olhando de perto, percebi que tinham seis gominhos perfeitos e sem um pêlo. A água descendo por seu corpo, era a visão mais perfeita que eu já tinha visto na minha vida. O calor tomou conta de mim. Olhei pra baixo, e vi que mesmo coma bermuda molhada, o caminho da perdição estava dando sinal de vida e gritando que queria sair. Engoli com dificuldade e pensei em coisas indevidas.
– Será que eu aguento? Será que consigo fechar com uma mão só? Maite, se comporte!
– Tentei disfarçar meu desejo, e fui pega no flagra. Ele me encarava com um pequeno sorrisinho no canto da boca. Aquilo não era justo, não era. Meu coração derreteu. Eu precisava sair dali, antes que fizesse alguma besteira. - Não estou bem! Preciso deitar. - Eu sei. Mas antes você precisa comer, e tomar um remédio. - Não, não quero. – Só de pensar em comida, meu estômago embrulhou de novo.- Sim, você vai. Já são 12:00 e você não comeu nada. Precisa se alimentar pra curar essa ressaca. – Ele disse a última frase de um jeito grosseiro. Eu ainda estava muito confusa e queria tentar entender, como o William  descobriu onde eu moro, entrou no meu apartamento e estava aqui. Eu quero questioná-lo, mas não tenho forças. Preciso admitir que ele está sendo muito gentil, diferente do poderoso chefão idiota que ele assume na empresa. Desligou o chuveiro, e me perguntou aonde eu guardava as toalhas, apontei para o armário que tinha dentro do meu banheiro. Ele pegou três, enrolou uma na cintura e tirou a bermuda molhada deixando em cima da pia. Enrolou uma no meu cabelo e a outra no meu corpo.
Levou-me para o quarto e me sentou na cama, e sem pedir permissão, abriu meu armário, pegou uma blusa surrada que mais parecia um vestido com o desenho das fadas. Olhou pra mim e levantou uma sobrancelha. Dei de ombros. - Eu amo as fadinhas da Disney. - Percebi.
William  veio até mim, secou meu corpo e cabelo com cuidado e me ajudou a vestir a blusa. Mandou que eu sentasse na cama, saiu do meu quarto, me deixando com pensamentos pecaminosos, onde tudo que eu fazia, era tirar aquela toalha e degustar toda aquela perdição. Porque é isso que ele é... O Sr. Perdição. Quando retornou, estava com uma nova bermuda de moletom,
mas essa era preta. – Será que ele tem uma coleção? – Foi direto ao banheiro, e retornou com um pente na mão. Sentou atrás de mim, e no mesmo instante meu corpo reagiu ao seu tão próximo.
- Calma, Maite . Só vou pentear seu cabelo. – Balancei a cabeça concordando. Separou mexa por mexa todo desajeitado. Minha vontade era rir, mas me segurei. Ele estava sendo muito gentil, e não seria educado da minha parte. Depois de um tempo cuidando do meu cabelo, William  se levantou, me colocou na cama e saiu do quarto. - Meu Deus... Ainda bem que meu apartamento está arrumado. Exceto minha cabeça, meu corpo... Tudo está uma bagunça. – Bufei.
Procurei pelo meu celular e quando olhei, tinham vinte ligações da Bela, doze do Allan e sem falar nas mensagens. Rapidamente, mandei uma mensagem para o Allan, pedindo desculpas por não cumprir com o combinado de avisar assim que chegássemos em casa. Logo, em seguida, liguei para a Bela. - Vaquinha! - Oi, amiga! - Oi. Você está bem? - Mais ou menos... Minha cabeça está explodindo! - Idem... Estou deitada na cama relaxando e com uma toalhinha morna nos olhos. Coisa da minha mãe. E, você? - Acabei de tomar banho e estou deitada na cama agora. – Falei com uma voz envergonhada.
- Maite ... O que está acontecendo? - Nada. - Tem sim... Me conta agora! – Bela como sempre exigente.
- William . - O que tem ele? - Ele está aqui, cuidando de mim. - O que? – Ela deu um grito, que tive que afastar o telefone da minha orelha. - Calma! - Você está me pedindo calma? Sério? Você está com um homem desses na sua casa, e me pede calma?
Que se foda a calma. Quero saber de tudo. Contei algumas coisas. Fiquei tão distraída, que não percebi William  de braços cruzados me olhando da porta do quarto. - Hum... Amiga! Preciso desligar. - É, ele... Né? - Sim. - Tá certo! Me liga depois, por favor? - Claro. Se cuida! Beijos! Ele veio caminhando na minha direção, com os braços cruzados e sem camisa. Porra, ele era gostoso demais. Aquilo estava me matando, principalmente aquele “V” que eu sabia aonde ia parar. Meu coração estava acelerado e minha boca seca. Mas quem estava em festa, era minha dançarina. Ela estava dançando na chuva com aquela visão, ficando completamente molhada.
- Oi! – Eu iniciei a conversa. - Oi. Seu almoço chegou. Pedi ao meu motorista para trazer uma canja de galinha para você. - William . Hum... Posso chama-lo assim hoje? - Por que a pergunta? Ontem você não se preocupou em me perguntar, se podia ou não. Claro que eu não me preocupei. Eu estava alcoolizada, e quando eu fico assim, fico mais atrevida que o normal. Senti-me envergonhada e abaixei a cabeça. Eu não sou assim, mas com ele eu estava sendo.- Maite, levante a cabeça quando estiver falando comigo. Não vejo problema em você me chamar pelo meu nome.
- Sim, mas você é meu chefe. - Sou, mas não quero pensar nisso hoje. Só quero cuidar de você. - Por quê? - Porque ontem você foi uma irresponsável, mimada e não me ouviu. - Olha, William ! Te agradeço por ter se preocupado comigo, por ter protegido a mim e a minha amiga ontem, mas isso não lhe dá o direito de me dizer essas coisas. - Ah, não dá? - Não, não dá. – Ele andava de um lado para o outro passando as mãos pelo cabelo, e cada vez que me olhava, a vontade que eu tinha era de me encolher. Mas eu não faria isso, não mesmo. - Sabe o que me deixa mais puto, Maite ? Você tem 24 anos, e se comporta como uma criança de nove.
- Como é que é? – Gritei. – Você está enganado. Eu sei exatamente o que faço com minha vida, porque não sei se o poderoso chefão sabe, a vida é minha. – Ele parou por um momento com o apelido que lhe dei surpreso, e juro que vi um sorriso nos seus lábios. Mas logo voltou a andar de um lado para o outro nervoso. – E, quer saber? Quem é você pra me falar essas coisas? Quantos anos a mais você tem? Quatro? Cinco? Pra se achar o certo em tudo?
- Tenho 30 anos. – Abri a boca e fechei. Ok... Tem um pouco mais de experiência. – Sei exatamente o que estou falando. Se eu não tivesse chegado a tempo pra quebrar o nariz daquilo filha da puta, hoje você poderia estar em qualquer lugar. – Ele gritou. – E, vai saber o que aquele merdinha poderia ter feito com você. Você não pensou porra, você simplesmente se jogou, e não é assim que as coisas funcionam. A vontade que eu tenho é de te colocar no meu colo, e lhe dar umas boas tapas na bunda até você aprender a lição. - Você não se atreveria. Eu me lembro do que você fez ontem, e não foi legal. Eu posso te processar, sabia? - Quer apostar? Eu poderia fazer isso e muito mais. – Parou por um instante e passou a língua nos lábios. – Adoraria ser processado por você. Puta que pariu! Engoli com dificuldade. Ele acabou de me ameaçar, e estava se divertindo com isso. Que cretino! - Pense um pouco nas suas atitudes, Maite . – Disse isso saindo do quarto e me deixando sozinha. Pensei no que tinha acontecido. Acho que ele tem razão. Se ele não tivesse sido rápido e chegado a tempo, de repente poderia ter acontecido algo grave. Aquele cara estava fora de controle. Eu estava bêbada e por mais que a Bela tentasse me ajudar, não conseguiria. Estávamos na mesma situação. Nós duas sempre nos divertimos e deixamos a vida nos levar e nunca tinha acontecido nada. Será que estávamos brincando com a sorte? Odeio ter que admitir,mas ele tem razão. Não vou dar esse gostinho a ele, mas sou obrigada a concordar. – Que raiva! Deitei na cama, e fiquei pensando em todos esses acontecimentos na minha vida. Eu nem sabia se o William  ainda estava aqui, o apartamento estava silencioso demais. De repente, se cansou e foi embora. Será que iria sem ao menos se despedir? Não vá por esse caminho, Maite . Acho que peguei no sono, pois acordei com aquela voz quente e sexy chamando meu nome e acariciando meu cabelo. Não me mexi, fingi que ainda estava dormindo. Queria poder sentir um pouco mais do seu toque. Ele continuou me chamando, mas dessa vez fazendo carinho no meu braço. Um simples toque como aquele, me aqueceu por dentro.
- Maite .. Acorda!
Não me mexi. - Vamos encrenqueira, acorda! Eu queria rir alto pelo apelido que ele havia me dado, mas não podia. Não mesmo. Virei-me e meu coração acelerou. William estava sentado ao meu lado, com uma bandeja de café da manhã. Em cima tinha um prato com uma canja de galinha, torradas, suco de laranja e um remédio para dor de cabeça. Estava tudo tão bonito, que meu estômago deu sinal de vida. Agradeci pela gentileza, peguei o comprimido e tomei o suco de laranja quase todo. Estava maravilhoso. William colocou a bandeja em pé no meu colo, e saiu dizendo que pegaria mais suco. Retornou, sentou ao meu lado e ali ficou. O silêncio é algo que me incomoda muito. Fui criada em uma família completamente louca, e o silêncio sempre foi sinal de problema. Enquanto ele estivesse no meu apartamento, teria que conversar comigo. - Obrigada pela canja, está uma delícia. - Não me agradeça. Rosa foi a responsável, ela é uma cozinheira de primeira. - Ah! Agradeça a Rosa por mim. – Quem será? Acho que William  leu meus pensamentos. - Desde que meu pai trouxe a empresa para o Brasil, Rosa está em minha família, na verdade ela faz parte dela. Rosa sempre cuidou de nós dois com todo o carinho. Preocupada com nossas refeições, saúde e sempre brigando por trabalharmostanto. Não posso dizer que é nossa empregada, porque não é. É da família e muito especial.
– William  parecia distante. Não sei por que, mas queria descobrir o motivo. - Cadê seu prato? - Não estou com fome. - Não acho justo. Eu também não estava, e você está me forçando a comer. - Sim, é justo. Não bebi e não passei mal como você. Agora termine de comer. - Não. – William  arqueou as sobrancelhas. – Como assim, não? - Se você não comer, também não irei.- Maite , não brinque comigo. Ou você come sozinha, ou farei você comer. – Ele não estava brincando. - Ok. Mas, só se você falar um pouco mais de você. - Não tem nada do que falar. - Tente. – Ele respirou fundo, e passou as mãos no cabelo. - Meu pai é apaixonado pelo Brasil.
– William parou e me olhou. Sorri pra ele, incentivando-o a continuar. – Quando eu era mais novo, sempre que tinha oportunidade passava as férias aqui comigo e minha mãe. Sua paixão pelo país se tornou tão grande, que ele resolveu abrir uma filial da empresa aqui, por vários motivos. Mas o principal foi pelo o prazer de consumo que os brasileiros têm, despertando o interesse de várias empresas internacionais.Ele enxergou os benefícios que isso traria para o grupo e as publicidades incluídas. Tornamo-nos uma das maiores empresas publicitárias do mundo, com seu jeito de agir e conduzir as coisas. Sempre fui bom em administrar as coisas, ele com seu olhar experiente viu potencial em mim e me ensinou sobre o mundo dos negócios. Após isso, meu pai ficou responsável por administrar a matriz em Nova York e a filial aqui no Brasil, enquanto eu fiquei responsável pelas filiais do Canadá, Espanha e Alemanha. Infelizmente, quando ele ficou doente, fui forçado a assumir todo o grupo me tornando o presidente da empresa. Minha vida é uma correria, viajo uma vez por mês para verificar o andamento das filiais, e controlo tudo de Nova York. Não tenho tempo pra nada. - Parece estressante. Não sei seaguentaria. - Muito, mas preciso me doar por completo pra seguir em frente e manter o que meu pai construiu. Sou filho único e como ele mesmo diz: Cedo ou tarde isso iria acontecer. Um dia eu irei me afastar e você será responsável por tudo. – Disse com um fio de voz. - Você e seu pai parecem ótimos amigos. – William  ficou desconfortável. – Eu disse algo de errado? - Não, apenas não quero falar sobre meu pai. - Ah, claro. Desculpe! E, sobre sua mãe? Ela deve ficar preocupada com essa situação familiar e sentir sua falta. - Muito menos dela. E, se levantou. – Merda, acho que passei doslimites. - Acabei. Estava uma delícia. Obrigada mais uma vez. William  pegou a bandeja, e levou para a cozinha. Retornou, sentando ao meu lado novamente. - Agora sua vez, Maite .
- Não sei se minha vida é interessante.
- Tudo em você me interessa. – Será que eu ouvi, direito? Enfartando em 3,2,1. - Bem. Eu me formei há pouco tempo em administração, e ganhei esse apartamento de presente do meu pai pela minha dedicação e comprometimento com os estudos. Tenho uma família louca e maravilhosa. Amo dançar, ler, passear, viver a vida e me divertir. Mas o que mais amo e me faz falta é a dança. - Por quê? - Quando eu era criança fiz ballet, jazz e conforme fui crescendo, aprendia outras que me interessavam. A última foi o pole dance. William  me olhou, e se mexeu na cama. - O que foi? Acha que eu não consigo? - Não, não é isso. Só fiquei curioso. Adoraria te ver no pole dance.
Conte-me mais! - Sério? - Muito sério! – Disse passando a língua nos lábios e dando um sorrisinho. - Certo. – Me mexi desconfortável pela fisgada que senti na minha dançarina. – Quando terminei o segundo grau, sabia que era a hora de crescer e buscar uma carreira sólida. Agi com a razão e não com o coração. Pesquisei sobre o curso de administração e me apaixonei. E, hoje estou aqui. Formada aos 24 anos, com meu próprio apartamento, trabalhando em uma empresa excelente e dançando como hobby e para o meu coração. Viu, eu te disse que não tinha muitas coisas. - Adorei ouvir sobre cada uma delas. – Senti meu coração acelerar, e meu corpo esquentar. - Quero saber mais sobre você, William . - Como o que? - Suas regras. Na verdade uma. – William  enrijeceu. – Por queninguém pode olhar nos seus olhos? - Porque é uma regra e precisa ser cumprida. - Então, porque essa regra não se aplica a mim? - Maite , não quero entrar nesse assunto. - Eu sim. Desde o primeiro dia de trabalho, você olha nos meus olhos. Se é uma regra, deveria servir pra todos. Certo? E, além disso, vem acontecendo todas essas coisas. Nós mal nos conhecemos, e eu estou confusa. Quero entender. - Não. – Levantou e saiu do quarto. Eu não vou aceitar isso, ele me deve uma explicação, na verdade, várias. Que se foda quem ele é. Saí da cama e corri atrás dele pelo corredor, e o puxei pelo braço naintenção de pará-lo. William  me surpreendeu, prendendo-me na parede e segurando minhas mãos acima da minha cabeça. Pude sentir a energia sexual que seu corpo exalava. Fiquei ofegante, e excitada com sua reação.
- Você está me deixando louco. – Disse a centímetros da minha boca. - Você também. – Passei minha língua por seus lábios. - Maite , não faz isso. Não sou quem você pensa. – Sua voz saiu firme, mas tive a sensação de que ele lutava contra o momento, contra nós dois. - Então me diz. Quero saber quem é você. Você está aqui, não está? Por quê? – Eu queria saber, eu queria sentir. - Eu quero você.- Eu estou aqui. - Não, Maite . Você não entende. - Me faz entender. – Ele fechou os olhos, encostou o nariz no meu pescoço e inalou meu cheiro. - Eu preciso de controle, na verdade, eu preciso estar no controle. Se você for minha, será minha e de mais ninguém. Sou muito possessivo com o que é meu.
- Eu quero isso, eu quero você. – Falei com a voz carregada de desejo. Meu corpo precisava do dele, precisava senti-lo. Quando eu estava perto dele, o desejo falava mais alto que a razão. Fazendo-me agir e depois pensar.
- Não. Você precisa ter certeza do que quer. Se entrar nesse jogo,será do meu jeito.

Continua....

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