Capítulo 27

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Eu estava tão puta, que mesmo uma hora depois de chegar ao meu apartamento e Bela ter ido embora, eu continuava como uma doida andando de um lado para o outro na sala. Depois da minha pequena discussão com William , voltei para a festa e fiquei mais um pouco com minha família. Quase onze horas da noite, eu e Bela nos despedimos. Não me preocupei em trocar de roupa, peguei minhas coisas na casa de meus pais e entrei no táxi vestida de rainha Elsa. Minha amiga tentou a todo o momento me acalmar, dizendo que tudo ficaria bem.
– A verdade é que eu não queria que ficasse bem, pelo contrário. Eu queria uma boa briga.
– Eu estava inconformada com essa situação de segredos não ditos, de ser afastada e as vezes ignorada por William .
Meus pensamentos estavam confusos como um jogo de quebra-cabeça. A sensação que eu tinha, era como se as peças estivessem tão misturadas, que eu não conseguia encaixa-las nos seus devidos lugares. O estresse estava me consumindo de tal maneira, que eu tremia com o meu terceiro copo de café nas mãos. A vontade que eu tenho é de pegar o carro, ir até William  e falar poucas e boas, gritar com ele e manda-lo se ferrar até minha voz se esgotar. Se bem que nos últimos dias o que eu mais tenho feito é isso. Acho que se vovó estivesse viva, me colocaria ajoelhada no milho por ser tão rebelde, não que algum dia ela tenha feito isso, sempre foi a pessoa mais doce da família.
– Que Deus a tenha!
– Apesar de vovó ter sido uma dama, ela tinha o seu lado temperamental, porém era submissa demais ao meu avô para expor suas opiniões. Admito que William faz com que eu me sinta uma submissa em certas situações, eu curto isso... E muito. Porém, essas situações se resumem entre quatro paredes ou em algum lugar que ele possa tirar minha roupa. Se bem que pra ele, essa tarefa não é difícil. Só com um olhar, aquele filho da mãe possessivo consegue me controlar. Às vezes, eu me pego perguntando para mim mesma, como eu consigo me envolver com um homem tão maluco como William ? Sim. Porque é o que ele é. Suas atitudes fazem com que eu caia constantemente em conflito comigo mesma. E, isso está tirando minha sanidade mental. Meia hora depois de ter travado uma luta interna comigo mesma, estou eu aqui sentada na cama com o notebook no colo e meu bloquinho de não esquecimento do lado, super ligada por ter tomado três copos de cafés seguidos, fazendo minha contagem regressiva para iniciar minhas pesquisas sobre William Levy e tudo relacionado a ele.
- Agora ninguém me segura, muito menos você Sr. Perdição. Iniciei minhas buscas pela família de William .
Havia fotos de eventos beneficentes, entrega de prêmios, eventosde gala, e até lançamentos de filmes. Uau!
– Respirei fundo, quando na maioria das fotos William  aparecia acompanhado com uma mulher diferente. Mas o que mais me deixou puta foi vê-lo acompanhado da piriguete ruiva da Hillary.


William Levy dos solteiros mais cobiçados, acompanhado de sua mais nova conquista Hillary White.
– Dizia uma revista de fofoca.

Na outra dizia:

William Levy foi fisgado por uma linda ruiva!

Confesso que minha vontade era entrar no computador e agredir os dois. Tudo bem que ele nem sonhava em me conhecer, mas mesmo assim senti um ciúme fora do normal. Resolvi deixar essas pesquisas bobas de lado e ir mais a fundo. Vi umas fotos de William  acompanhado de um homem, alto, elegante, cabelo cinza e com uma leve barba. Seu sorriso era charmoso e com um olhar distante. Embaixo da foto dizia:

George Levy junto com seu filho William Levy, prestigia mais um evento de sucesso feito pela Levy Group Corporation.


Parei por um momento, e fiquei analisando as semelhanças entre eles. William  tinha o mesmo sorriso e elegância do pai, porém enquanto os olhos de William  eram verdes em tons amarelos, envolventes e hipnotizantes, de seu pai era de um azul escuro, triste e distante. Por que será? Continuei pesquisando, e em um determinado momento li uma matéria que dizia:

Em Teus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora