Capitulo 34

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Oi pessoal...

Meperdoem, estou com alguns problemas particulares, por isdo a demora.   Mas nao vou parar de postar aos poucos vou acabar o livro...Bjsd





Quando entrei no carro, percebi que Claudio e Phillip estavam muito quietos e sérios. Phillip me entregou um envelope, e Claudio me olhou pelo
retrovisor antes de sair com o carro, com isso eu entendi que devia abrir. Comecei a ler o documento, e a cada página que eu passava, minha raiva aumentava se transformando em ódio. Eu tinha nas mãos todas as informações da pessoa responsável por machucar minha princesa e meu pai. Amacei o documento tentando manter o controle.
- Calma, primo! Estamos um passo a frente e precisamos agir com calma. Já sabemos quem é a pessoa responsável por isso, e Maite  está segura.
- Sim, eu sei! Vamos fazer o que for necessário no Canadá e na Espanha. Quando retornarmos, eu faço questão de resolver esse assunto pessoalmente.


Quatro dias sem William e a dor da saudade não cabe no meu peito. É estranho saber que quando estamos apaixonados, a pessoa passa a fazer parte da nossa vida de tal maneira, ao ponto de acharmos que um dia sem vê-la ou ouvir sua voz, tudo fica sem cor. Fica sem sentido. É como se a vida voltasse a ser como as televisões de antigamente, em preto e branco. É assim que eu me sinto nesse exato momento, deitada no sofá da minha sala de cabeça para baixo e com as pernas esticadas para o alto, vestindo a camisa dele. Sei que parece coisa de gente doida, mas desde sábado não tiro a camisa de William do meu corpo. Na verdade, só tiro quando meus pais chegam para me visitar, o que se tornou uma rotina desde o susto que levamos.
– Imagina se meu pai tivesse me visto com a camisa de William todas as vezes que chegasse aqui? Na certa diria para minha mãe que a pancada foi forte demais. – Ter minha família por perto é o maior presente que eu poderia ter, mas ter meu William ao meu lado é ter o meu coração cheio de vida. Fiquei tão perdida em meus pensamentos, que não percebi o telefone tocando ao meu lado. Quando peguei pra ver, tinham várias mensagens da Bela, e uma delas dizia que eu não deveria tomar café da tarde, porque ela estava a caminho com pizzas e refrigerantes. E, o mais divertido era que ela estava acompanhada pelo Bê, Allan, Marta, Lu e Matheus. Minha alegria foi tanta, que só respondi um “ok” e corri para tomar um banho. Meia hora depois o interfone do meu apartamento tocou. Era o Sr. Alfredo informando que meus amigos estavam lá embaixo, mas que ele não tinha autorização para deixa-los subir, somente a Bela. Na hora minha visão escureceu. Eu sabia... Era obvio que o responsável por isso era o maluco controlador. Liguei para Bela e pedi que inventasse uma desculpa para eles, dizendo que estavam terminando a manutenção que faziam no elevador e em cinco minutos tudo estaria resolvido. Desliguei e liguei para o Ventura.
- Senhorita, Perroni!
- Ventura, quero saber que merda é essa que os meus amigos não podem me visitar. Você pode me dizer?
– Que se dane a formalidade. Eu estava me sentindo como aqueles desenhos animados que ficam com o rosto tão vermelho de raiva, que começa a sair fumaça da cabeça ou explodem. - A senhorita me desculpe, mas são ordens do Sr. Levy.
- Como assim? - Ele me deixou uma lista de quem pode visita-la e quem não pode. E, somente a senhorita Gusmão está autorizada a subir.
- Ah... é? Só um segundo que eu vou resolver essa palhaçada.Desliguei e liguei para William, me sentido uma operadora de telemarketing, que liga pra um e depois pra outro. Chamou uma, duas, e no terceiro toque ele atendeu.
- Maite , estou em uma reunião. Te ligo daqui a dez minutos.
- Não. – Praticamente gritei.
- Aconteceu alguma coisa?
– Falou preocupado.
- Ah... Aconteceu! Aconteceu sim, William Levy. Que história é essa de lista? Você enlouqueceu?
– Falei gritando.
- Maite , acho melhor você se acalmar e parar de gritar. Estou em uma reunião e não posso falar agora.
– Sua voz era firme e ameaçadora.
- Dane-se! Não estou nem aí para sua reunião, e sim para minha liberdade. Quem você pensa que é pra fazer isso?
- Sou seu namorado!- Não! Você parece um louco controlador e possessivo. Isso sim!
– Senti o choro se acumular na minha garganta de raiva. - Se for para te proteger... Sim! - Porra, William ! Você não tem o direito de fazer essas coisas sem me comunicar, a vida é minha e eu faço minhas escolhas. Goste você ou não! – Gritei novamente. - E goste você ou não Maite, se eu tiver que tomar alguma atitude para te proteger eu farei. – Sua voz era tão fria, que me causou um arrepio.
A vida é minha e eu não posso deixar- lo fazer o que bem entender, mesmo sendo para o meu bem. William precisa entender, que um casal precisa se comunicar para dar certo.
- Olha... Você tem um minuto, ou melhor, segundos para mandar o Ventura liberar os meus amigos. Ou juro, que tiro minha roupa e apareço nua na janela egrito dizendo que estou sendo feita prisioneira dentro da minha própria casa. Pode ter certeza que eu vou conseguir uma ótima plateia. Quem sabe não dou a sorte de ser filmada?
– Espero que ele concorde, porque com a raiva que eu estou, juro que faço uma merda dessas.
- Você não faria isso? – Agora quem estava gritando era ele. - Paga pra ver! - Mas que porra, Maite ?
– Ele estava furioso. Ao fundo eu ouvi algumas vozes, por um segundo fiquei com remorso por atrapalhar sua reunião e de expô-lo. O que durou um segundo, e passou. - Que porra, digo eu! – William  ficou mudo por uns segundos, me deixando mais irritada. – E, aí William? Estou esperando. – Nenhuma palavra.
– Quer saber, William ? Cansei de esperar. Antes que ele pudesse dizer alguma coisa, desliguei. Coloquei meu celular na bancada da cozinha, e peguei um copo d’água para me acalmar. A campainha tocou me dando um susto. Abri a porta e fui recebida pelos meus amigos, com sorrisos, beijos e abraços. Eu estava tão aborrecida que me esqueci deles. Retribui o gesto de carinho de cada um, e deixei que a emoção tomasse conta de mim. Minutos depois, minha amiga me puxou para um canto, enquanto o Bê que já conhecia meu apartamento ajudava o pessoal a organizar tudo.
- Maite , que porra foi essa? Isso foi coisa daquele controlador gostoso não foi? - Ah... Nem me fala, Bela. Tivemos um briga feia por causa disso. – Falei exausta e quando eu ia bater minha cabeça na parede como uma doida, Bela colocou a mão na frente. - Para com isso! Quer parar no hospital de novo?- Claro que não! Eu ia fazer isso pra tentar pensar direito. Bela me puxou para longe da parede e disse séria:
- Amiga, acho que tem alguma coisa de muito grave acontecendo que a gente não sabe. Phillip anda muito estranho. Preocupado demais! Arregalei meus olhos sem saber o que fazer. Eu não podia contar para minha amiga o que estava acontecendo. Bela era protetora demais, e poderia fazer alguma merda. Tirando que quando mais nova, vivia dizendo que queria ser detetive. Vai que ela cisma de ser agora? - Porque você diz isso? – Disfarcei. - Bem, eu tenho reparado que ele e William  são muito próximos. Se um está preocupado, o outro também está. Parecem irmãos, ao invés de primos. E, Phillip anda muito inquieto. Outro dia, quando estávamos namorando...
– Fez um gesto com a mão envergonhada. - ... Você sabe! Ele foi tão perfeito. Mas não sei, seu olhar estava triste. Perguntei o que estava acontecendo e ele disse que era um problema na empresa, mas que logo ele e William  limpariam toda a sujeira.
Eu sabia que tinha muito mais do que isso. William anda muito estranho, como se a qualquer momento fosse explodir uma bomba.
- Acredito que realmente esteja acontecendo alguma coisa grave, mas ainda não sei o que é. – Contei meia verdade. Até porque, tinha muita coisa que eu não sabia. – William  além de ser um controlador maluco, é protetor demais. E, as vezes exagera. Phillip também é assim? – Perguntei curiosa. Bela abriu um sorriso enorme. - Um pouco, acho que isso é mal de família.- Então, quer dizer que vocês foderam gostoso? Com todo respeito amiga, mas Phillip é gostoso demais. - O que? Eu não disse isso!
– Se fez de ofendida. – Sua cabeça anda muito poluída, sabia? - Só a minha? – Falei rindo do seu fingimento. - Certo. Eu me rendo!
– Fez um sinal com a mão se abanando. – As vezes parece que estou em um dos livros que a gente lê. - Uau! – Eu estava muito feliz pela minha amiga. - Que família! Rimos juntas, até o Bê aparecer e nos chamar. - As duas vão ficar de papo e esquecer dos amigos? - Não!
– Falamos juntas e fomos para a sala abraçadas.

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