Capítulo 18

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Despertei com o corpo quente de William em cima do meu, espalhando vários beijinhos pelo meu rosto. Tentei me virar, mas não consegui. William me segurou no lugar e cheirou o meu pescoço, me deixando arrepiada. - Uhum... - Acorda, minha princesa. Hoje ainda é terça e temos que trabalhar. O que? Terça? Trabalho? Abri meus olhos assustada e dei de cara com William me dando um sorriso preguiçoso. Por um momento, esqueci como era respirar. Ele era tão perfeito que às vezes eu me perguntava o que ele tinha visto em mim,que eu mesma ainda não tinha. - O que foi? - Estou ferrada, William . Vim para sua casa e nem me lembrei de trazer uma roupa para trabalhar hoje. Preciso chegar na empresa as 9:00, e nem imagino que horas são. - Peguei meu celular em cima do criado mudo, e arregalei meus olhos. - Sete e quinze. Não acredito... Odeio chegar atrasada. - Então o problema é esse? - Claro.
- Ok. Vamos resolver isso. - Levantou da cama, e entrou em uma porta que parecia ser um closet. Voltou com duas caixas pretas na mão, parando em frente a cama. - O que é isso?- Abra. Abri primeiro a caixa grande, tirando o papel branco de seda que cobria o presente. Quando peguei, era um lindo vestido de linho na cor pastel acompanhado com um cinto preto fino. Olhei para William e lhe dei um sorriso. Peguei a segunda caixa e quase tive um treco. Um scarpin preto Louboutin com a sola vermelha. Minha nossa senhora... Me ajuda a respirar. Os sapatos Louboutin são simplesmente maravilhosos, que mulher não quer um desses? - William ... Eu não sei o que dizer. - Fiquei tocada com sua atitude, principalmente sua preocupação comigo. - Não diga nada, apenas se acostume. Esses serão os primeiros de muitos.- Mas, William ... - Eu não queria que ele ficasse gastando dinheiro comigo. Tudo bem que ele é rico, e eu amo ser mimada, mesmo assim eu não me senti confortável. - Maite , não vamos discutir sobre algo que não tem discussão. Agora, vem. Precisamos tomar um banho pra não chegarmos atrasados. - Como assim não tem discussão? Levantei contrariada. Por enquanto! Nosso banho começou inocente, até que sem querer esbarrei nele, quando o sabonete escapou das minhas mãos e caiu no chão. Foi o suficiente. William me encostou na parede, e tomou minha boca com a sua, e nos entregamos a paixão.

Quando terminamos, estávamos vermelhos pelos movimentos que havíamos feito durante o sexo matinal e por causa da água quente

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Quando terminamos, estávamos vermelhos pelos movimentos que havíamos feito durante o sexo matinal e por causa da água quente. William me secou e me levou de volta para oquarto. Fiquei olhando para os meus presentes e senti falta de alguma coisa. Olhei bem e vi que era a lingerie. - Procurando por isso? Olhei para trás e vi aquele homem maravilhoso vestido com uma cueca boxer branca, segurando em uma mão um sutiã e na outra uma calcinha, ambos rosa e de renda. Olhei pra ele de boca aberta e sorri. - Mais presentes? - Na verdade, por mim você ficaria sempre nua, me deixando apreciar esse corpo maravilhoso. Mas... Como não quero ir para cadeia, por ter matado alguém pelo simples fato de ter tido a mesma visão que a minha... Sim, é mais um presente. Que por sinal, você já tem uma boa coleção aqui no meu apartamento. - Como você sabe que eu gosto de lingerie de renda?
- Olhei na sua gaveta, e uma mulher como você, merece sempre o melhor. Engoli com dificuldade e fiquei olhando para ele sem desviar. William se aproximou, jogou a lingerie na cama, segurou em meu rosto e me beijou. Um beijo quente e demorado. - Você tem vinte minutos para se arrumar. Vou me vestir e ver se a Rosa já chegou e está preparando o café. - Certo. Vinte minutos depois, eu estava pronta para trabalhar. Olhei-me no espelho, me sentindo umamenina sexy. O vestido era angelical, se ajustando ao meu corpo modelando minha cintura e abria com uma leve saia rodada. O corte frontal era em forma de coração, e nas costas todo fechado. O cinto destacava ainda mais minha cintura, combinando com o scarpin Louboutin, dando um ar sexy ao look. Penteie meu cabelo comprido e deixei solto para secar. A maquiagem eu faria na empresa, ou durante o caminho. Dobrei minhas roupas de ontem, e deixei em cima da cama. Levaria em outro momento. Cheguei à cozinha e WIlliam estava debruçado na bancada lendo jornal e tomando café. Quando sentiu minha presença, parou e levantou a cabeça. Olhou-me de cima a baixo, e me presenteou com um sorriso safado. Ah... Esses sorrisos! Senti-me uma adolescente com seuolhar penetrante. Baixei a cabeça e coloquei uma mecha do meu cabelo que caía atrás da orelha. William estava lindo. Seu perfume amadeirado com sua loção de banho era tudo. Seu terno era todo preto, com uma camisa social branca e uma gravata roxa. Perfeito! William se aproximou e segurou em meu rosto. Lambeu meus lábios, chupou minha língua e me beijou. Gemi em sua boca e ouvi um barulho de água. Parei o beijo assustada, e olhei de rabo de olho. Uma senhora de pele clara, baixa e de cabelos lisos negros estava lavando a louça. Quando ela nos olhou, eu vi o quanto era bonita, e transmitia uma coisa boa. Meu coração acelerou, pois no seu olhar, eu vi o quanto ela amava William . Sorri e voltei a encará-lo. - Porra, William ! Você precisa parar de ficar me seduzindo assim.Praticamente, fizemos sexo com as nossas bocas na frente da Rosa. - Disse baixinho. - Seria interessante... Não acha? Mas que safado. Dei-lhe um soco de leve no braço e me afastei. Andei e fui puxada de volta para seus braços. - Minha querida, Rosa... Essa é a minha princesa, Maite . Rosa sorriu e se aproximou. Olhou-me com um sorriso no rosto e me puxou para um abraço. - Minha nossa, até que em fim meu menino encontrou sua princesa. Você é linda e tem um olhar cheio de vida e pureza. Que alegria! - É uma alegria conhece-la, Rosa. - Eu estava envergonhada com seus elogios. - William me falou com muito carinho de você... Da senhora. Desculpe! - Não precisa me chamar de senhora. Chame-me apenas de Rosa. Faz com que eu me sinta jovem. - Colocou a mão na boca e riu. - Agora vão tomar o café senão vai esfriar e vocês vão se atrasar. - Certo. - Olhei para William e ele estava com um sorriso enorme. Nos sentamos para tomar café e o meu estava com chantilly. Rosa sorriu e disse que William havia dito que eu adorava tomar assim. Ele sorriu lendo o jornal e não disse nada. Fiquei feliz em saber que ele prestava atenção nas coisas que eu gostava. Durante o café, eu e Rosa conversamos bastante e rimos. Eu adorei seu jeito simples e sua forma de falar das coisas e da vida. Era uma mulher cheia de conhecimento e alegre. O celular de William vibrou algumas vezes, e cada vez que ele olhava as mensagens, sua cara fechava ainda mais. Até que o celular tocou e ele levantou para atender. Dez minutos depois ele retornou, e eu não o reconheci. O homem apaixonado que eu estava conhecendo, não estava mais ali. E sim, um homem sombrio e distante. - Já terminou seu café, Maite ?
- A forma como ele falou comigo, me fez sentir um frio na espinha. - Sim. - Ok. Então, vamos. - Pegou o paletó, uma pasta de couro que estava no sofá, deu um beijo na testa da Rosa e me chamou. Fiquei sem ação. Peguei minha bolsa, e fui até a Rosa para lhe darum beijo e um abraço. Antes de me afastar, Rosa pediu baixinho: Tenha paciência minha filha, não o abandone. Balancei a cabeça em resposta, sorri e ele estava na porta me esperando. Entramos no elevador sem trocar uma palavra, e assim ficamos até chegar ao trabalho.
William desceu na frente da empresa e me deu um beijo casto se despedindo. - Talvez não possamos ficar juntos, hoje. Como não está de carro, mantenha o celular carregado e ligado. Claudio irá leva-la para casa. - Certo. Obrigada. - O que mais eu poderia dizer? - Não me agradeça, só não vá embora sozinha. Espere por Claudio. - William estava uma pedra de gelo. - Ok. - Ele saiu do carro sem olhar pra trás.
Minha manhã de trabalho foi um saco. Eu não conseguia parar de pensar nas atitudes de William e no pedido que Rosa me fez. William estava puro fogo comigo antes de receber aquela ligação, depois que voltou, era puro gelo. A situação estava me matando. Que relacionamento é esse que ele me pede pra não esconder nada dele, quando ele é cheio de segredos? - Eu não podia deixar que isso me afetasse. Tinha muito trabalho pela frente, e minha vida pessoal não tinha o direito de atrapalhar minha carreira. Depois de uma hora só me dedicando ao meu trabalho, lembrei que tinha que mandar uma mensagem para Bela.

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