Imagine Carl Grimes

Take Me Back To The 🌌 We Met

Take Me Back To The 🌌 We Met

Mesmo estando muito frio naquela noite, você decidiu sair para a rua. Não para além dos muros, claro, aquela hora seria perigoso demais. Apenas resolveu passear entre os túmulos do mórbido cemitério da comunidade. Sorria satisfeita passando por ali, como se fosse algo legal. Na verdade você apenas estava lembrando de que fazia muito tempo que não enterravam ninguém. Aquilo era satisfatório.
Mas também foi ruim a sensação ao lembrar da última pessoa que havia sido enterrada: sua mãe. Você morava com seu pai agora, somente você e ele após perderem sua mãe em uma ronda. Você não gostava de viver recordando aquilo, por isso apenas saiu andando. Enquanto caminhava novamente na direção de casa, viu que o garoto novo, Carl Grimes, andava pelas ruas também. Estavam apenas os dois andando pelas ruas escuras, e obviamente ele te viu. Quando chegaram um na frente do outro, ele quem puxou assunto primeiro, provavelmente por querer fazer novas amizades,ja que ele havia chego a mais ou menos uma semana.
-Oi. -Ele disse.
-Oi.
-O que você faz aqui?
-Nada. Apenas... Apenas passeando. E você?
-Conhecendo a comunidade.
-A noite? No frio?
-Sim. Só eu. Pelo menos era só eu.
-Ah, entendi. Desculpe.
-Não, tudo bem. Eu não quis dizer isso.
-Sim, você quis.
-Desculpe.
-Certo, sem problemas. Acho que eu só vou ir pra casa.
-Tem certeza?
-Sim... tenho. Por que?
-Nada, só pensei que pudesse querer continuar o passeio.
-Eu não sei, parece que vai chover.
-Apenas fique mais um pouco. Não quero ficar sozinho no frio.
Dito isso, ele não esperou você abrir a boca para responder e seguiu em direção a dispensa.
-Certo, parece que não tenho muita escolha.
Você murmurou para sí mesma e seguiu Carl.
-Então. -Você parou ao lado dele. -de onde você vem?
-Da rua.
-Eu também.
-Você mora sozinha?
-Com o meu pai.
-Eu também. Quer dizer... meu pai e meu grupo.
-Ah, sim.
-Como foi?
-Desculpa, não me sinto a vontade pra falar sobre isso. E você?
-No parto da minha irmã. Ela teve que fazer cesária, perdeu muito sangue. -Ele fez uma longa pausa. -Eu atirei nela.
-Ah... bom, eu sinto muito. De verdade.
-Tudo bem. Eu fiz o que tinha que fazer.
-Não deixa de ser doloroso.
Ele te olhou, concordando leve e pela primeira vez naquela noite você reparou nos belos olhos azuis de Carl.
-Você estava certa, vai chover.
-Sim, vai. Devemos entrar logo.
-É, sim.
-Também esta frio e tudo.
-Você esta com frio? -Ele retirou a camiseta flanela,colocando por cima de seus ombros.-Acredite, ela é quentinha.
-Mas e você?
-Estou acostumado.
-Não precisa estar.
-Tudo bem. Apenas, vamos seguir.
-Por que escolheu a minha companhia?
-Porque você é a única na rua a essa hora.
-Ah, realmente.
-E também porque você parece legal.
-Pareço?
-Eu te vi na festa da Deanna.
-Eu também te vi lá, junto do Ron.
-Você conhece ele?
-Sim, ele é um babaca. Fique longe dele pelo seu próprio bem.
-Se você diz.
Você sentiu pingos gelados molhando seu corpo.
-É... Carl...
-Eu sei. Acho que devemos voltar.
-Sim.
Carl, para sua surpresa te deu um selinho e saiu em direção a casa dele, parando no meio do caminho e te olhando com cara de chocado enquanto tocava os lábios. Depois virou novamente, seguindo reto.
Uau, ok.

Bom, hoje é aniversário do nosso bebê! Literalmente nada disso seria possivel sem ele: eu não teria a chance de conhecer as pessoas maravilhosas que conheci através dele, provavelmente não seria indicada ao Wattys já que todas as minhas outras tentativas de livros foram muito ruins. Claro, graças a vocês tambem, mas no começo, era tudo só pra ele. Primeiro Imagine do dia. Eu ia postar depois da meia noite, mas acabei achando que ficaria ruim e que ninguém ia conseguir ler. Então, acabei optando por postar agora. Parabéns pro nosso garotinho, que ele continue nos encantando com o ser humano incrivel que ele é. 💜⭐