Capitulo 15

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"O-oi Nicolae... o que faz aqui?" — eu tento parecer tranquila, mas minha voz me trai
"Por que está fazendo as malas?" — droga, ele viu!
"Que malas?" — se eu tentar enrolar ele, eu acho que passa...
"As que estão atrás de você!" — o tom de voz dele está um pouco sério demais
"Ah, isso? Eu decidi que não vou mais ficar aqui, por que não me adaptei direito." — espero que essa funcione!
"Eu acho que isso é frescura sua!" — ele diz friamente
"Eu não posso mais ficar aqui..." — ele tem que acreditar...
"Por que?" — ele diz, se aproximando de mim.
"Eu sei o que voces são!" — eu soltei isso sem pensar, e imediatamente coloco uma mão em minha boca. Mas já é tarde de mais.
"O que somos, Aelin?" — ele está abrindo um sorriso aterrorizante no rosto
"Você... e seus irmãos são VAMPIROS!" — eu gritei a última palavra
"Como descobriu?" — Nicolae menciona levemente surpreso
"Eu nunca vi vocês comerem, mesmo quando falavam que sim. Aqui na mansão não tem espelhos. A Lorie me empurrou muito forte para uma criança de 6 anos! E vocês são muito rápidos quando andam e..." — eu respeito para pegar fôlego — "E você tentou entrar em minha mente! Eu senti isso!"
"Ok... então. Mas por que está indo embora?" — Nicolae fez mesmo essa pergunta?
"Eu não estou muito afim de virar jantar!" — eu vou sair daqui e agora
"Mas nao tomamos sangue humano! Apenas os de animais." — ele fala calmamente
"Eu não vou ficar aqui!" — eu começo a arrumar minha mala novamente
"Você também não é normal!" — ele comentou
Eu comecei a gargalhar com escárnio!
"Eu sou o que então? Uma bruxa?" — eu começo a gargalhar novamente — "Isso não funciona mais comigo, Nicolae!"
"Mas você é uma bruxa! Por que acha que coisas estranhas acontecem quando você está por perto?" — assim que ele fala, eu paro de sorrir
"Como é que é?"
"Isso mesmo! Acha que eu não vi os objetos voando na sala? Aquilo foi você..." — ele diz, suavemente
Eu começo a rir de novo e depois de alguns segundo... começo a chorar! Eu só queria recomeçar minha vida em paz! E agora virei uma bruxa...
"Mas você pode ficar em paz!" — ele argumentou
"Não. Leia. A. Minha. Mente!" — falei cada palavra, pausadamente.
Eu e ele ficamos ali, conversando sobre a natureza deles e um pouco da minha! E decidi ficar na mansão.
Eu tomei banho, a Lorie já estava dormindo então teria paz!
"Então quer dizer que a coitadinha é uma bruxinha?" — cantarolou Drogo.
"O que você tá fazendo aqui?" — eu pergunto, já irritada. Eu preciso descansar minha mente depois de tanta informação.
"Ah vai, para de graça. Por que não deixa eu te morder? Vai ser divertido!" — ele me olha de cima a baixo... debochando
"Não!" — foi minha única resposta
"Qual é? Está nervosinha, coisinha? Sabe você não passa..." — ele não conseguiu terminar de falar
Algo dentro de mim escapa, algo forte e ouco e vejo as janelas explodindo e o Drogo, com sua rapidez imortal, me leva ao fundo do quarto para não me machucar.
"Seu idiota!" — eu resmungo contra o seu ombro
Eu levanto minhas mãos para empurra-lo, mas quando vou fazer, meus músculos resmungam de dor e eu paro.
"Não sou eu que estou a seu mercê agora!" — ele diz em meu ouvido
"Você... você... pode me soltar?" — minha cabeça está girando
"Você mal consegue ficar de pé, acho que temos um problema!" — ele diz, rindo
"Se vira, foi você que começou!" — assim que termino a frase, minha visão fica escura e eu desligo.

Narrador: Drogo Bartholy

      Quando percebo, seus olhos se fecharam e seu corpo ficou relaxado, acho que ela desmaiou. Quando ela liberou seu poder, usou sua força vital e agora vai ficar um tempo apagada.
      Eu cuidadosamente seguro ela nos meus braços, seus coração bate mais devagar, pelo menos ela está menos nervosa. E olho para a sua cama, está cheia de cacos de vidro de varios tamanhos... se eu a colocar ali ela pode se cortar e eu poderia perder o controle. Não vou falar de jeito nenhum para o Nicolae, com certeza vou levar uma bronca.
      Eu a deito em minha cama e a cubro, então saio e fecho a porta do quarto devagar e saio da mansão e vou para a floresta.

Narrador: Aelin Archeron

      Eu volto nas minhas lembranças... quando os homens são congelados.
      Eu sinto algo se acendendo e se libertando. Então a cena onde minha visão fica embaçada some. Eu vejo o corpo de minha irmã no chão... e gelo sair de minhas mãos que estavam encostadas no chão. Eu vejo pânico e horror brilhando nos olhos dos homens que começaram a ficar presos no lugar e depois serem cobertos de gelo. Eu fico com raiva deles por terem mentido e depois matado Feyre! Então o gelo se quebra, despedaçando eles.
      Eu acordo tremendo, não sei onde estou! Mas quando começo a me acalmar percebo que estou no quarto do Drogo. E me lembro do que aconteceu. A cama está congelada, e o cobertor, bem... estou presa nele!

Narrador: Drogo Bartholy

   Já é de manhã e acho que a coitadinha acordou. Eu vou até a cozinha para pegar comida a ela. E encontro com o Nicolae.
"Por que está pegando comida? Decidiu abandonar sua natureza?" — ele comentou
"Bom dia pra você também. Eu só vou levar comida para a coisinha."
       Ele me pergunta o por que e sou obrigado a explicar tudo que aconteceu, ele deu uma bronca em mim e depois sumiu, então subi para o meu quarto.
      Eu abri a porta e a Aelin estava acordada e tremendo... e meu cobertor estava congelado. E seus olhos vazios.
"Se isso estragar o meu colchão, vai pagar com seu salário!" — eu falei, o que era totalmente mentira. Só para irritá-la um pouco.
"Eu não pude salvá-la!" — ela falava, bem baixinho, e colocou suas mãos na testa
      Eu coloquei a bandeja cheia de comida em cima da minha escrivaninha e fui para perto dela.
"Ei, o que está acontecendo?" — eu pergunto docemente e ela finalmente olha para mim
"Eu não fui rápida o bastante, só consegui me salvar enquanto ela já estava vazia!" — lágrimas começaram a cair de seus olhos, enquanto ela soluçava.
      Derepente ela me abraçou, muito forte. Eu travei... mas depois de um tempo eu a abracei de volta.
"Você vai transformar nós vampiros em ursinhos carinhosos!" — eu comentei, a fazendo rir. — "Eu acho que vai ter que arrumar um cobertor novo para mim, esse é o meu preferido!"
"Se vira!" — ela diz, me soltando — "Você é podre de rico, pode fazer isso muito bem sozinho!"
      Eu acho que a doçura dela acabou.
      Ela então, vai em direção a bandeja e pega biscoitos e os devora em segundos. E seu café já sumiu também
"Satisfeita?" — eu sorrio sarcasticamente
"Ainda estou morrendo de fome! Preciso comer mais!" — ela diz lambendo os dedos sujos
"Drogo?" — ela pergunta, parando
"Sim?"
"Por que ontem à noite você ficou me provocando?"
"Queria saber o quão sensível você era. E cheguei à conclusão de que é muito!"

Is it love? Drogo - Rainha das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora