Capitulo 26

343 34 1
                                    

A pequena praga imediatamente se afasta de mim, seus olhos voltaram para a sua cor normal de castanho claro. Me levanto e as sombras continuam a sair de mim, e depois de um tempo... nenhuma luz passa pelo quarto. Eu consigo enxergar perfeitamente no escuro, mas vejo a Lorie olhando para todos os lados em busca da luz. Meus olhos brilham em uma cor violeta forte, o que os destaca no escuro.

A vampira grita e lágrimas escorrem pelo seu rosto. Ouço a porta se abrindo.

"Lorie, Aelin? Onde estão vocês?!" — diz Nicolae desesperado.

Depois de alguns segundos, a neblina escura desaparece e a pequena praga corre para o seu irmão, e o abraça.

"E-ela ia me machucar! Com aquele negócio escuro!" — a mapeia gagueja.

"O QUE TEM A DIZER SOBRE ISSO, AELIN?" — Nicolae grita.

"Em minha defesa, sua irmãzinha me empurrou no chão e foi me morder, então acho que algo dentro de mim despertou." — eu respondo friamente. Por que tudo que a Lorie faz a culpa vem para mim?

"Ela está mentindo, não acredita nela!" — a Lorie diz, apertando mais seu irmão.

"Estou mentindo? Se quiser o seu irmão pode olhar em minha mente e ver tudo o que aconteceu!" — eu exclamo, cansada.

Nicolae me pede para sair e vou para o meu quarto, pego minha mochila e depois saio da mansão.

Em uma rua próxima a mansão, as palavras da Lorie me atingem como um tapa na cara: acho que se eu drenasse seu sangue ninguém sentiria sua falta, aliás, você não tem ninguém, não é mesmo?

      Uma lágrima ousada cai de meus olhos e a limpo furiosamente. Não vou deixar as palavras de uma criança mimada me fazerem mal. Mesmo que ela esteja certa, ninguém sentiria minha falta... não tenho mais ninguém além de mim mesma. E perdi totalmente o contato com a minha amiga Morrigan, sinto falta dela e de sua personalidade... particular. A paisagem a minha volta gira um pouco e tenho que respirar fundo para não desabar. Estou indo para a faculdade, não é hora de passar mal!

(...)

      Chegando no campus, me encontro imediatamente com a Sarah, que está bem alegre por sinal hoje.

"E aí, Aelin. Como foi sua manhã?" — ela me pergunta. A pergunta errada a se fazer.

"Terrível. A Lorie alagou meu banheiro e depois tentou abaixar minha auto-estima!" — digo em um tom zombeteiro, se eu contar a ela que a pequena praga tentou me morder, ela vai me sequestrar para o mais longe dos Bartholy.

"É impossível destruir sua auto-estima, você tem de sobra!" — minha amiga diz, rindo e sua risada contagiosa passa para mim.

      Nos passamos pelos corredores e pegamos nossas coisas no armário e fomos as aulas.

(...)

      A aula de mitos e lendas acabou e os alunos estão saindo. Eu quero fazer uma pergunta para o professor Jones.

"Sarah, me espera no refeitório. Vou perguntar algo ao Sr. Jones." — assim que digo ela acena e sai da sala de aula.

      Me aproximo de sua mesa e o chamo, o mesmo de vira para mim e abre um sorriso.

"Srta. Archeron... alguma pergunta?" — ele me diz

"Gostaria de saber uma coisa." — ele me da um olhar encorajador — "Vamos supor que um lobisomem encontre alguém mais de uma vez. Ele pode se lembrar?"

"Depende dos casos, na maioria das vezes não. Eles na verdade não se importam se já viram e apenas tem o instinto de lobo." — ele responde a minha pergunta. E percebo que ele está um pouco desconfortável e com um olhar culpado.

Is it love? Drogo - Rainha das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora