Capitulo 84

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      Digo a Lorie para me esperar, pois eu ainda teria que tomar banho e tomar café para brincar com ela, a mesma saiu irritada.

      O dia está chuvoso, coloco meu uniforme e prendo meus cabelos castanhos em um rabo de cavalo alto.

      Desço e vou direto para a sala de jantar, os três irmãos estão lá. Me senti em uma cadeira. Meus olhos vão direto para Drogo.

      Ontem à noite ele me fez gemer, implorar e tremer. Apenas para tirar aquela escuridão de meus olhos, aquela sombra. Conseguiu, mas voltou.

— Bom dia — digo. Pego duas torradas e passo geleia de morango, os farelos caindo na mesa. — Alguma novidade?

— Eu... — Peter engole seco, passando as mãos por seus cabelos preto azulados. — Eu senti Morrigan...

      Meus movimentos cessam.

— O que sentiu? Como sentiu? — falo rápido. Meus olhos se arregalando.

— Quando nós vampiros transformamos alguém, criamos um laço. Conseguimos sentir o outro. Ela está com dor, muita. Mas a violência também emana dela. Agora Mor está... apagada.

      Coloco as torradas em meu prato e pego uma xícara e coloco café. Minha mente entrando em colapso.

— Eu vi. — digo tomando um gole da bebida, fazendo uma careta. Está gelado — ontem, eu vi ela. Está sendo... torturada. Mas ela não fala nada.

      Todos os três irmãos arregalam os olhos, eu envolvo minha mão envolta da xícara e a aqueço. Precisando fazer algo.

— Por que não me contou? — disse Nicolae, a luz da manhã refletindo em sua pele pálida.

      Tomo um outro gole de café, a temperatura confortando meu interior gelado.

— Não tem nada que possamos fazer, e também achei que era coisa da minha cabeça. — mordo um pedaço da torrada.

— O quarto dela. — disse Drogo, sua voz baixa. — deve ter algo.

— Vou lá ver. — mordo outra vez minha comida. — assim que terminar aqui, estou morta de fome.

(...)

      Terminei meu café o café o mais rápido possível. Saio da sala de jantar e subo as escadas.

      Caminho para o fim do corredor do segundo andar. Abro a porta do quarto antigo de minha amiga. Está todo organizado.

      Peter vem logo atrás de mim.

     Corro para as gavetas de sua escrivaninha. Caramba. Tem muitos cadernos e papéis, todos sem exceção, com algo escrito. Pego alguns e começo a ler.

Meu preço é inominável.
Meu preço é inominável.
Meu preço é inominável.
Meu preço é inominável.
A profecia se cumprirá.
A profecia está acontecendo.
Ela salvará a todos.
Saudades, papai.

      Será que minha amiga era louca? Será que o tempo nas minas e ter sido um monstro sanguinário lhe quebraram a mente?

      Vasculho mais e mais, mais papéis... as mesmas frases.

— Não! Tem que ter mais! — digo e olho acima de meu ombro, Peter está com alguns papéis na mão e olha para mim, seus olhos mostram a mesma coisa: ela deve estar louca.

      Volto a vasculhar, NÃO ELA NÃO ESTA LOUCA!

      No fundo de sua gaveta, tem algo preto e cheio de botões. Uma câmera!

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⏰ Última atualização: Jan 17, 2020 ⏰

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