Capitulo 54

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Narrador: Peter Bartholy

Depois de alguns minutos chego desaminado no início da floresta, sinto o cheiro daquela vampira-feérica com poderes de raios e conjuradora de aço, ela é legal! Seu cheiro é ferro e neve. Percebo gotas de chuva caindo no meu rosto e o seu cheiro fica cada vez mais longe, não posso perdê-la!

Salto para o alto de uma árvore e fico olhando para os meus arredores, seu cheiro está forte por aqui... então a vejo. Seus cabelos curtos molhados, ela realmente tem algo sobrenatural, eu poderia ficar horas observando a sua figura, apoio minhas mãos em um galho que quebra e Mor imediatamente olha para trás e sua névoa azul com eletricidade fica a sua volta.

"Quem está aí?" — ela fala de forma ameaçadora

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"Quem está aí?" — ela fala de forma ameaçadora.

Desço da árvore e me mostro, ela da um sorriso que poderia iluminar a escuridão da morte.

"Gatinho, o que veio fazer aqui?" — a feérica fala, sua voz rouca.

"Nicolae me mandou aqui para tomar conta de você." — respondo.

"Tanto faz!" — ela fala e aquela neblina some — "Ainda bem que você chegou antes! Eu ia tomar banho..."

"Não precisa falar o que ia fazer!" — eu a interrompo.

"Só disse que ia tomar banho, e que ainda bem que não chegou depois disso... não ia resistir a mim!" — ela zomba e gargalha.

"Você tem problemas?" — respondo friamente.

"Você não viu? A Aelin e seu irmão lá trocando olhares, é fofo!" — ela diz e para de gargalhar.

"O que foi?" — pergunto.

"Tem uma presa..." — ela fala e percebo que seus olhos ficaram vermelhos e seus caninos cresceram... fascinante.

Ela se abaixa no chão e olha para o esquilo que está a poucos metros dali, se movendo como uma leoa que acabou de achar seu brinquedo...

"Não faça isso!" — exclamo, tirando ela de seu transe.

Vejo que o esquilo foi embora e a vampira se levantou olhando com raiva para mim.

"Aquela era a minha comida!" — seus olhos vermelhos brilham mais forte conforme ela deixa suas emoções tomarem o controle.

"Espera, tenho bolsas de sangue, posso dá-las para você!" — falo colocando as mãos para cima em rendição, em um acordo de paz.

Ela aceita e volta ao normal, seus olhos azuis com anéis dourados em volta das pupilas dilatadas. Um cheiro me bate forte e me aproximo da Mor.

"Tem um lobo aqui..." — sussurro em seu ouvido, mesmo que acabei de conhecê-la devo protegê-la pela Aelin, já que ela faz parte da minha família.

Ela olha para longe e fala um: vem comigo.

Eu a sigo e achamos uma árvore com um buraco enorme dentro dela e a Morrigan entra naquele espaço apertado e me convida a entrar, ficamos um de frente para o outro com os rostos próximos no lugar apertado, que constrangedor!

Uma de suas mãos se move para cima e seus dedos mexem e um trovão soa no céu, ela fez isso?

"Fecha os olhos no três." — ela fala e conta, quando chegou no número fechei os olhos e um clarão me atingiu mesmo assim. Abro um pouco e vejo que sua mão está inclinada para fora de nosso 'esconderijo' e um raio caiu do lado de fora, queimando o solo. Ela está fazendo isso para o lobo não vir atrás da gente, para não querer ser atingindo pela aquela grandiosa força!

Ela acaba com aquilo e suas pernas fraquejaram, eu a seguro e a mesma apoio a cabeça no meu peito, não entendo essa fraqueza!

Ela se solta e diz que devemos sair logo, corremos de volta para os jardins detrás da mansão e ali tem uma casinha de madeira, que contém objetos para jardinagem.

Mor cai no chão ali mesmo e se levanta, tirando sua espada do cinto e jogando em qualquer lugar. A mesma se senta em um canto e apoia a cabeça na parede respirando ofegante.

"Valeu gatinho!" — ela fala me deixando irritado mas me contenho.

"Precisa de sangue?" — pergunto e ela apenas acena, quanto tempo não se alimentou do líquido vermelho?

Saio dali e fecho a porta, corro para a mansão e salto para a janela do meu quarto e a abro. Vou ao meu armário e pego duas bolsas de sangue, acho que vai ser o suficiente.

Chego de novo lá e encontro ela deitada de barriga para baixo no chão, não conseguindo se mover. Como ela é metade vampira precisa de mais sangue e se ficar muito tempo sem pode morrer!

Coloco perto dela que ataca a bolsa se sujando inteira, o cheiro me atinge e me controlo para não querer beber também.

Ela acaba as duas bolsas e limpa a boca com as costas da mão.

"Vou ir para o meu quarto, amanhã de manhã estarei aqui para te levar a mansão." — digo e vejo que ela fechou os olhos, sua respiração suave... ela domiu.

Saio dali e vou para o meu quarto, aquela garotinha vai ser um problema! O seu jeito arrogante de ser vai causar muitos danos... mas entendo que ela queira reconhecer o seu passado... uma lavagem cerebral! Isso é desumano até para um vampiro!

Tomo um banho e me deito na cama ainda pensando, não devia tê-la deixado ali sozinha no frio, mas não vou ser legal para alguém que eletricutou meu irmão e faz armas... amanhã é outro dia.

A indecisão me vence, acho melhor cuidar dela lá mesmo, vai que ela estava me enganando para vir para cá e fugir?

Chego novamente naquela casinha de madeira e entro, ela está ali encolhida e tremendo... fico do outro lado do local e acho uma posição confortável para dormi, aquele sono leve e sem sonhos me chama e o recebo de bom agrado.

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Bônus.

Is it love? Drogo - Rainha das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora