Capitulo 58

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       Assim que deixamos o jardim vou para a sala de jantar, onde tem bastante comida. Todos os Bartholy (tirando a Lorie) estão sentados, uma figura de cabelos claros aparece na entrada.

      Minha amiga se move e se senta em uma cadeira, com um pirulito meio esquisito na mão. Ela mal olha para mim.

"Mor, está com raiva de mim?" — ouso perguntar e a mesma tira o doce de sua boca e olha lentamente para mim.

"Sou jogada a mais de 4.00 passos do chão e se você não tivesse vindo a tempo minha cabeça estaria aberta!" — ela grunhi essas palavras.

"Eu só estava te testando, queria saber algo!" — respondo.

"E para isso tenho que quase morrer?" — ela retruca.

"Quando eu ainda não sabia sobre esse mundo diferente, você me falou mesmo assim que era controlada por palavras e que toda vez que se libertava delas uma parte sua ficava fraca e com raiva de você mesma. Hoje deduzi que seria sua magia, então fiz aquilo para ver se..." — falo e sou interrompida.

"É, eu sei! Tentei me segurar nas árvores e falhei... demais!" — ela fala em tom de deboche, percebo que o Nicolae dilatou as narinas e que está olhando fixamente para o doce de Mor, os outros estão meio incomodados.

"Morrigan, não pode comer isso na presença de humanos..." — falou o mais velho sussurrando.

"O que ela não pode?" — pergunto.

"Ah, meu doce... é sangue em formato de pirulito! Sei controlar meus instintos!" — ela retruca para o mais velho.

"Nós temos regras, não podemos ingerir isso na frente da Aelin!" — ele exclamou e minha amiga revirou os olhos.

      A mesma colou o "doce" de volta na boca e deu uma grande mordida, escuto o sangue se rachar ao meio e a vejo engolindo. Quando tira o palito de sua boca, ele está vazio e a vampira joga na cesta de lixo.

"Assim está melhor?" — ela fala e o mais velho grunhi.

      Começo a comer meu bife, como deve ser não poder comer coisas "normais"? Apenas sangue...

(...)

      Subo para o meu quarto e coloco um pijama, deito na minha cama e um barulho alto ecoa do lado de fora, um trovão acabou de soar, com uma chuva grossa e forte logo em seguida. Detesto essas chuvas de verão!

       Logo o sono me atinge e sou levada para o esquecimento, sem a ansiedade do que vai acontecer amanhã...

Narrador: Morrigan Whitetorn.

      Estou no meu quarto sem fazer nada, mas que saco, aqui não tem nada divertido para fazer! Aelin disse que eu estava "brigada" com meus poderes, impossível! Eles são parte de mim, isso não pode acontecer. Me sento na ponta da cama e busco as ondas elétricas.

      Olho para a parede vazia do outro lado do quarto branco, estendo minha mão e aquela névoa azul surge junto com o raio que sai dela, e vai se direcionando para lá, muito devagar e sem aquela fúria! Onde está aquela ardência que sempre me acompanhava?

      No meio do caminho o raio para e se volta para mim numa velocidade incrível e me joga para os travesseiros, uou!

"Vamos lá... colaborem comigo..." — sussurro e tento buscar dentro de mim aquela chama, aquele azul incandescente. Ele está ali! Tento puxa-lo com uma mão invisível dentro de mim, mas meu poder da um tapa nela e a mesma recua.

"Droga... ele realmente está bravo comigo!" — falo e apoio minha cabeça na cabeceira da cama.

      Olho para fora e um trovão soa, com uma chuva e raios logo em seguida, e se eu for lá para fora tentar reconciliar com minha magia? Esse é o clima perfeito!

Is it love? Drogo - Rainha das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora