Já está de noite. Drogo saiu faz algumas horas e ainda não comi. Meu estômago torce de dor por alimento, mas não quero dar de cara com o Nicolae... ele vai falar alguma bobagem e vai me deixar brava!
Escuto um farfalhar e meus olhos pousam na minha janela, onde vem minha coruja Mor! Me levanto e caminho em sua direção.
"Oi, quanto tempo..." — eu digo passando a mão em suas penas. A mesma pia alegremente — "Da última vez que nos vimos, você me levou direto para a toca do lobo! Ele quase me matou, se me entende não faça mais isso!" — eu digo rindo.
A coruja abaixa a cabeça, parecendo envergonhada. É tão estranho, parece que ela entende o que digo..."Sabe, o seu nome é do apelido de minha amiga: Morrigan, só que mormente chamo ela de: Mor. Ela é parecida com você! Cabelos claros e doce, mas só com quem ela tem intimidade! Quando ela não conhece a pessoa ela costuma ser fria e arrogânte, mas é uma boa pessoa." — eu digo fazendo carinho na coruja continuamente.
Parece que a presença de minha nova amiga me tranquiliza. Isso me deixa mais sóbria para pensar a respeito do que devo fazer ou agir. Às vezes parece que ela pensa antes de fazer algo, como no dia que me levou até aquele lobo na floresta. E se eu pensar um pouco mais? Não seguir tanto minhas emoções? Será que isso me ajudaria a ter menos encrenca? Não faço a mínima ideia...
Ela se vira para a janela e olha para mim uma última vez. Seus olhos dourados transmitem tanto amor que fico tocada por seu afeto. Já está de noite e me sinto extremamente cansada. Mor voa para a escuridão da noite, sua figura branca desaparecendo entre as árvores.
Decido ir me deitar. Guardo minha guitarra que ainda estava na minha cama e me deito, assim que fecho meus olhos... a inconsciência me atinge. Me levando para a escuridão que acalma meu ser.
(...)
Acordo sobressaltada por um barulho em minha cômoda. Drogo está ali, de pé com uma jaqueta de couro preta e calça jeans. Ele para no batente na janela.
"Para uma bruxa você realmente é atraente!" — ele diz com um de seus sorrisos e olhares intensos. Eu fixo meus olhos nos seus.
Eu me levanto e caminho até ele, mas congelo um passo antes, incapaz de pronunciar qualquer palavra.
Essa fascinação entre nós me deixa com vontade de me jogar em seus braços. Antes de que eu possa reprimir meu desejo, ele vem até mim e me empurra em minha cama! Apesar da rapidez de seus gestos, ele não me machuca de forma alguma. Inclinando-se sobre mim, ele inala meu cheiro e olha tão profundamente em meus olhos que parece que pode ver e se conectar com minha alma!
Então ele coloca seus lábios nos meus e força sua língua para encontrar a minha. Nosso beijo alterna entre algo carinhoso e apaixonante.
Solto um pequeno e baixo gemido, implorando que ele continue com essa doce tortura. Suas mãos passeiam por todo o meu corpo, e sua boca escorrega para o meu pescoço, o que me deixa arrepiada. O toque de sua língua no ponto sensível abaixo de minha orelha quebra toda a resistência que eu tinha.
E se ele me morder? Não, não posso deixar esse pensamento continuar, confio no Drogo! Por um breve momento, sua condição me vem à mente. Mas deixar um vampiro chegar perto de seu pescoço parece estupidez. Mas quando se trata do meu vampiro favorito, meu cérebro desliga.
Eu o abraço e me aconchego em seus braços. Sem nenhuma vez me distanciar de seus lábios. Eu encontro a barra de sua camiseta e escorrego meus dedos por baixo para sentir o frescor de sua pele nua.
Quando ele morde o lóbulo de minha orelha eu solto um suspiro e levemente cravo minhas unhas em suas costas. Isso parece ter um efeito extraordinário nele, pois Drogo pressiona seu corpo mais com o meu, parecendo querer se juntar um só. É intenso, repentino... e delicioso. Eu quero mais!
"Você é minha, bruxa..." — ele disse olhando novamente para mim.
"Sim..." — eu concordo sem nenhuma resistência.
"Diga." — ele me pede.
"Eu sou sua..." — eu digo, com a voz rouca.
Ele me beija ainda mais apaixonadamente, escorregando suas mãos pelo meu quadril, até alcançar minha barriga, mandando arrepios impacientes pelo meu corpo.
"Sim, por favor..." — eu digo enquanto ele me acaricia. Eu me agarro a ele com, um pouco preocupada com as sensações que ele está me causando.
Eu me sinto mergulhando no vazio. Eu gosto, mesmo que seja a primeira vez que um cara me afete tanto!
"Você e eu... É para sempre... sempre... sempre... para... sempre." — meu amante me diz essas palavras. Então a escuridão vai tomando conta de meu cenário. Um barulho chato e insuportável está de fundo... mas o que...?
(...)
Acordo tremendo, os raios de sol invadindo o meu quarto. Olho para o criado-mudo do lado de minha cama e meu despertador toca sem parar. Caramba, isso foi só um sonho? Olho para mim apenas para confirmar. É, realmente estava sonhado... estou toda vestida e minha janela está fechada. Nenhum sinal do Drogo.
Vou para o banheiro e tomo um banho meio gelado e demorado. Por que minha mente fez um cenário onde eu e o Drogo estávamos... enfim, ainda não entendo! Devo ser a Virgem mais mente poluída desse universo. Como vou encara-lo hoje? Ele vai perceber que tem algo de errado e vai querer saber o que é! Ah não! E... se eu evitá-lo? Seria uma boa ideia, assim eu poderia inventar uma desculpa!
Saio do banho e coloco meu uniforme e prendo meus cabelos castanhos em uma trança embutida, bem bonita... aliás!
Desço e vou para a cozinha, estou morrendo de fome e não comi nada ontem! Nicolae está lá junto com o Peter, que está com o nariz metido em um livro. Me sento timidamente e pego uma maçã que parece bem deliciosa.
"Nicolae, ontem..." — eu falo mas sou interrompida.
"Vamos esquecer os incidentes lamentáveis." — ele diz friamente.
"Só queria pedir desculpa por tudo que fiz ou falei." — eu digo e volto a comer minha maçã.
O café da manhã acaba passo no quarto da Lorie para arruma-la.
Eu a acordo e ela está de bom-humor hoje. Parece fofa! Ela não ficou de malcriação na hora que pedi para a mesma ir tomar banho e depois se arrumar. Fiz um penteado na vampira e depois fui brincar com a pequena praga.
Assim que acabo, vejo hora e passo no meu quarto, pego a minha bolsa e saio da mansão. E incrivelmente o Peter quis me acompanhar.
"Nós vamos ficar assim em silêncio?" — eu pergunto quando estávamos nos aproximando na faculdade.
"Acho que não temos nenhum assunto para conversar!" — ele diz rindo.
"Por que está me acompanhando?" — eu pergunto, parando e me virando para ele.
"Tem que ter motivo para te acompanhar?" — ele me responde.
"É sério! Você está com pena de mim ou está com medo de que eu mate alguém pelo caminho?" — eu digo abrindo um sorriso irônico.
"Eu tenho que ficar apenas preso entre essas duas questões ou é algo livre?" — ele rebate, divertido com a situação.
"Quero ver se vai continuar fazendo o papel de Dama de Comanhia quando a Sarah aparecer!" — eu digo rindo.
"Não pode ficar um dia sem ela?" — o vampiro me pergunta.
"Não. Ela sempre está alegre, preciso de seu bom-humor!" — eu digo e escuto uma voz conhecida por mim.
"Ouvi alguém falando: bom-humor?" — diz minha amiga parando do lado do Peter.
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Se tiverem ideias deixem nos comentários aí abaixo. Não se esqueça de ler: "Is It Love? Colin - Torre do Alvorecer", desse mesmo perfil.
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Is it love? Drogo - Rainha das Sombras
FanfictionAelin Archeron chega em uma nova cidade para recomeçar sua vida. Para pagar a faculdade, ela trabalha como babá para um família: os Bartholy. Mas começa a perceber comportamentos estranhos neles, como em seus amigos e... em si mesma. Em meio a guer...