Capitulo 18

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Eu congelei, eu não quero virar seu alimento. Será que Mor me trouxe aqui para ser a sobremesa dele? Merda... eu tenho que sair daqui, imediatamente!
Eu tento sentir ao meu redor, barulhos e cheiros. Tento visualizar meu campo e tento formar uma rota de fuga, eu só tenho que saltar pelas árvores e correr o mais rápido possível, espero que eu tenha as habilidade igual nos livros.
O lobo se acalma, ele não está mais na defensiva, suas orelhas se levantaram e ele parou de rosnar e se aproximou de mim, encostando seu nariz na minha barriga e então muito devagar, estiquei minha mão para encostá-lo. Ele deixa, eu levemente passo minha mão em sua cabeça, ele fecha os olhos.
"Por que tudo isso?" — eu pergunto bem baixinho.
O animal olha para mim como se dissesse: entre em minha mente
Eu tento, mas não consigo... eu tento novamente, chocando-me com uma parede, acho que um escudo para proteger sua mente. Ele se afasta e rosna para mim... acho que ele não gostou.
Ele anda rapidamente em minha direção e eu corro para longe... o mais rápido que consigo. A floresta está tão escura que não consigo ver nada além de Sombras e os olhos do lobo brilhando enquanto ele corre atrás de mim. Eu paro, não sei onde estou! Um brilho aparece em minha visão, algo violeta e começo a saber onde estou. Deve ser visão noturna. Então eu corro em direção da mansão, as árvores parecem borrão com minha super-velocidade. Isso é incrível!
Eu abro abruptamente a porta que dá para dentro de casa, e imediatamente tampo meus olhos por conta da claridade. Isso dói!
Eu retiro cuidadosamente minhas mãos da minha vista e olho para dentro, ninguém me viu na versão feérica, ainda bem! Nicolae me daria uma grande bronca!
Subi ao meu quarto e troquei de roupa, meu uniforme está todo cheio de terra e plantas. Depois disso, fui me encontrar com a vampirinha.
"Hora do banho!" — eu disse a ela.
"Mas por que?" — ela disse com um sorriso no rosto.
"Você está fedendo!" — eu provoquei ela
"Mentira, eu sou vampira... não fico assim!" — ela começou a rir docemente
"Anda se transformando em feérica?" — ela comentou
"Foi sem querer! Agora pro banho pequena fúria!" — ela sorriu e obedeceu, acho que gostou do meu apelido.
      Quando ela saiu do banheiro, ficou correndo pelo quarto... molhando tudo.
"Você não me pega!" — ela gargalhava.
      Ficamos assim uns dez minutos, até que eu cai na cama... cansada. E depois gargalhamos. Eu arrumei ela e ia descer, mas Lorie propôs um desafio:
"Que tal ver quem chega na sala de jantar primeiro?!" — ela disse, seus olhos brilhando
"Vamos parar em frente à escada e quando eu contar até 3 saímos, ok?" — eu comentei e ela concordou.
      Paramos em frente à escada, contei e quando cheguei no 3, saímos em disparada! Derepente eu já estava na sala de jantar com a Lorie, acho que chegamos juntas. E caímos na gargalhada! Faz tempo que não tenho momentos como esse com uma criança...
"O que você estão aprontando?" — perguntou Nicolae, sério.
      Meu sorriso sumiu imediatamente, não posso me divertir?
"Eu e a Aelin estávamos apostando quem chegaria primeiro..." — falou a pequena praga
"Aqui, nessa casa não usamos nossos poderes!" — falou o mais velho, brigando com a gente
"Usam sim!" — eu falei, minhas voz está mais rouca que o normal — "Você tenta varias vezes ler meus pensamentos, então usa seus poderes! Por que não posso usar os meus?" — eu retruquei
"Pode ser perigoso para você!" — falou Nicolae calmamente. — "Depois que você comer, vou te entregar livros que vão falar sobre seus poderes, vai ensinar como controlá-los." — dizendo isso ele sai da sala de jantar e leva Lorie junto consigo. Mas ele é muito chato!
      Eu terminei de comer e fui atrás dele, que estava na sala de estar. Tinha uma pilha de livros em cima da mesinha de centro.
"Desculpe... não sei o que está acontecendo, ultimamente me sinto nervosa!" — eu tenho uma vaga ideia do que pode ser.
"Tudo bem, acho que os últimos acontecimentos estão sendo rápidos demais. Mas tem que aprender a controlar seus poderes... ou eles dominarão você!" — ele disse dramaticamente.
      Então eles podem me controlar? Eu não estou muito afim de perder o controle e machucar alguém...
"Ok... mas para que serve esses livros?" — eu perguntei, mudando de assunto.
"Vai te ensinar coisas sobre eles e assim podemos praticar!" — ele falou, simplesmente
"Mas por que não podemos treinar primeiro?" — eu pergunto, impaciente
"Por que não estou afim de você dar um surto e explodir a mansão, ou colocar fogo nela!" — ele disse friamente.
      Ele tem razão, se eu perder o controle... posso colocar muita gente em risco! Eu aceno e pego a pilha de livros e subo ao meu quarto, acho que a pequena praga não precisa de mim.
      Estou há um tempo lendo, até que é interessante, fala sobre diários de bruxas e de como lidaram com seus poderes.
      Alguém bate em minha porta, interrompendo minha leitura... eu olho e avisto Drogo no batente.
"Posso entrar?" — ele pedindo alguma coisa?
      Eu acenei que sim e ele entrou, e se sentou na ponta da minha cama
"Também tá sendo a prisioneira do professor Nicolae?" — ele diz revirando os olhos.
"Também já foi vítima?" — eu pergunto, fechando o livro.
      Ele acena e começa a fazer alguns gestos e falar de uma maneira estranha. Quando percebo... ele está imitando o Nicolae, o que me faz rir um pouco. E ele para um pouco surpreso. Acho que nunca ri de algo que ele fez...
"O que? Eu sou tão horrível com presas?" — falei, me referindo a minha forma feérica que ainda estava usando
"Fica mais bonita!" — ele respondeu, seus olhos brilhando, sinto minhas bochechas corando.
"Sério que vai ler isso dai? Se quiser eu posso te ajudar a treinar..." — ele fala abrindo um sorriso.
      É uma ideia tentadora, mas um Bartholy é conhecido por ser sábio e não fazer besteiras e já o outro... sempre trás confusão.
"Não... mas obrigada!" — eu respondo e abro meu livro e começo a ler novamente, Drogo solta um suspiro como se eu fosse um caso perdido.
      Quando percebo, estou lendo a mesma página por dois minutos. Eu resmungo.
      Drogo pega o livro da minha mão, aproveitando minha distração e o pega.
"Ei! Me devolve!" — eu saio da cama e tento pegar dele, mas não consigo. Ele é alto de mais!
      Eu volto para a cama e me deito, então ele fecha o livro e joga no chão. Idiota!
"Vai ficar aí em pé ou vai vir aqui?" — eu falo, dando batidinhas ao meu lado... na cama.
      Ele vem sem hesitar e se deita.
"Como é ter varios tipos de formas?" — ele me pergunta, encarando o teto
"Eu não sei. É estranho e perturbador... mas é incrível ao mesmo tempo!" — eu falo, sorrindo
"Tipo quando você faz amor pela primeira vez?" — ele fala, seus olhos brilhando
      Eu arregalo os olhos e dou uma batidinha um pouco forte em seu braço.
"Não confunda isso com magia!" — foi a vez dele gargalhar.
      Isso é estranho, essa versão mais legal do Drogo é intrigante! Eu não posso mais mandá-lo ao inferno sem me sentir culpada! 
      Eu começo a fazer careta e ele me olha... assustado. Uma dor muito forte em meu rosto faz eu apertar meus punhos. Então aquela sensação de sentidos aguçados e tudo mais vai embora... e me deixa nessa realidade chata!
"Eu só não sei controlar tudo isso, essa... transformação de humana para feérica... parece que vou perder o controle!" — eu falo, abrindo meu coração.
"É normal... no começo. Mas você está lidando muito bem com o mundo sobrenatural!" — ele me encara — "Eu sou o mais novo daqui, então tenho mais dificuldade em controlar minha cede quando tem alguém próximo a mim..." — ele fala e seus olhos ficam tristes, derepente.
      Para quebrar esse clima estranho eu me aproximo e estico meu pescoço.
"Tipo assim?" — eu falo, sorrindo... sem as presas dessa vez!
      Nós ficamos ali conversando sobre varias coisas, e quando não consegui segurar um bocejo... ele se levanta e me deseja boa noite, e assim faço também. Então me levanto... tomo um banho e coloco roupas para dormir e quando me deito vejo que horas são: passa das 1:00 da manhã.
      A escuridão vai tomando conta da minha cabeça... então não vejo mais nada.

Is it love? Drogo - Rainha das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora