Ele me larga assim que chegamos e começa a andar de um lado para o outro.
"Precisa respirar..." — falo e seu olhar me interrompe.
"O que eu preciso é de respostas!" — o mesmo exclama. Ok, melhor ficar calada.
O guerreiro suspira fundo e diz que devemos treinar, ele começa a caminhar para a porta e eu o sigo.
Chegamos aquela área vazia de treinamento a céu livre, o mesmo pega uma espada e me da, ficando com outra.
Nos posicionamos e ele me permite usar magia. O mesmo avança.
Nossas espadas se chocam, mandando dor para o meu braço. Grunhi.
De novo eu me defendo, preciso pensar. Rowan me da Uma rasteira e me derruba, o mesmo não se incomoda a me ajudar. Me levanto.
Sombras saem de mim, misturadas com o vermelho incandescente das chamas. Eles vão para cima do guerreiro que rebate com gelo e vento. Nós dois estamos estressados.
As espadas ficam largadas no chão e começamos uma luta.
Nossos poderes se chocam uns com os outros, que faz areia voar longe. Meus pés começam a ser arrastados para trás sem que eu possa fazer nada.
Corro contra esse vento e me jogo contra o Rowan, com todo o meu pequeno peso considerável.
Surpreso para reagir a tempo, eu o jogo no chão e prenso seus ombros no solo.
"Me escuta, merda!" — berro e o mesmo fica quieto.
Narrador: Morrigan Whitetorn (mansão).
No meu quarto, deitada na cama fico com pensamentos a mil passando pela minha cabeça.
Rowan Whitetorn é o meu pai! Um dos guerreiros mais ardilosos e mortais de todos os mundos que já visitei é o meu pai! O guerreiro que com meio pensamento pode tirar o oxigênio dos pulmões de alguém. Que pode virar uma águia... um feérico.
O feérico que me caçou e quase me matou, com a perna de uma mesa ele quase me partiu ao meio! Mas o mais estranho, por que não tenho os poderes igual os dele? Se eu pudesse me lembrar de quem eu era antes de tudo acontecer isso ajudaria! Mas fritaram tanto o meu cérebro que isso seria impossível!
Uma ideia se passa por minha cabeça, saio de meu mais novo quarto e vou na direção do Peter. Abro a porta e vejo que não tem ninguém, ótimo!
Fecho-a atrás de mim e abro a tampa de seu piano... tão lindo e perfeito!
Me sento no banquinho e posiciono meus dedos. Lembro de uma vaga melodia, aquela que não me fazia definhar e começo a tocar.
As notas são confusas mas mesmo assim lindas. Ela vai ficando mais rápida e parece que meus dedos ganharam vida própria, quanto tempo...
Percebo que meus raios estão correndo por meu corpo, a névoa azul passeando pelo instrumento.
Fecho os olhos e aproveito a melodia. Preciso tocar na ferida para ela se fechar por completo.
Pedaços de memórias vão cruzando minha cabeça.
Quando eu me transformei em vampira, e matei a primeira pessoa que vi... um dos guardas de Hybern. Quando me vestiram em uma roupa de luta e me deram uma espada... e eu fiz um massacre. Quando conheci Sam e pela primeira vez em muito tempo senti alegria. Quando colocaram substâncias em mim para fazer aço... quando me libertei e matei quase todos. Quando o único vivo foi Hybern e o mesmo matou Sam... e me matou psicologicamente.
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Is it love? Drogo - Rainha das Sombras
FanfictionAelin Archeron chega em uma nova cidade para recomeçar sua vida. Para pagar a faculdade, ela trabalha como babá para um família: os Bartholy. Mas começa a perceber comportamentos estranhos neles, como em seus amigos e... em si mesma. Em meio a guer...