Capitulo 47

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"Para perto do rio, Aelin!" — exclamou Rowan correndo na minha frente. — "Conjure as asas!"

"Não consigo!" — grito continuando a correr.

Quando estamos chegando, sinto garras puxarem meus pés, aqueles monstros estão andando até mim... meu tornozelos gritam de dor.

Quando um chega próximo a mim tiro a espada de meus quadris e a dor passou... consigo me levantar, já cicatrizou.

Levanto rapidamente e começo a correr, não estou avistando o guerreiro. Para onde ele foi?

Os Skinwalkers já estão atrás de mim novamente furiosos... ok, está na hora de apelar pela pior parte.

Me viro para eles e ergo minha espada, aquele calor começou a subir por mim novamente. O primeiro tenta encostar em mim mas desvio rapidamente.

Com aquela rapidez felina de um feérico, mexo a arma na direção de seu pescoço e depois sangue preto escorre, junto com sua cabeça que cai no chão.

"Vai pagar por isso!" — gritou as outras duas criaturas.

De novo corro para o rio que começa a chiar, perto de mim! Chego lá e encontro o príncipe... machucado!

"Droga, o que aconteceu?" — falo para ele.

"Me cortei em alguns arbusto que estavam com lâminas escondidas, daqui a pouco me recupero." — ele diz contorcendo sua expressão.

Aquele cheiro podre começa a ficar mais fortes, eles estão chegando!

"Tenho uma ideia!" — falo e Rowan me olha intrigado.

(...)

"E aí banda de carniça estragada, vamos brincar?" — falo em tom de provocação para os Skinwalkers. Com uma madeira pegando fogo na ponta.

"Criatura ridícula! Vai ver o que é carniça estragada quando ver o que vamos fazer com você!" — um deles me ameaça.

"Para isso vai ter que me pegar primeiro!" — falo e saio correndo na direção oposta deles.

Seu cheiro é terrível! Corro até meus tendões reclamarem, mas continuo até me localizar: perto de um penhasco.

Eles se perderam um pouco por conta da minha super-velocidade.

"Achava que eram mais inteligentes que isso!" — provoco e eles aparecem grunhindo.

Corro de novo cada vez mais rápido e vejo a ponta do penhasco. Chegando cada vez mais perto, e chego ao fim dele. Então salto a baixo e solto a tocha.

Faço a maior força para fazer aquelas asas saírem, vamos... ou eu vou morrer! Elas surgem e pego impulso a céu acima, camuflada na escuridão.

Vejo uma águia de cauda branca e sussurro para ele: aqui.

O animal sobe até até mim e olhamos o que aconteceu, aquelas criaturas não param de gritar de dor... e tem outros gritos... de outro monstro.

Decidimos voar mais para o alto e seguir para a propriedade da Defesa Nebulosa.

(...)

Assim que chegamos, entramos no quarto e me coloco na forma humana, então caio no chão tremendo de dor nos tornozelos... onde os Skinwalkers fincaram suas garras.

"Calma, precisa respirar..." — o feérico diz colocando uma almofada em baixo da minha cabeça. Dói tanto!

"T-tá doendo m-muito..." — falo entre soluços, segurando o quanto puder segurar as lágrimas. Chega de chorar!

"Eu sei... Eu sei..." — o mesmo fala calmamente.

Olho para baixo e vejo que os cortes abriram e estão sangrando muito! Um cheiro estranho chega às minhas narinas humanas e meu corpo imediatamente relaxa, como se estivesse em transe.

Rowan vai até meus tornozelos e coloca a mão neles, leve como a sua forma de águia! Sinto um formigamento e depois some.

"Não está mais aberto, mas vai ficar uma cicatriz muito fina." — o guerreiro diz simplesmente.

Não consigo me mexer, parece que estou drogada por um tipo de anestesia. O feérico vem até mim e coloca suas mãos na parte detrás de meus joelhos e nas minhas costas e me levanta. Me leva a cama e me deita, me cobrindo.

Meus olhos começam a ficar cada vez mais pesados mas resisto e pergunto:

"O que eles eram?" — pergunto sonolenta.

"Os Skinwalkers são um tipo de monstros que pegam pele de seres como nós e colocam em si mesmos. Não é a coisa mais agradável de se falar." — ele responde.

"Foram eles que fizeram..." — ia falar mas sou interrompida.

"Não. Os que mataram aqueles semi-feéricos são bem piores que isso. Os Valg, vieram do submundo." — ele diz e decido mudar de assunto.

"Não sabia que podia se transformar em águia..." — falo me embaralhando com as palavras.

"Posso me transformar nesse animal, apenas ele. Não sou um metamorfo, eles conseguem se transformar em qualquer coisa viva. Desculpe pelo que aconteceu..." — O príncipe diz se sentando na cadeira da escrivaninha, seu olhar culpado.

"Rowan, não tem problema. Coisas podem acontecer quando menos esperamos! Já estou acostumada. E de qualquer forma ninguém sentiria minha falta, então relaxa..." — falo e ele me olha de forma surpresa.

"Várias pessoas se importam com você sim! Não ache que é insuficiente, os Bartholy me disseram que você agora faz parte da família e que nenhum mal te aconteceria. Por mais que se ache invisível e se torne, sempre tem alguém que notará sua presença." — o guerreiro fala.

Estendo meu braço para ele, quero falar mas os meus olhos ficam tão pesados que minha mão que estava estendida cai e a inconsciência me leva longe.

(...)

      Acordo um pouco confusa. Rowan está do meu lado dormindo, afastado! Tento me mover mas me sinto um pouco desconfortável e o guerreiro abre os olhos como se estivesse esperando pela minha reanimação.

"Está sentindo algo?" — ele pergunta.

"Não, acho... só com os músculos doloridos." — respondi e minha voz está rouca.

"Aqui, um pouco de água." — o príncipe me oferece e bebo.

"Tenho uma pergunta... tinha outra criatura lá com os Skinwalkers, o que era?" — falo.

"Outro ser pior que eles, é um nome muito complicado mas ele oferece a morte a você, parece bom mas quando cede vira um inferno. É como se estivesse em transe." — me responde.

"Nós quase fomos pegos ontem, por minha causa você teria morrido!" — exclamo e dor se espalha pelas minha pernas.

"Seu plano foi ótimo: atrair os Skinwalkers para o penhasco enquanto eu atraia outra criatura, então os dois se encontraram e aconteceu uma briga... deixou que eles se mantassem!" — seus olhos brilham enquanto fala — "Sinto muito que tenha que ter matado aquele."

"Tá tudo bem, já não é tão difícil para mim matar..." — respondi e vejo que falei demais.

"Como assim? Você é tão nova, aparenta está no começo dos 20 anos!" — Rowan me fala intrigado.

"Tenho 19 para a sua informação. Resumindo, quando criança fui sequestrada e fui meio que obrigada a matar duas pessoas para sair viva a sangue frio... não é legal essa parte da minha vida!" — digo desviando de seu olhar insistente.

"Tudo bem." — ele muda de assunto — "Vamos comer e vou ver seu desempenho, se consegue se mexer sem dificuldades. Amanhã já é domingo e preciso levá-la para a mansão no final da tarde. Até daqui a pouco, pulguinha. Vou pegar comida!" — assim que ele diz, sai do quarto me deixando sozinha com meus pensamentos.

      Vou ter que enfrentar o Drogo e o que aconteceu, a semana passou tão rápido e gostei de ficar aqui, posso me refugiar aqui!

Is it love? Drogo - Rainha das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora