Isso é realmente uma loucura! Primeiro ele me usa e agora tenho que lidar com uma louca... e o pior que alguma hora vamos ter que conversar sobre o que aconteceu!
Caminho até a minha sala de aula, educação física, detesto ter que começar com ela... e o pior é que o Drogo tem a mesma aula que eu, junto com o Peter. Então a tensão está grande!
"Uma equipe, hoje o jogo vai ser diferente. Os meninos vão se misturar com as meninas e vice-versa, quero ver os dois lados trabalhando como equipe! O jogo vai ser queimada." — disse o professor.
Ele separa os grupos e o meu está cheio de pessoas que eu não conheço... tirando o Loan! Ele me olha tão maliciosamente que me deixa irritada, o Peter não vai jogar, e o professor nem se incomodou com isso. Do time oposto está o Drogo e a Samantha... a segunda com certeza vai querer me humilhar.
Na quadra, cada time fica de um lado e nos preparamos para o apito do professor, mas o mesmo fala:
"Sem coveiro. Quando alguém for queimado sai do campo e fica nas bancadas do lado que seu grupo está." — assim que ele fala, seu apito soa e ele joga a bola no alto, no meio do campo. O time que pega-la começa a jogada.
Corro o mais rápido possível para alcançá-la, sem poderes ou transformações dessa vez. Pulo com máximo de força que consigo para tentar pega-lá, mas sinto uma mão com unhas grandes me puxando para baixo, Samantha acabou de me atrapalhar e conseguiu pegar o objeto.
Cambaleio para trás e ando rapidamente para longe do centro, não estou nem um pouco afim de ser queimada.
A loira olha para mim com provocação: Eu vou queimá-la. Eu vou ganhar.
Sua mão lança a bola na minha direção e a pego, a força do impacto é um pouco forte, o que faz meus pés escorregarem para trás. Não prendi o cabelo e agora vou ter que aguentar eles na minha cara!
Não deixo o objeto cair e firmo meus pés no chão. Então corro para perto da linha no meio e lanço a bola para a Sam. Que é queimada quando o objeto bate na sua testa e voa longe, todos riram... menos eu, não estou com nenhuma vontade depois do meu início de manhã: tanto nos Bartholy quanto aqui no campus.
Ela sai do campo me fuzilando com o olhar, mas dou de ombros imperceptívelmente.
(...)
O jogo passou, os minutos também. Meu time perdeu pessoas e o outro também, até que chegou a jogada final. Eu sou a única no meu lado do campo, como o Drogo está igualmente a mim.
O professor pegou a bola e se colocou no meio da quadra. O olhar do vampiro é tão frio como o gelo, suspeito que tenha ficado irado quando aproximei tanto nossos rostos e acho que ele achou que eu iria beija-lo, bem... pensou errado. Uma parte de mim sentia dor por aquele olhar, mas a outra sentia um prazer gigantesco... de que ele não vai se aproximar novamente.
O apito soou, a bola foi ao ar e nós dois corremos para alcançá-la. Ele sempre foi e sempre será mais alto que eu, isso lhe dava vantagem. Uma enorme!
O mesmo conseguiu segura-la. Andei o mais rápido para longe quando ele jogou o objeto com toda a sua força, a força consideravel imortal... vampírica.
Desviei rápido o bastante para apenas baterem em meus cabelos que ficaram no ar, só valia se fosse no corpo. Consegui pegar a bola e a joguei de volta, tentando usar a mesma força. Espera! Se ele usa a sua força vampírica... por que não uso minha força feérica? Seria justo.
Espero ele correr até a bola atrás de si, alguns metros longe e me transformo, meus cabelos escondendo minhas orelhas. Nada muda, apenas o fato de que vou ficar mais ágil.
Meus sentidos se aguçam, os alunos estão esperando pelo o que vai acontecer.
Drogo olha para mim e seus olhos se contraem, dizendo: espertinha! Isso vai ser divertido...
Ele lança e a pego no ar com um salto, então a jogo de volta para ele e quase o acerto! Só mais alguns milímetros a mais e pronto!
Um cheiro familiar me vem ao ar e me distraio por uma fração de segundos... Pinho e Neve...
Vejo aquela sombra chegando perto de minha barriga, então corro para o lado. Tarde de mais. A bola pegou em meu braço e agora estou queimada, o time oposto ganhou.
Eles comemoram a vitória. Mas eu e o vampiro só ficamos ali nos encarando, preciso voltar a forma humana agora!
Assim que mudo para o corpo mortal solto um suspiro cansado e vou até a minha mochila e a pego e saio dali o mais rápido que consegui.
Não estou triste ou magoada pela vitória do outro grupo, só achei estranho aquele gelo nos olhos âmbar do vampiro... não deveria estar pensando nisso, mas é inevitável.
Depois de minutos o alarme apura indicando a próxima aula.
(...)
O dia passou tão rápido! E agora, chegando perto do portão de saída, chuva começa a cair dos céus, pesadas e o sol que estava a horas antes sumira. Trovões soaram e raios surgiram... igual a aquele dia em Wendly.
Bem vou precisar sair na chuva mesmo. Uma tossida para me chamar atenção soa ao meu lado, me viro.
"Não vai nessa chuva!" — falou o mais novo.
"Tenho pernas, sei andar sozinha. Mas obrigada!" — falo de forma sarcástica, mesmo que nenhuma expressão tenha cruzado meu rosto.
"É sério. Vai pegar um resfriado, e sei que não vai ser um dos leves!" — Drogo retruca e me estende a mão.
"Ok... só porque não quero ficar doente." — falo friamente.
Aquilo era uma tentação, segurar sua mão, chegar perto de mais. Aquilo poderia ser uma armadilha para nós termos aquela conversa que está se adiando... mas não resisto e coloco minha mão na sua, e me arrependo imediatamente... o olhar do vampiro ficou caloroso.
"Vamos para casa." — ele diz por fim.
"A mansão nunca foi minha casa." — falo friamente de novo. Algo como magoa passou pelos seus olhos claros.
Mesmo que doesse, seria necessário... aquele afastamento.
Andamos rápido até o seu carro vermelho e abro a porta do passageiro e entro, meus cabelos levemente úmidos.
Depois que estamos nós dois dentro do veículo, ficamos em silêncio, sem dirigir o carro e olhando para frente. Decido dar o primeiro passo.
Meus olhos recaíram sobre o seu perfil, mesmo odiando o que sinto... ainda continuo amando esse desgraçado! Sentindo meu olhar sobre si, o loiro vira seu rosto para mim.
Sem percerber ou controlar o meu corpo, meu rosto se aproxima do dele, chegando perigosamente perto... mesmo lutando contra aquilo era delicioso. Encosto meus lábios nos seus, como algo leve e doce. Mas pressiono fortemente e arranco um baixo grunhido de meu... amado.
Senti tanta falta disso! De seu toque, de sua personalidade. Mas a consciência me atinge... O QUE ESTOU FAZENDO?
Separo brutalmente e me afasto, então encosto minha cabeça em minhas mãos, não, nao, nao!
"Eu não devo ter feito isso! Desculpa... e-eu... é melhor eu ir a pé mesmo." — falo e tento abrir a porta do carro quando o Drogo puxa minha mão cuidadosamente.
"Preciso falar com você, só peço que me ouça... então pode tirar as suas próprias conclusões." — ele diz, calculando todas as palavras para a fera que estava diante de si, Aelin do Fogo Selvagem... como Rowan me chamara. Será que eu era mesmo... sem conjurar o fogo?
Aceno e coloco o cinto, então ele deu partida. Meu coração bate a mil por hora, sinto que ele vai explodir... milhões de pensamentos afogam minha mente. Quase não tenho medo, mas hoje ele bateu na minha porta!
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Is it love? Drogo - Rainha das Sombras
FanfictionAelin Archeron chega em uma nova cidade para recomeçar sua vida. Para pagar a faculdade, ela trabalha como babá para um família: os Bartholy. Mas começa a perceber comportamentos estranhos neles, como em seus amigos e... em si mesma. Em meio a guer...