Tul ainda está do lado de fora do café quando seu celular vibra no bolso.
— Aim?
— Ele fugiu
— Quem fugiu?
— O suspeito, Tul. Droga, cerquem todas as ruas dessa cidade! — Aim grita ainda com o telefone no ouvido.
— Tul, você tá me ouvindo? Onde você tá?
— Em frente ao café da rua principal.
— E o Max?
Tul se vira e vê Max ainda sentado dentro do café.
Ele sente um arrepio na nuca e não dá tempo ele responder para Aim, ao invés disso ele corre pulando rapidamente sobre a pequena mureta do café e sem pensar atravessa o vidro da cafeteria, empurrando Max para o chão.
O pânico começa dentro da cafeteria e os olhos de Max estão arregalados.
— Todo mundo para o chão, agora!
Leva alguns segundos para que os disparos comecem dentro da cafeteria e todo mundo se jogue no chão.
— Não. se. mexa. — Ele sibila para um Max atordoado.
— Você tá maluco?
Os disparos cessam.
— Seja lá quem esteja atirando tem a mira boa e dispara de três a cinco balas por segundo. Então vai recarregar o que me dá um minuto de vantagem considerando que ele esteja sozinho.
Max pisca duas vezes tentando acompanhar o raciocínio de Tul que ainda está em cima dele, as mãos segurando seus ombros em forma de proteção.
— Fique aqui.
Deve ter umas nove pessoas dentro do café. Tul olha rapidamente em volta e vê que tem algumas pessoas feridas.
Seu celular está estilhaçado por conta da queda.
— Seu celular, Max. Anda!
Max está em choque. Tul desliza a mão até o bolso da calça de Max e tira de lá o celular.
— Uma ambulância. Rosé café, rua Principal. Agora!
Ele desliga e faz mais uma ligação.
— Aim?
— O tiroteio, eu sei. Estamos na esquina, não conseguimos ver o atirador. Acha que consegue ver ele?
— Posso tentar.
— Precisamos tirar você daí. Quantos feridos?
— Alguns.
— Droga.
— Pode ser o assassino da Nuttha querendo terminar o que começou.
— O que?
— O Max. Ele quer o Max, o Max está aqui no café.
— O advogado dele vai querer nossas cabeças.
— Os disparos cessaram faz algum tempo.
— O que vai fazer?
— Eu não sei.
E ele desliga.
Lentamente Tul desliza por baixo das mesas, indo até a janela que dá vista para o outro lado da rua.
Os vidros no chão rasgam sua calça perfurando sua pele e ele ignora a dor.
Tul puxa a arma da cintura.
Os tiros cessam.
De três a cinco disparos.
Um minuto.
Tul avista o atirador no prédio médio que fica na lateral da cafeteria.
— Bingo.
Do lugar onde o atirador está, ele consegue ver toda a cafeteria, apesar do local ser baixo.
Ele está de capuz e antes que ele termine de recarregar a arma, Tul atira.
Os gritos ecoam na cafeteria junto com as sirenes dos carros da polícia que estacionam do lado de fora, derrapando no asfalto.
• • •
Algumas vítimas do tiroteio ficaram levemente feridas e os paramédicos já levou alguns para o hospital, outros ainda estão por ali fazendo curativo e ainda em choque.
Tul está sentado na parte de trás de uma das ambulâncias enquanto uma jovem de uns vinte e dois anos termina seu curativo.
— Você é bem nova para já estar trabalhando nisso.
A jovem sorri, o cabelo ruivo caindo nos olhos.
— Você também é novo, detetive. — Ela recolhe o kit de curativo. — Pronto. Tente não forçar muito sua perna.
— Obrigada.
Quando a garota se afasta, Tul avista Max do outro lado sentado em uma outra ambulância, um cobertor ao redor dos ombros.
Tul se levanta com certa dificuldade e caminha até ele.
— Você está bem?
Max dá de ombros.
— Obrigada, por me salvar.
— É o meu trabalho.
— Vocês encontraram o atirador?
— Não, ele conseguiu fugir mas não deve ter ido muito longe.
— Você o acertou?
— Encontraram sangue no local mas ainda não sabemos se é do mesmo suspeito que fugiu.
Max abaixa a cabeça, as mãos entrelaçadas no colo.
— É um maldito pesadelo. Eu não posso mais trabalhar, ou sair na rua sem ser seguido por fãs querendo saber tudo, tudo o que eu não sei.
Tul olha para o outro lado da rua, fãs histéricas gritam pelo Max.
— Sinto muito mas, vamos resolver isso. Enquanto isso, você vem comigo.
— O que?
— Você não está seguro, preciso que fique em lugar onde eu posso te proteger.
— Onde?
Tul suspira e esfrega os olhos.
— Vem, vou te levar para a minha casa.
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Jogo perigoso • MaxTul
FanfictionMax Nattapol é um ator renomado e de sucesso na Tailândia mas, a morte misteriosa de sua noiva coloca em risco sua carreira e toda sua vida, apontando Max como o principal suspeito. Sendo investigado pela polícia, Max conhece o detetive Tul Pakorn...