Tul é chamado na delegacia pela manhã para escutar alguns depoimentos de testemunhas que estavam perto do local onde a última vítima foi encontrada mas, tudo o que ele queria naquele momento era terminar logo seu trabalho e voltar para casa e terminar com Max o que eles dois tinham começado de manhã.
Ele se encontra tão distraído que ao entrar em sua sala quase não percebe o casal de meia idade que estão ali te esperando.
— Não sabia que viriam hoje. — Ele diz, rapidamente se inclinando para um cumprimento rápido. — No que posso ser útil?
A senhora Luthannarn olha para o marido e depois volta o olhar apagado para Tul. Ele conseguia imaginar a dor da perda dela. Já havia perdido o pai e aquela dor só quem sentia de fato sabia.
— Nós… queríamos saber sobre o andamento do caso, e se… podemos ajudar em alguma coisa.
Tul se sente culpado naquele momento, e se pergunta porque não conseguiu se refrear quando se tratava de Max. Aquelas pessoas ali em sua frente eram ex sogros dele, ou ainda eram sogros? Por um segundo Tul se sente confuso e decepcionado com ele mesmo. O quanto ele conhecia Max? Não muito.
Mas o bastante para o querer.
Tul ergue as sobrancelhas e remexe os papéis, apenas para ter o que fazer. Ele se apoia em sua mesa, virando para encarar o casal.
— Vocês já contaram tudo que sabiam, certo? — ele ergue os olhos e percebe o casal se entreolhando. — Certo?
— Nós só queremos que esse pesadelo passe logo, detetive. E queremos que seja feita justiça pela nossa Nuttha.
Os dois se levantam cabisbaixo e a mulher sai pela porta, porém o homem já grisalho fica para trás e toca levemente no ombro de Tul.
— Tenha cuidado, não queremos que mais ninguém se machuque.
E então o homem se vai, seguindo a mulher.
Tul tinha a estranha sensação de que aqueles dois estavam escondendo alguma coisa mas não podia obrigá-los a falar, podia?
O resto da tarde passa como um borrão. Tul lê os depoimentos dado pelas pessoas que estavam próximas da cena do último crime, e confere o depoimento da mulher que encontrou Maeng na rua depois do sequestro, e de alguma forma nada escrito ali faz sentido. É como se todas as peças se encaixassem apenas para se perderem logo em seguida.
O estagiário, Amity, entra na sala todo estabanado com alguns documentos que cobrem seu rosto pequeno e branco.
— Detetive Pakorn, alguns relatórios chegaram do departamento de homicídio. O senhor Tharn disse para você ler e vê se encontra alguma coisa. — Amity joga os papéis na mesa de Tul causando um baque surdo.
Rapidamente o garoto miúdo se curva e sai da sala as pressas, sem dar chance de Tul lhe dirigir uma palavra ou um xingamento.
O detetive Pakorn olha para o relógio e seus ombros caem. Ele abaixa sua cabeça na mesa resmungando baixinho.
Tul sempre foi o tipo de detetive que odiava o famoso serviço de mesa, então ele preferia muito mais o serviço de campo. Então ficar atrás de uma mesa cheia de relatórios para ler não era os seus momentos favoritos do mundo.
Ele sabia que o dia se arrastaria naquilo, relatório atrás de relatório e no esforço constante dele se controlando para não enlouquecer.
•••
Já passa das 20h da noite quando Tul finalmente termina de ler o último relatório e se espreguiça em sua cadeira acolchoada, bocejando compulsivamente.
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Jogo perigoso • MaxTul
FanfictionMax Nattapol é um ator renomado e de sucesso na Tailândia mas, a morte misteriosa de sua noiva coloca em risco sua carreira e toda sua vida, apontando Max como o principal suspeito. Sendo investigado pela polícia, Max conhece o detetive Tul Pakorn...