Capítulo 8

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Aim desliza a tela do celular.

Cinco chamadas perdidas de Tul e quatro mensagens.

Ela se levanta afastando o sono dos olhos e se espreguiça, quando ela faz menção de levantar, braços finos envolvem sua cintura. Aim se vira, olhando para a namorada. Os cabelos agora, castanhos escuros perfeitamente bagunçados, o rosto fofo e angular tombado de lado. Ela faz um bico, e Aim sente vontade de voltar para a cama e ninar a namorada como se ela fosse um bebê.

— Não faça essa carinha, meu bem. Você sabe que preciso ir.

 Aim tenta se soltar, mas as mãos da namorada deslizam pela sua barriga nua.

— Você sempre precisa ir, você sempre me deixa sozinha.

 Aim se inclina, deixando beijos molhados pelo rosto quente da namorada.

— Você está complicando a minha vida desse jeito. — os beijos fazem cócegas no pescoço da garota magra deitada na cama, e Aim sorri quando ela se encolhe e solta pequenas risadinhas.

— Se eu pedir pra você ficar, você fica? — a garota diz, virando o rosto para que Aim beije sua outra bochecha.

— Não sei. — Aim deixa um rastro de beijos pelo sua bochecha que ainda tem algumas marcas deixadas por ela. — Se eu pedir pra você casar comigo você casa, Maeng?

 Aim engole em seco quando Maeng se vira e a olha nos olhos, mas não retira o que disse. Há muito tempo quer fazer o pedido, há muito tempo que ama essa garota mais do que qualquer coisa no mundo. E ali, enquanto Maeng está deitada com os lençóis azuis sob o corpo pálido, os cabelos bagunçados, Aim tem mais certeza.

 Maeng coloca sua mão no rosto de Aim e sorri, tanto com os olhos quanto com a boca.

— Sim. — Ela sussurra, com as bochechas coradas. — Eu me caso com você, Aim Satida.

 Aim a envolve em um abraço caloroso, logo depois procurando a boca sorridente de Maeng para beijar.

                               ••• 

 Tul se agacha ao lado do corpo já sem vida e coloca as mãos sobre a própria boca.

— Eu… eu não entendo. — Ele sussurra mais para si mesmo.

— Você precisa pensar como ele.

 Tul ergue os olhos e Max está o encarando, Tul quase se esquecera de que ele estava ali.

 O túnel em que estão é escuro e sujo, as paredes estão todas pichadas. 

— Não temos pistas, é como se…

— O assassino não existisse? — Diz, Max olhando em volta.

— Sim. 

— Encontraram outro corpo! — Alguém grita.

 Max coloca as mãos nos bolsos e Tul corre em direção a voz.

 A equipe de legista já está por ali, com alguns equipamentos.

— Causa da morte? — Pergunta Tul se agachando ao lado do corpo que já está meio decomposto.

— A mesma que o outro corpo e a mesma que a…

— Noiva do Max. — Tul diz, entredentes. — É a droga de um padrão.

— Já podemos dizer que o caso é de um serial killer?

 Aim entra na cena do crime, passando por baixo das fitas amarelas que cercam o local.

— Pelo jeito sim. — Tul se levanta, dando as costas para Aim.

Jogo perigoso • MaxTul Onde histórias criam vida. Descubra agora