Tul abre um olho e depois lentamente abre o outro, erguendo um pouco a cabeça. Ele sente um gosto amargo na boca, e sua cabeça dói como o inferno como se mil elefantes estivessem sentados sobre ela.
Seu olhar passa pelo ambiente, enquanto ele assimila o lugar em que está. O vento abafado que escapa da janela cinza faz com que ele perceba que está em seu quarto, a camisa está meio aberta mas ele está vestido. Sua cabeça dá uma pontada quando seu celular toca em algum canto do quarto. Com muito esforço ele encontra o aparelho e atende a ligação.
— O que?
— Isso é jeito de atender seu superior, detetive?
Tul aperta os olhos e dá um pigarro.
— Desculpe, senhor.
— Seu moleque… — Tul escuta o barulho da delegacia ao fundo e automaticamente começa a abotoar a camisa, sabe que vai precisar sair. — Preciso que venha até a delegacia, temos algo sobre o caso da modelo.
— Modelo?
— A noiva do senhor Nattapol, cujo eu sei que você está mantendo em seu apartamento.
— Senhor, eu…
— Venha assim que puder.
E então ele desliga.
Tul passa a mão pelos cabelos e se pergunta como não pensou que aquilo que andava fazendo não era totalmente ético, mas tudo que importava para ele era a segurança de Max, gente demais já tinha morrido nesse caso por causa do descuido dele.
Ele se levanta, ignorando a tontura que o atinge e vai até o banheiro. Toma um banho rápido e coloca uma camisa social azul, e uma calça social preta. Pega os óculos no criado-mudo e está bem mais apresentável do que há quinze minutos atrás.
Quando ele sai, fechando a porta do quarto atrás de si, dá de cara com Max sentado no sofá.
Ele está lendo alguma coisa no celular, só está vestindo uma calça de moletom o peito nu completamente à mostra. Os ombros largos expostos.
Max se inclina para trás, encostando as costas no sofá, ele ergue os olhos e dá um sorriso ao ver Tul parado o olhando.
— Bom dia, não quis te acordar. Já está de saída?
Tul continua o olhando, subindo os olhos do abdômen bem definido até os lábios dele. De uma vez as lembranças da noite anterior o atinge como uma tempestade fria e gelada. Ele bebeu, ok mas também ele…
Tul coloca um dedo nos lábios e fecha os olhos. O gosto dos lábios de Max nos seus ainda é tão recente, que Tul solta um gemido baixo.
Onde estava com a cabeça?
— Tul, você está bem?
Quando Tul volta a si, Max está de frente para ele com a mão em sua testa.
Ele está tão perto.
"Foco, Tul"; Ele diz para si mesmo se afastando lentamente.
Ele dá um pigarro.
— Estou bem eu… tenho que ir, fui chamado para resolver umas coisas na delegacia.
Max não diz nada, só coloca as mãos no bolso da calça, o que deixa seus músculos flexionados.
Tul desvia os olhos e caminha até a porta.
— Tudo bem. Espero que tenha um bom dia, detetive.
O jeito que Max chama Tul de detetive faz com que um arrepio tome seu corpo, e ele não pode deixar de se lembrar do jeito que a voz de Max sôo sexy e cheia de luxúria noite passada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Jogo perigoso • MaxTul
FanficMax Nattapol é um ator renomado e de sucesso na Tailândia mas, a morte misteriosa de sua noiva coloca em risco sua carreira e toda sua vida, apontando Max como o principal suspeito. Sendo investigado pela polícia, Max conhece o detetive Tul Pakorn...