27:["Porque eu gosto dele, ao contrário de ti, Gabriel."]

248 23 35
                                    

~~Desenho feito por mim~~

Capítulo um pouquinho grande...

Boa leitura, anjos

[03/03/2019- Domingo]

TERA MARSHALL

O meu rubi não saiu do quarto de hospedes durante a manhã e o início da tarde- nem mesmo para comer um simples pão acompanhado com cappuccino-. Até tentei entregar-lhe o almoço no quarto, mas a porta esteve sempre trancada e ele não nunca me respondia. Fora somente a minha mãe que conseguiu entrar no quarto e falar com ele.

Enquanto eu ficava na porta para ouvir a sua voz.

Pling Plong

Alguém toca à campainha da minha casa uma vez. Levanto o meu corpo cansado do sofá e ando preguiçoso até à porta. Óscar estava sentado com as orelhas hirtas à procura de um som suspeito.

Até o próprio cão ficou mais protetor desde a noite passada.

Abro a porta com perspicácia e olho de cima para baixo para aquele ser. Era uma mulher. Nunca tinha visto tamanhos olhos castanhos em conjunto com cabelo escuro. A sua pele era um pouco mais morena que a minha, mas era tão alta quanto eu.

Bonita, apesar da idade já a puxar para a casa dos 40.

"Como posso ajudá-la?" Segurei na trela do Óscar que continuava do meu lado, embora consiga sentir que ele estava mais nervoso que eu.

"Eu sou a massagista Sophie Anderson, trabalho no hospital da tua mãe. Ela pediu-me para vir cá."

"Sophie, ainda bem que chegastes." A voz da minha mãe ecoa por todo o hall de entrada, vindo das escadas. "Entra, por favor. Ele está lá em cima."

🌑🌒🌓🌔🌕🌖🌗🌘🌑

"Dói aqui?" Sophie pergunta, sentada na cama onde o meu rubi estava deitado. Tocava na parte de traz o tornozelo que, mesmo apenas por uma pequena abertura na porta, pude ver o quão estava roxo.

A vontade de estar ao pé dele aumentou consideravelmente.

Meu rubi...

Eu apenas queria estar do seu lado, segurá-lo na mão, dando apoio, e, de algum jeito, amainar as suas dores. Queria sentir a sua cabeça no meu peito, o seu corpo confortado no meu. Queria os seus lábios nos meus, o seu sorriso de volta, o brilho azulado dos seus olhos. Queria sentir as suas unhas curtas a raspar na palma da minha mão, ou os meus dedos tocarem nos seus cabelos encaracolados.

Eu queria-o conectado a mim.

Mesmo que seja apenas pelo mendinho.

"Stad, stad, mas e do thoil e."

"Não entendi, querido, desculpa."

"Ele pediu para parar." Entrei dentro do quarto em passadas lentas e cautelosas, tentando tomar algum cuidado e de alguma forma permissão dele.

Ariel fitou-me.

Pude ver a sua cara depois de tanto tempo à espera. Os seus olhos fixaram-se nos meus. Brilhavam tanto como diamante puro. Pensava que era por me ver, por estar feliz por eu estar ali, mas não... O seu brilho era causado pelas lágrimas grossas forçadas a descer por qualquer outro sentimento oposto à felicidade.

"C-Como é que estás?"

Sentei-me ao seu lado em etapas lentas, analisando secretamente o seu rosto. As sardas do seu nariz eram inundadas pelo conjunto embaçado de cores vermelhas e roxas. Os cortes no seu rosto, nos seus valiosos lábios eram piores do que a minha mãe tinha me antes explicado. Hematomas roxos marcavam o seu pescoço que ele tentava tapar com a gola da sweater.

My Little Omega: Príncipe Da Lua [CONCLUÍDO/ EM REVISÃO] Onde histórias criam vida. Descubra agora