My Little Omega: Príncipe Da Lua [CONCLUÍDO/ EM REVISÃO]

29: [O orgulho é f+dido]

Desculpem a demora, arte feita por mim.

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[08/03/2019- Sexta-Feira]

TERA MARSHALL

Gabriel Lestrange estava na minha frente, no Jade Coffee, no fim da tarde de sexta-feira. Era uma tarde um pouco fria, mas mais calorosa que os outros dias- talvez a frieza do meu namorado tenha me deixado imune ao calor que o Sol expunha-.

"Boa tarde, senhores, quais são os seus pedidos?"

Olhei primeiro para o Gabriel, que tinha os olhos postos no cardápio do café. Eu não precisava olhar, já sabia o que ia pedir de cor: a minha típica cerveja.

"Eu quero um abatanado."

"Cerveja, por favor."

A menina de cabelos louros e de olhos castanhos saiu da minha visão periférica para atender os nossos pedidos. Fitei o rapaz louro na minha frente, ainda não acreditando que ia ter uma conversa normal com a pessoa que odiava há três anos.

"Como é que o Murphy está?" Encostou-se às costas da cadeira.

"Não consegui falar com ele desde quarta. E não é devido à falta de tentativas. Esta semana tem sido bem difícil para nós."

"Ele deve estar a passar uma coisa horrível." Apoiou a cabeça na sua mão.

"O problema é que eu não sei o que é essa 'coisa'. Ele não me conta."

"Ele talvez tenha medo de falar do assunto."

"Ele diz que não pode falar do assunto." Corrijo.

Os nossos pedidos chegaram no meio de uma conversa sem palavras entre mim e o louro. Eu julgava-o com o olhar, assim como ele me julgava. Ele sabia que eu queria que ele chegasse naquele assunto rapidamente.

"Obrigado." Pedimos em conjunto.

Dei um golo na cerveja.

"Porque mudaste, Lestrange?" Levei a espuma pegada ao meu lábio superior à minha boca.

Ele ficou apreensivo, um sorriso envergonhado. Os seus olhos não me fitaram por longos segundos, enquanto a sua fala não vinha. Continuava a mexer a sua bebida sem açúcar com a pequena colher de metal.

"Eu não mudei. Eu simplesmente fiquei preocupado com ele. Se não foi por minha culpa, porque será então?" A partir daquela frase soube que ele desconhecia o passado o Ariel. Mas ainda continuava insatisfeito com as suas respostas. "Sou curioso por natureza."

"Tenho cara de parvo, Gabriel?"

"Na minha perspetiva, não."

O quê?

"Como assim? Tu só vês defeitos em mim, desde que nos conhecemo-nos!" Ri, tentando quebrar a tensão que crescia nele. "O que te fez mudar isso em ti também? O que te fez começar a ver as minhas perfeições?"

Ele mordeu o lábio devagar. Por fim, fixou a sua íris na minha. "Eu sempre vi as tuas perfeições, Tera Marshall.

Momentos antes de encostar o copo de plástico nos meus lábios, novamente, baixo o copo lentamente, ainda não crendo nas suas palavras. Ele está drogado, completamente.

"Desculpa?"

"E-Eu nunca vi um defeito em ti. Tu és o Tera Marshall, capitão dos Wolves, um dos homens mais bonitos da escola. Já olhaste bem para ti?"

O meu cérebro estava em choque. Isto não fazia sentido nenhum. Não era possível aquelas palavras saírem da sua boca. Ele odeia-me há três anos. Era impossível ele mudar os seus sentimentos por mim numa questão de semanas.