6. il est Park Jimin

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Park Jimin, o jovem atraente tatuador, era um pouco mais baixo que eu, sua pele era um pouco morena, seu corpo era escultural e seus detalhes eram fascinantes, bem como seu nariz perfeitamente arredondado e sua boca carnuda. Após observar o rapaz, agora com mais atenção, pude cumprimentá-lo. O toque de sua mão era suave e ao mesmo tempo gentil. Sua mão era pequena e seus dedos pareciam um pouco gordinhos e pequenos. Park Jimin, apesar de obter uma fama de bad boy, acredito que mais pelo seu visual, era de fato, um homem inesperado.

O tom da sua voz era rouco, mas ao mesmo tempo suave. Pela sua voz, pude perceber que ele continha uma leve alegria ao conhecer alguém novo. Bastante semelhante a mim, pensei, já que gosto de conhecer pessoas e conversar com elas.

De qualquer forma, Park Jimin havia sido bastante educado e não mediu esforços em sorrir. O jeito que seus olhos se fechavam por completo enquanto ele sorria de orelha a orelha era cativante.

Sem contar o seu perfume, não muito forte, tinha odor de colônia. Ele parecia se cuidar muito bem, mas agora também parecia apressado demais.

- Bom, Jungkook, eu preciso entrar, tenho um cliente agora para atender, preciso preparar os meus equipamentos, sinto muito. - Ele acenou, se curvando em forma de cumprimento e eu faço o mesmo. Seu rosto ficou muito tempo fixo na minha direção, mas assim que sorriu pela última vez, ele puxou a maçaneta da porta de entrada do estúdio de tatuagem e sumiu para dentro do ambiente.

Eu não sei exatamente o que eu deveria ter feito naquele momento. Meio que fiquei sem reação sobre o que tinha acabado de acontecer entre a inspiração do meu novo livro e eu. Diante de tanta vontade de querer descrever cada mínimo dele, de Park Hyun-Ki, eu temia me apaixonar pela versão real dele. Park Jimin.

As palavras 'Park Jimin' e 'Serendipity' não saiam da minha mente desde que eu as descobri e de alguma forma, as duas se ligavam de uma forma bastante curiosa. De tantas coincidências eu temia descobrir o que mais eu tinha inventado que realmente se passava na realidade. Na minha realidade. Na vida real.

Assim que nos apresentamos, eu me dei conta de que deveria ter feito isso no dia em que o encontrei no café. Minha timidez, insegurança, ansiedade, infelizmente não tornaram isso possível no momento. E naquele instante em que me trombei com Park Jimin, me dei conta que as venci, não por completo, mas por um período.

Assim que comecei a voltar para casa novamente, percebi que minhas mãos já não estavam tão suadas quanto antes, no momento em que agarrei o corpo do garoto contra o meu e também no momento em que apertei sua mão para cumprimentá-lo. Agora, minhas mãos estavam geladas por conta da temperatura do dia.

Abrindo meu arquivo de anotações do meu livro no notebook, comecei a escrever a minha história. Park Hyun-Ki é um jovem ambicioso e bastante apaixonado pelo o que faz, mas ele não imaginava que se apaixonaria por outro alguém, que lhe causaria e também traria à sua vida mais alegria, otimismo e bem-estar. O título do livro estava decidido. Euphoria.

Como um sucker, bobo apaixonado pelo rapaz que conheceu, que ainda não tem um nome, - pauso meu raciocínio para pegar uma caneta e anotar em um bloco de notas que o meu personagem está sem nome -, o jovem Hyun-Ki deve valorizar todo o seu amor e deve lutar por ele, já que não seria fácil ser um famoso pianista e ser julgado por sua sexualidade pela sociedade. 

Em meio aos meus pensamentos, novamente me relembro de Jimin. Todos os seus detalhes que consegui gravar apenas por observá-lo. Tentei transcrever o máximo que consegui do que mais me cativou no jovem. Percebi que o capítulo do meu livro já tinham sete páginas. Minha inspiração estava voltando cada vez mais forte e totalmente solta.

Sucker | [Jikook] Onde histórias criam vida. Descubra agora