Sucker | [Jikook]

23. tu dis le mot et j'irai n'importe où aveuglément

O palco em que Jimin iria se apresentar naquela noite era de tirar o fôlego e só de estar ali em cima, vendo todos aqueles assentos cor vinho, - que em breve estariam ocupados, me deu frio na barriga. O palco tinha uma estrutura resistente, ao fundo havia uma tela de led que passava diversas imagens coloridas, um conceito que era utilizado na hora da performance. Apesar do ambiente ser um teatro, podia facilmente ser considerado uma casa de shows.

- Você vai se apresentar aqui? - Questiono, boquiaberto.

- Vou sim, baby! É tirar o fôlego, não é? - Assinto, seguindo-o até o piano branco no canto esquerdo do palco. Jimin se acomoda no banco de mesma cor e abre o instrumento, revelando as teclas.

- Eu estou muito orgulhoso de você, sabia? É louco imaginar que daquela apresentação que você fez tempo atrás agora está aqui! Não consigo pensar em como pode estar sua mente agora. - Ele riu.

- Sim! Tenho me apresentado por um mês, mas todo dia que eu subo em cima de um palco, estar em um lugar como esse é como se fosse a primeira vez, é sempre especial, mas agora você está aqui, Jungkook e eu estou ainda mais feliz. - Rio baixinho.

- Graças aos nossos amigos que me convenceram. - Ele dá de ombros.

- Eu já imaginava que isso fosse acontecer, sabe? Eu estava pensando em te ligar, contar tudo, mas fiquei com medo de você me xingar e me mandar para diversos lugares aos quais no momento não estou muito a fim. - Morro de rir.

- Jimin! - Agora a minha risada vira uma gargalhada tão alta que posso ouvir ecoando pelo ambiente. Ele se junta a mim e abaixa a cabeça, quase caindo do banquinho ao qual estava posicionado para começar a ensaiar.

- Preciso focar, Jungkook! E você é meu convidado VIP! Ouça! - Ele ordena e eu paro de rir, prestando atenção detalhadamente na música em que  começa a tocar. É Euphoria, a nossa música. Enquanto ele tocava e demonstrava toda a emoção com as notas, eu começava a me lembrar daquele dia em que ele tocou para mim em seu estúdio de tatuagem e diversas outras memórias vieram à minha mente. Essa música agora é um refúgio nostálgico não só para mim, mas para ele também. - Eu toco essa em todas as minhas apresentações, me faz me sentir mais perto de você. - Ele revela de repente, após a música chegar ao fim.

- Sério? - Anua, sorrindo.

- É todo meu amor, tudo que eu sinto está aqui, nessas notas. - Ele pega um pedaço de papel que estava em cima do piano, que o mesmo nem pegou para verificar. Era a partitura de Euphoria. - Nem preciso olhar, está tudo na minha cabeça, está tudo gravado, me assusta. - Sorrio fraco.

- Você ter a capacidade de gravar isso na sua mente é o que mais me impressiona, não é fácil. - Ele nega.

- É prática, baby, muita prática, tanto que você sonha com a música, imagina ela. - Assinto, um pouco desconcertado por ouvir Jimin me chamar de baby novamente.

Jimin começa a tocar outras músicas, melodias tão bem treinadas que sinceramente não sei porque ele está ensaiando se tudo está tão perfeito. Não entendo isso. Mas não o interrompo para perguntar algo tão babaca, aprecio e fecho os olhos, viajando pelas notas.

Em apenas algumas horas isso aqui estaria lotado, eu não tinha noção de qual era o limite de assentos, mas com certeza quinhentos era garantia. Aproveito mais alguns minutos do lado de Jimin antes que eu voltasse ao hotel e me arrumasse para a noite tão especial.

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Jimin ficou no teatro, onde iria se preparar por completo. Lá ele finalizaria o seu ensaio, descansaria, comeria algumas coisas e por fim, se arrumaria.

No hotel, sento na minha cama e começo a olhar a tela de bloqueio do meu celular. É uma foto nossa, sorrindo igual a dois bobinhos.

Aproveitei para mandar uma mensagem no nosso grupo de amigos e dizer como tudo estava indo e como Paris era.

Estar conhecendo essa cidade era maravilhoso. A cidade do amor era como eu imaginava, como eu via nos filmes, só que melhor porque agora era minha própria experiência, eu estava sentido aquilo, vivendo e ainda não passei nem um dia aqui.

Para esta noite eu escolhi uma das minhas melhores roupas. Uma jaqueta de couro preta e calça skinny da mesma cor, uma blusa verde escura e par de botas preta. No meu cabelo, preferi deixa-lo natural, colocando algumas mechas atrás da minha orelha, algo que Jimin gostava muito.

Não podia parar de pensar também sobre mais tarde. Nosso sexo de reconciliação. Eu estava ansioso, já sabia que estava tudo bem com nós, mas isso definitivamente acertaria as coisas.

Peguei meu celular e minha carteira, coloquei ambos no bolso da calça e logo saí do hotel rumo ao teatro. Já era noite e em poucos minutos Jimin tocaria na frente de muitas pessoas. Queria mostrar meu apoio, de tão perto.

Quando cheguei no teatro, já se formava uma fila para entrar e comprar os ingressos. Todos para ver o meu garoto.

Assim que entro, tento sair da fila e falar diretamente com o segurança. Jimin tinha dito aos responsáveis pela segurança e bilheteria que eu teria entrada gratuita. E isso de fato aconteceu. Um homem grisalho alto, de pelo menos dois metros de altura me vê e logo sorri em minha direção. Sou o único fora da fila.

- Boa noite, garoto. Você pode entrar! - Ele solta uma piscadela e eu logo estou entrando no local pelos bastidores, os mesmos que passei mais cedo com Jimin.

Quando localizo a porta do "camarim", bato à porta e Stella logo abre.

- Olá Jungkook! Vai adorar ver seu garoto! - A porta se abre e revela um Park Jimin incrivelmente irresistível. Sua roupa o deixa ainda mais bonito. Ele usa uma camisa vermelha colada no corpo e uma calça preta social, juntamente com um par de sapatos da mesma cor.

- Uau. - Abro a boca, querendo mais tirar aquela roupa dele do que vê-lo dentro dela.

- Baby! - Jimin anuncia, logo que termina de arrumar seu cabelo. Ele vem em minha direção enquanto eu entro no "camarim". Seu corpo cola junto ao meu e sua boca sabe exatamente aonde ir. Na minha. Seu beijo é gostoso e ele me agarra pela cintura. - Você está tão gostoso! Quero tirar essa roupa de você e te mostrar tanta coisa. - Jimin me atiça, sussurrando em meu ouvido.

- Estou pensando a mesma coisa! - Rio baixinho.

- Você não perde por esperar! O show vai começar em dez minutos! Está preparado? - Rio.

- Claro que estou!

- O show não pode parar! - Ele anuncia, sorrindo.