17. où puis-je vous trouver

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Aquela noite com nossos amigos foi uma das mais incríveis. Pudemos nos conhecer melhor, criar um forte laço de intimidade. Parecíamos que já tínhamos uma longa amizade.

Conversamos tanto que apenas fomos embora de madrugada, quase que de manhãzinha. Era a primeira que eu, basicamente, virava a noite.

Diante de diversos momentos inesquecíveis, o tempo passou. Foram-se mais quatro meses ao lado de Jimin, uma rotina cheia de amor, sexo e aprendizagem. Nesse período eu também terminei o meu livro que estava em andamento e mostrei para ele o resultado. Jimin desde que esteve comigo, acompanhou passo a passo cada capítulo. E nesse momento, a obra estava na gráfica.

Eu estava tão animado! Não era meu primeiro lançamento, mas devo dizer que parecia. Um filme passou-se na minha cabeça e toda a trama da história que inventei se confundia completamente com o que eu e Jimin construímos e vivemos diariamente.

Eu havia me tornado um homem maduro ao lado daquele garoto que certo dia chamou minha atenção apenas por seu atraente visual. Era o momento da minha vida em que eu percebi que estar junto de alguém era extremamente positivo, era algo muito bom. E de lembrar que meses atrás eu não pensava em nada disso e nem queria.

Muito menos um homem tatuado, parecendo um "bad boy", que mesmo que tenha sido alvo de comentários desse tipo pela vizinhança, era claramente um doce.

Durante esse período amores se formaram também. Yoongi aos poucos se aproximou de Hoseok e Taehyung, enquanto Seokjin e Namjoon estavam mais felizes e fortes do que nunca.

Era bom ver meus amigos felizes também.

Agora eu olhava para a tela de bloqueio do meu celular. Era uma foto de nós dois. Eu e Jimin, agarradinhos, num abraço quente e aconchegante. Eu estava tão feliz ao seu lado.

Comecei a relembrar o incrível beijo que Jimin me deu ontem. Não foi igual aos outros os quais ele me deu, esse, certamente, foi muito especial. Não fizemos sexo, era apenas sua boca na minha e seus vários toques pelo meu corpo.

Quando ele selou seus lábios nos meus, eu senti sua língua pedir passagem e penetrar a minha boca com suavidade. Jimin amava me provocar e fez tudo de uma forma bastante lenta e excitante. E o que a sua língua fez me deixou sem palavras e com algumas marcas no corpo. Eram lambidas, chupões no pescoço, mordidas na clavícula...

Suspirei ao lembrar de tudo. Eu queria ele de novo hoje, comigo. Comecei a imaginar seus toques e abri minha calça, a fim de sentir meu membro duro e excitado. Precisava fazer aquilo, previsa aliviar todo aquele tesão ao me masturbar.

Sentado na minha cama, após desabotoar a calça e abaixar a cueca, coloquei a mão no meu pênis e o envolvi por completo. Estava duro. Comecei a massagea-lo lembrando dos toques urgentes de Jimin, do seu corpo atraente e do seu gemido tão abafado contra meu pescoço. Ele nu, me penetrando, me fodendo tão rápido, com força.

Minha boca estava seca.

Engoli seco e continuei a realizar movimentos rápidos com minha mão, sentindo as veias do meu pênis e também a sua cabeça. Eu precisava gozar e logo. Posicionei a almofada que estava próxima ao meu travesseiro na cama, fiquei de bruços e coloquei meu membro contra ela e comecei a realizar movimentos de vai e vem.

Aos poucos eu começava a me sentir fraco, minhas pernas bambas e a minha boca seca, que automaticamente soltava gemidos abafados e de dor. Foi quando o meu orgasmo chegou, eu pude gemer alto e sentir o gozo sujar toda a minha almofada, ou pelo menos a capa dela.

Depois de gozar, deitei de barriga pra cima, colocando de volta a cueca e abotoando minha calça.

Meu cabelo estava grudado na minha testa e a franja também grudou em meus lábios. Meu coração batia muito rápido, quase que descompasado. Eu não conseguia respirar calmamente, estava ofegante, mas aliviado.

Sentei-me na cama e comecei a olhar para o nada, pensativo diante do ato. Retirei a capa da almofada e coloquei no cestode roupas sujas e em seguida, fui lavar as minhas mãos.

Olhei para o espelho e encontrei meu reflexo. Puxei meu cabelo para trás e respirei fundo. Eu necessitava ver Jimin.

Peguei de novo em meu celular e sem nenhuma nova mensagem dele.

Jimin sempre, não haviam exceções, sempre me mandava uma mensagem de bom dia e hoje, excepcionalmente, ele não o tinha feito. O que me restou então, foi mandar uma mensagem e aguardar resposta, mas eu não a recebi. Jimin nunca demorava para responder no aplicativo de mensagens e decidi então ligar para ele. E por incrível que pareça, não, ninguém atendeu. Uma, duas, três, quatro, cinco vezes efetuei a chamada e nada.

Comecei a ficar preocupado, então liguei para Hoseok e Taehyung. Ambos também não faziam ideia de onde estava Jimin.

Minha última chance foi o estúdio de tatuagem. Eu fui correndo até lá, preocupado, com o coração acelerado, imaginando o que quer que poderia ter acontecido com meu namorado.

O seu estúdio estava fechado.

Comecei a observar ao redor, tentando encontrar alguma resposta para descobrir aonde Jimin estava. Parecia um pesadelo, daqueles que quando você acorda, ainda parece estar dentro de você, te consumindo.

Tentei me lembrar de suas palavras ontem, ele não havia me dito nada, apenas me beijou, me beijou como se fosse a última vez e foi isso, foi exatamente isso que eu deveria ter prestado mais atenção.

Eu não sabia ao certo, não queria compreender aquilo porque parecia doloroso demais, além de parecer estar fora da minha realidade, mas Jimin se despediu de mim ontem. Aquele foi o beijo da sua despedida, por isso foi tão especial, por isso foi tão diferente de qualquer outro que ele havia me dado.

Jimin não me disse adeus, mas se despediu de mim e para aonde ele foi? Eu precisaria descobrir o mais rápido possível, antes que eu perca meu garoto e o sentido de toda a minha felicidade, minha força e a minha coragem que eu criei ao seu lado durante todos esses meses.

Sucker | [Jikook] Onde histórias criam vida. Descubra agora