Sucker | [Jikook]

18. où vais-je?

Eu tentei raciocinar apesar de estar atordoado.

Eu não imaginava aonde Jimin poderia estar a não ser no seu trabalho no estúdio tatuagem. Pelo horário, estar na casa dele não era comum, mas mesmo assim, pelo dia atípico, eu tive que ir até lá.

Cheguei ao prédio onde ele morava e procurei saber com o porteiro sobre o paradeiro de Jimin, se ele estava em casa já que ele não me atendia.

Um homem grisalho, com uniforme de funcionário me atendeu na portaria.

- Olá jovem. - Ele me cumprimentou. - Tudo bem?

- Sim. - Assinto. - Eu preciso de uma informação sobre o apartamento 132, tem alguém lá? - O homem assentiu.

- Deixe-me ver, é aonde Park Jimin mora, certo? - Assinto e acompanho com ele o registro em seu computador que revelava algo bastante curioso. - Ele saiu às quatro da manhã.

- Oi? - Olhei confuso para a tela. - Como assim quatro horas da manhã? Não tem sentido nenhum, tem alguma imagem, você o viu? - O homem olhou para mim.

- Há as câmeras que gravaram a saída dele, posso procurar, pois entrei hoje cedo para o turno da manhã, era outro porteiro aqui de madrugada. - Assinto.

- Tudo bem, se puder fazer isso, só não quero incomodar. - O porteiro assentiu.

- Não há problema nenhum! Deixe-me ver aqui no sistema. - O homem grisalho começou a verificar no computador a imagem do sistema da câmera e enquanto carregava ele interfonava para o apartamento de Jimin e realmente, não tinha ninguém, pois não foi atendido.

Eu engolia seco, estava ansioso, mas estava aguardando pelo melhor, pela resposta positiva.

- Jovem! - O homem me chamou. - Olhe aqui, não se assuste ok? Nós podemos ter acesso às câmeras para controle. - Assinto e olho para a tela.

A imagem era bem clara. A câmera de segurança registrou Park Jimin saindo com uma mochila nas costas, uma na mão e outra de rodinha. Ele estaria se mudando?

- Teve algum veículo, caminhão de mudança aqui? - O homem negou. - Nos nossos registros de entrada, não.

- Ele viajou, então. - balbuciei. - Sim, é claro que ele viajou. - Parei de falar e comecei a raciocinar. - Senhor, muito obrigado.

Procurei entender o que estava acontecendo. Ok. Park Jimin viajou. Não tinha outra opção, de malas e mochila nas costas, é bem provável que ele não está perto, outra cidade talvez? Mas para quê? Por quê? E Por que é tão difícil me ligar de volta, responder às minhas mensagens?

O jeito era recorrer aos nossos amigos, esses com certeza sabiam aonde ele estava.

Peguei o meu celular e liguei para Hoseok.

- Alô? - Ele atendeu.

- Oi, Hoseok? É o Jungkook aqui, tudo bem?

- Tudo ótimo cara e você?

- Mais ou menos, você sabe aonde o Jimin está?

- Jimin? Bom... Você pode se encontrar comigo e com Taehyung daqui meia hora no café perto do estúdio de tatuagem dele? - Suspirei.

- Claro, com certeza.

- Ok então! Nos vemos lá!

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Esperar é ser paciente e sinceramente? Eu não estava nem um pouco. Eu queria saber logo, de uma vez por todas o que de fato tinha acontecido com Jimin e queria saber também o porquê de não falar comigo.

Hoseok e Taehyung chegaram juntos, de mãos dadas no lugar combinado, onde eu já esperava, tomando um cappuccino.

- Oi cara! - Hoseok me deu um tapinha nas costas.

- Oi Hoseok! - Sorri fraco.

- Oi Jungkook! - Taehyung me cumprimentou, sorridente.

Por que eles estavam sorrindo? Por que não estavam preocupados? Será que realmente eles sabiam de algo e eu não?

- Então, combinamos de se encontrar aqui porque você questionou sobre o Jimin e vou ser bem sincero com você, ok? - Hoseok falou, com calma.

- Ok. - Engoli seco.

- Ele não queria que a gente te contasse, inclusive brigamos com ele por causa disso, sabe? - Olhei confuso para Hoseok.

- Ele foi bem teimoso, sabe? Questionamos ele o tempo todo por causa disso, mas não adiantou. Jimin se apresentou tempo atrás, você se lembra? Você estava lá. - Assinto. - De lá ele teve um convite para tocar em outro lugar e ele aceitou.- Processei toda a informação e questionei.

- Tá, mas aonde ele foi se apresentar?

- França. - Taehyung respondeu, na lata.

- Oi? - Comecei a ficar zonzo. - França? Europa? - Respirei fundo.

- Por que ele não quis me contar? Merda!!! - Comecei a chorar igual a um idiota na frente dos nossos amigos. Isso era tão ridículo, mas ao mesmo tempo eu não podia fingir, estava completamente magoado. Jimin me magoou e isso cortava meu coração.

- Foi por isso que discutimos com ele, achamos injusto ele não te incluir nisso, mas tudo o que disse é que não queria magoar você por estar longe... Fora que ele sabia que o evento do lançamento do seu livro ia ser em breve e ele não estaria presente, então. De qualquer forma achamos ridículo da parte dele. - Taehyung explicou e foi aí que eu comecei a chorar mais ainda.

- O Jimin não podia ter feito isso comigo. Jamais impossibilitaria ele de fazer isso, de realizar o sonho dele. Não. Parece que ele não confiou e não confia em mim... Nós nos beijamos ontem. - Os meninos ficaram cabisbaixos e com razão.

- Estamos te contando algo que ele pediu para não contar. - Assinto. - Sentimos muito.

- Eu te defendi, Kookie, mas não pude fazer a cabeça dele.

- Não entendo o porquê de esconder de mim, não faz sentido. - Comentei, limpando as lágrimas.

- Eu conheço o Jimin e acredito que ele não quis ter te contado, pois ele já teve algumas experiências que não foram boas. Ele decidia fazer algumas coisas e os relacionamentos dele meio que não aceitavam, mas a gente sabe e vê que você não é assim. - Hoseok acrescentou e logo tomo a minha atitude.

- Eu preciso da ajuda de vocês. Preciso ir até Jimin, mas preciso trabalhar para conseguir comprar passagem de ida e volta, eu vou para a França. - Os dois amigos arregalaram os olhos.

- Oi? - Assinto diante da surpresa de Taehyung. - Você é doidão, cara. - Neguei com a cabeça.

- Eu amo Jimin e sou capaz de fazer qualquer coisa por ele. - Ambos assentem.

- Realmente, você é diferente de todos mesmo, Kookie. - Suspiro diante da revelação de Hoseok.

- Aonde ele está na França?

- Paris. - Taehyung respondeu. - Tenho o nome do hotel e tudo o mais, porque ele compartilhou com a gente, tá? - Assinto.

- Me passa então, porque eu vou para a França.