Capítulo 8

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Ashton POV

Estava agora a andar até à casa da Inês e estava um horrível silêncio constrangedor.

A verdade é que eu sinto um carinho muito grande por ela e o que eu mais quero é puder sentir os lábios dela nos meus.

Não sei bem se me estou a apaixonar, tenho que ir com calma e ver no que isto vai dar...

Quando chegamos à frente da casa que ela agora está a viver despedimo-nos contrangedoramente com um beijo na bochecha e um tímido "adeus". Esperei ela entrar em casa e segui caminho até à minha casa.

Inês POV

Já era de manhã, acordei de um pesadelo. Fui a correr para a casa de banho lavar a cara.

Tive um pesadelo em que o Ashton se aproximava de mim para obter informações pessoais minhas e que contava a toda a gente, fazendo com que gozassem ainda mais comigo. E ele... Ele também gozava.

Um pesadelo sim, porque eu acho que estou apaixonada por ele. Eu sei que ainda é um pouco cedo para saber disso, escusam de dizer! Mas eu simplesmente... sinto.

Preparei-me e comecei a caminhar até à escola.

Chegando lá vi Ashton a rir com a Marie, a mais popular da escola. Quando Ashton me viu sorriu mais amplamente. Não acredito...

Fechei os olhos para tentar controlar as lágrimas, o que foi pior pois fez com as lágrimas caíssem pelo meu rosto.

Comecei a correr e não parei quando ouvi Ashton chamar o meu nome. Continuei sempre a correr até ao meu lugar preferido. Chegando lá deixei-me cair de joelhos e peguei na minha melhor amiga, que trago sempre comigo na mochila. Passei rapidamente no pulso, fazendo um fio de sangue cair na relva. Fiz mais alguns, até que tive que puxar rapidamente a manga da camisola para baixo assim que ouvi o meu nome ser chamado atrás de mim.

Ashton POV

Vi Inês e sorri, mas logo me preocupei quando vi lágrimas. Ela começou a correr, sem nem parar quando eu a chamei. Peguei na mochila e corri atrás dela, até a perder de vista. Corri até à casa de banho mas ela não estava lá, corri ainda mais depressa até ao sítio onde passamos o primeiro intervalo juntos. Quando cheguei lá ela estava de joelhos ao lado da árvore.

Eu: Inês? - Chamei calmamente.

Ela puxou a manga da camisola para baixo rapidamente e guardou qualquer coisa no bolso.

Eu: Inês? - Chamei novamente, aproximando-me dela.

Ela só chorava dava para ouvir os soluços de onde eu estava. Chegando atrás dela a primeira coisa que eu fiz foi abraçá-la por trás. Ela mexeu-se um pouco tentando soltar-se mas eu não a larguei e apertei-a mais forte, ela acabou por parar. Quando ela estava mais calma eu peguei no braço dela e levei a mão à ponta da manga. Ela prendeu o ar. Levantei lentamente a manga, e arregalei os olhos. Haviam muitas cicatrizes de cortes, e uns ainda não tinham cicatrizado. Havia uns que ainda sangrava um pouco. Olhei para o chão e tinha um pouco de sangue também. Meti a mão no bolso da camisola dela e tirei uma coisa de lá. Era uma lâmina. Olhei para ela, que ainda tinha lágrimas a escorrer-lhe pela cara.

Eu: Porquê, Inês? - Perguntei triste.

Inês: Ninguém c-compreende... - Disse chorando ainda mais.

Eu: Promete-me que não fazes mais isto. - Ela não respondeu. - Por favor... - Implorei.

Inês: Prometo. - Suspirou. Levantei o mindinho e ela riu levemente, levantando o dela e cruzando com o meu. Sorri.

Eu: Vem, vamos deitar a tua amiguinha ao lixo e cuidar disso. - Disse levantando-me.

Inês: Espera! - Disse e procurou alguma coisa na mochila. Levantou-se e entregou-me uma mini caixinha. Abri e tinha lá muitas lâminas. - São todas as que tenho, só tenho mais 1 em casa. - Sorri e puxei-a pela mão.

Chegando ao caixote do lixo deitei tudo lá para dentro.

Eu: Vamos a tua casa tratar dessa que falta e depois vamos à minha.

Inês: E as aulas? - Perguntou. Olhei para ela e sorri. Ela pareceu perceber o que eu queria dizer pois sorriu de volta.

Fomos até ao meu carro e eu dirigi até à sua casa. Ela abriu a porta e foi em direção ao quarto. Passado um pouco voltou com uma lâmina na mão e um sorriso envergonhado na cara.

Fui ter com ela e dei-lhe um abraço.

Eu: Estou orgulhoso de ti, princesa.

Ela apertou-me mais forte contra o seu corpo em resposta.

Inês: Eu gosto desse apelido. - Disse afastando-se, sorrindo.

Eu: Ainda bem, vais ouvi-lo muitas vezes. - Sorri e agarrei na sua mão livre, tirando a lâmina da outra. - Agora vamos. - Puxei-a pela mão.

Fomos para o meu carro e eu conduzi até minha casa, abrindo a janela do meu lado e deitando a lâmina fora a meio do caminho.

Chegando a minha casa, apresentei todas as divisões para ela.

Eu: E por último, e não menos importante, o meu quarto. - Disse abrindo a porta do quarto para ela entrar. - Desculpa estar assim desarrumado, não esperava visitas. - Disse coçando a parte de trás do pescoço.

Ela entrou pelo quarto olhando para as paredes, secretária, chão cheio de roupas e por fim cama. Sentou-se na cama e amaciou-a com a mão.

Deitei-me na cama e puxei Inês para trás pelo braço, fazendo-a deitar-se no meu peito. Comecei a passar a mão pelo seu cabelo.

Eu: Queres contar-me tudo o que se passa? - Perguntei. Ela não respondeu. - Se não quiseres...

Inês: Não. - Ela interrompeu-me. - Eu conto-te... - Ela suspirou. Sorri e procurei pela mão dela, brincando com os seus dedos.

-.-.-.-.-

Oi gente! Estão a gostar da fic? Acho que está a ficar uma m***a, mas ok...

Sabem que dia é hoje? Pois é.

O MEU ANIVERSÁRIO! TUNTS TUNTS TUNTS! Podem cantar e dançar feitas retardadas que eu deixo.

Bem, era só para isto ahah.

Votem, beijos. :)

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