Inês POV
Acho que não é preciso dizer que estava a chorar oceanos quando acabei de ler.
Anna: INÊS? - Gritou quando chegou.
Fui a correr até ao andar debaixo, quase caindo nas escadas, o que a fez rir pois apareceu nas escadas mesmo nesse momento.
Anna: O que é qu...
Eu: Lê. - Interrompi-a, quase esfregando-lhe a carta na cara.
Ela leu tudo com um sorriso e quando acabou sorriu de orelha a orelha.
Anna: O que é que precisas mais para perceber que ele te ama? - Perguntou.
Eu: Mas é q...
Anna: Cala-te. - Interrompeu-me. - Amanhã vais falar com ele, sem mas nem meio mas!
Suspirei. Ela tem razão.
Abracei-a e fui para o quarto. Tive a fazer uns trabalhos de casa atrasados e adormeci antes de os acabar a todos.
Quando acordei eram 6.15h da manhã. Não consegui dormir mais, por isso comecei a tomar banho preparar-me para a escola. Quando acabei fui comer alguma coisa que me fizesse aguentar até ao almoço, já que nem jantei.
Fui para a escola quando faltavam 20 minutos para a primeira aula e quando lá cheguei ainda faltavam 5 minutos para tocar. Como o costume, fui indo para a sala.
Quando lá cheguei a porta estava aberta, e quem é que lá estava? Ashton.
Sorri quando reparei que ele estava na minha cadeira, na posição em que eu estou sempre quando entro na sala. De braços em cima da mesa e com a cara escondida entre estes.
Aproximei-me.
Eu: Acho que o menino está no meu lugar. - Disse quando já estava à sua beira.
Percebi que a sua respiração falhou e ele virou a cabeça lentamente, como se tivesse medo do que pudesse ver.
Quando teve a certeza de que era eu, soltou um suspiro e arrastou a cadeira rapidamente. Ri levemente, enquanto atirava a mochila para cima da mesa.
Ashton: Tu... - Engoliu em seco. - Tudo bem? - Ri pela escolha de tema dele.
Eu: Está e contigo? - Respondi, reparando agora nas olheiras debaixo dos seus olhos.
Ashton: Não... - Sussurrou. Sorri.
Eu: Eu também te amo, não te esqueças. - "Respondi" ao que dizia na carta.
Ele sorriu e agarrou nos meus braços, puxando-me para o seu colo e beijando-me. Ri e envolvi os meus braços no seu pescoço, correspondendo ao beijo. Aquele beijo mostrava amor, desejo pelos lábios um do outro e, principalmente, saudade.
A campainha tocou mas nós não ligamos. Estavamos demasiado bem naquele momento.
A porta abriu e de repente só se ouviam assobios e coisas do género. Sorrimos os dois entre o beijo, mas também não o paramos. Só paramos quando o professor entrou e nos mandou "parar de nos tentarmos reproduzir", seguindo as palavras dele.
Afastamo-nos e eu sentei-me na minha cadeira, assim que ele se sentou na dele.
Olhamos um para o outro com um sorriso de orelha a orelha e entrelaçamos as nossas mãos por baixo da mesa. Marie encarava-nos com uma cara raivosa e Ashton mandou-lhe um sorriso vitorioso.
Ashton POV
YEEEY, ELA PERDOOU-ME!!
Não imaginam a saudade e o medo de a perder que eu tinha...
Passamos a manhã toda de dedos entrelaçados, trocando carícias e a dizer coisas fofas um ao outro.
Estavamos agora na hora do almoço, a falar calmamente numa mesa, quando aparece quem? Marie.
Eu: Tu não te cansas, não? - Perguntei super farto dela.
Marie: Eu só vim dizer que estou feliz por vos ver juntos. Ah! E Inês, realmente tens muita sorte. Os lábios do Ashton são mesmo bons. - Quando eu ia começar a avisá-la da minha ameaça, ela interrompe-me. - E dormir junto àquele corpinho ainda é mais. - Desta vez interrompe-me Inês. Eu já estava chocado com as barbaridades que saíam pela boca da Marie.
Inês: Tenho mesmo. - Concordou. Eu olhei para ela. - E aquele corpinho, sem camisola, colado ao teu devia ser considerado uma das oitavas maravilhas. - Olhei chocado para ela. - Mas tu nunca irás saber disso pessoalmente porque nunca estiveste nem irás estar com ele, e sim eu. - Acho que a comida dela tinha uma boa dose de coragem por lá dissolvida. - Ah! E não comentes os atributos dele, olha que os outros rapazes TODOS da escola ficam com ciúmes. - Sorri. Eu percebi mal, ou ela chamou-lhe oferecida indiretamente?!
Todos se começaram a rir e ela foi embora.
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Suicide
FanfictionEla é uma rapariga normal, mas que sofre de bullying na escola e o pai lhe bate em casa desde que a mãe morreu. Ela corta-se quando pode sem ninguém ver e nunca ninguém soube. A vida dela é um total inferno. Até ele chegar. Ele é o novo aluno, sorr...