Eu me chamo Manoela - Continuação

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**Manoela**

Durante jantar nossos pais decidiram que queriam passar mais tempo conosco já que estariam indo embora em menos de vinte e quatro horas, sendo assim Ariadna resolveu deixar que eles dormissem no apartamento. Lorena e eu então fomos arrumar nosso quarto para que eles dormissem e nós fomos dormir no quarto dela, como já imaginávamos Ari acabou indo dormir no apartamento do Cris como já sabíamos mas para os nossos pais ela foi pra casa de uma amiga.

...

Acordei sentindo um dos melhores cheiros do mundo, cheiro de panqueca. Acordei e a Lorena estava sentada na cama mexendo no celular, fui no banheiro lavar o rosto e quando voltei pro quarto ela já tinha ido pra cozinha.

- Bom dia. - Disse a todos.

- Bom dia - Responderam todos em coro.

Assim que me sentei para tomar café meu pai colocou as panquecas e a campainha tocou porém a porta abriu e Ari entrou acompanhada do Cris e do Rafa, todos se juntaram e tomamos café da manhã juntos, depois fomos tomar banho e nos arrumar para sairmos e almoçar num restaurante de um amigo do Cris.

Durante o almoço eu sentia que a hora de ter a conversa com meu pai vinha se aproximando e minha barriga começava a ficar estranha e eu tentava me acalmar de todas as formas e evitar pensar nisso. O almoço demorou muito e pra ajudar começou a cair um chuvinha e nos prendeu dentro do restaurante, bom que o papo ali nunca acabava, infelizmente Rafael estava me evitando mas eu entendia o lado dele também, eu nunca passei por isso de gostar de alguém que goste de outra pessoa eu só tive dois relacionamentos de verdade na minha vida primeiro com o Bruno e depois com o Caetano e se eu pudesse apagava ambos da memória, na verdade desde que me dou por gente eu achava que ia me casar com o Bruno e seriamos felizes para sempre tanto que depois que ele morreu eu não conseguia acreditar que iria me envolver com qualquer outra pessoa, mas desde que fui embora para de São José para Caraguá minha vida virou uma imensa bagunça, pelo menos eu colhi frutos muito bons dessa mudança como a Lorena.

- O que tanto você pensa e mexe nessa pulseira? - Perguntou meu pai.

Ele me encarou e encarou a pulseira.

- Onde você achou isso? - Perguntou ele.

- Quando fui fazer minha mala para vir embora pra cá eu achei perdida nas coisas e resolvi colocar por mais que o fim tenha sido trágico e eu saiba o que ele estava fazendo nesse dia, essa pulseira tem um significado enorme. - Disse.

- Qual? - Perguntou Lorena.

- São duas em uma mas nem da pra perceber, Bruno e Bernardo compraram e me deram quando eu tinha uns nove ou dez anos eramos inseparáveis. - Contei.

- Estou com ciumes. - Disse Lorena.

Todos rimos dela e a percebemos que a chuva havia parado porém as horas já haviam passado o suficiente para percebermos que já eram quase cinco horas da tarde e eles iriam embora em no máximo mais duas horas, voltamos caminhando e conversando mais um pouco até o apartamento, eu fui segurando o braço do meu pai o tempo todo, talvez em alguns meses antes eu estaria chorando por ele ir embora, como a Lorena já estava quase fazendo.

- Esta preparada? - Perguntou Lorena enquanto eu me trocava já no apartamento.

- Mesmo que eu não esteja eu preciso estar não é mesmo. - Disse.

Ela concordou com a cabeça e me abraçou.

- Você só tem que contar se quiser. - Disse ela me soltando.

Eu sorri e fomos para a cozinha onde todos estavam esperando um café que a Ari estava fazendo.

- O que foi Manu já vai chorar? - Perguntou Rafael.